Transcrição

O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (sem revisão do orador) – Agradeço a palavra, Sra. Presidente, irei me ater ao tempo regimental, mas gostaria de aproveitar a presença de uma autoridade eclesial, Dom Gilberto, e pedir escusas, até porque era para a gente estar tratando da sessão, mas o tema é importante, inadiável, que a gente possa fazer o debate adequado na tribuna da Casa. Dom Gilberto, lá no Evangelho de João, tem algo muito forte que eu acredito que deva ser seguido como mensagem de vida, porque Jesus odeia mentira, e lá no Evangelho de João, fica claro que é o diabo o pai da mentira. Por isso, Deputado Neto, eu não posso aceitar esse tipo de comportamento do Governo do Estado, que não aceita nenhum tipo de crítica, mesmo quando é para melhorar os serviços públicos, ao querer apontar seus críticos como mentirosos. Pois vamos agora à maternidade, Deputado Neto, para ver lá os bebês sem leito. Por conta da fala há pouco que fiz, já está lá a maior correria na maternidade para tentar tirar os bebês de lá, para lançar uma nota da Secretaria de Saúde dizendo que eu sou mentiroso. Não sou! O que é mentira é esse Governo, uma grande mentira, porque os leões colocaram a pata em cima do povo do Maranhão. É uma vergonha ter de ir a Chapadinha e olhar o hospital regional que só funciona porque a Prefeita Belezinha entrega medicamento para o hospital, Deputado Neto; é uma vergonha ir a Santa Luzia do Paruá e olhar o regional funcionar, porque o prefeito entrega medicamento para o hospital. É uma vergonha. Isso não é mentira, é um Governo que se nega a enxergar a verdade. E digo mais, as ameaças feitas ao Deputado Rodrigo Lago são seríssimas. Seríssimas! Aproveito até a presença do Desembargador Cleones, autoridade do Judiciário, porque está sendo feita ameaça de vida, e mais do que isso: em fevereiro, Deputado Othelino fez aqui a denúncia de que, nos porões da Seccor, estavam sendo armados inquéritos dirigidos a supostos opositores do Governo – contra mim, Deputado Othelino, Deputado Rodrigo e Deputado Júlio. Nos escaninhos da Seccor, da Secretaria de Segurança Pública, coisa que o Governo nunca negou. Repito, não aceitarei o uso das instituições contra a política e contra políticos no Estado do Maranhão. Isso sim devia ter algo enérgico a ser tomado enquanto medida, porque não é possível que se instrumentalizem servidores públicos para perseguir adversário político. Isso é coisa de quem não aceita crítica, de quem está fechado numa bolha. Governador Carlos Brandão, aquelas vaias que V. Exa. recebeu, lá na final do campeonato maranhense, vão ecoar pelo Maranhão inteiro. Saia de sua bolha. Digo e repito aqui desta tribuna na Casa que não aceitaremos inquéritos fabricados, fajutos, por uma cambada de aloprados da Secretaria de Segurança Pública, porque a maioria dos servidores daquela instituição não aceitam esse tipo de procedimento, não aceitam esse tipo de coisa, mas uma meia dúzia de comandados por gente que até hoje sente saudade da ditadura, acha que vai fazer a gente se calar com este tipo de conduta. E digo mais, Deputado Glalbert, já que V.Exa. agora preside a Sessão. Se houver qualquer tipo de atentado contra a vida de algum parlamentar desta Casa, ou de algum familiar de parlamentar desta Casa já saibam de onde está vindo. Já saibam de onde está vindo. Vai ter nome e sobrenome. E esse tipo de conduta eu não vou aceitar. Não irei aceitar e não vou me intimidar. Governador Carlos Brandão, eu sou lá da sua cidade, lá de Colinas. Conheço sua família de longa data, nunca tive medo, se V.Exa. tem raiva por conflito de classe, por eu ter vindo de uma família pobre, tenho muito orgulho de onde vim. Nunca precisei vir de família rica para chegar aonde cheguei e tenho orgulho da minha caminhada e não vou abaixar a cabeça a V.Exa. porque acha que é coronel que manda no povo do Maranhão, não manda. O povo está acima de qualquer político, de qualquer mandato, de qualquer governante.