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Tempo dos Blocos Mical Damasceno

17 de junho de 2025

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Transcrição

A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO (sem revisão da oradora) – A Deus seja a glória! Me dirijo a esta Casa, Senhores Deputados, minha querida Presidente, para lembrar um marco histórico que orgulha o Brasil e reforça a nossa responsabilidade no cenário internacional. O ano era 1947 e, na ocasião, o Diplomata gaúcho Oswaldo Aranha presidia a Assembleia Geral da ONU, que levou a criação do Estado de Israel, em 1948. Eu sempre que participo dos cultos de doutrina na Assembleia de Deus, em Viana; meu pai sempre dizia, nos cultos de doutrina, que, de 1948 para cá, desde que foi criado o Estado de Israel, nós estamos vivendo, Dr. Reniel, os últimos dias. Já vemos aí os sinais da vinda do Senhor Jesus, guerras, rumores de guerras, e assim vai. De 1948, pode-se contar que nós estamos vivendo os últimos dias. Então, seu protagonismo foi tão relevante, do Oswaldo Aranha, que ainda hoje há uma praça com seu nome no centro de Jerusalém. O gesto de Oswaldo Aranha simbolizou o compromisso do Brasil com a democracia, com a liberdade e o direito de um povo existir em paz em sua própria terra. O alinhamento político e diplomático entre Brasil e Israel perdurou por anos. Todavia, o que vemos hoje é Lula jogando todo esse legado no lixo. O atual governo brasileiro, sob a liderança de Lula, tem envergonhado nossa diplomacia ao se aproximar das ditaduras mais abjetas do mundo, como é o caso do Irã. Em recente matéria, colegas Deputados, publicada pelo jornal Metrópoles, candidatos à Presidência Nacional do PT divulgaram o manifesto pedindo a suspensão das relações diplomáticas e comerciais com o Governo de Israel, isso mesmo, eles querem romper com Israel, nosso aliado histórico, para quê? Para agradar regimes que perseguem mulheres, cristãos, judeus e todos que pensam diferente. Eu, particularmente, não duvido de que Lula atenda ao pedido de seus aliados e suspenda as relações diplomáticas e comerciais. Justamente Lula vai querer atender ao pedido aí dos seus aliados para simplesmente suspender essa aliança diplomática e comercial com o Governo de Israel. Eu não duvido, por quê? A diplomacia brasileira hoje está a serviço de uma seita ideológica que odeia o Ocidente, odeia a liberdade e odeia os valores que sustentam nossa civilização, e essa crise não começou agora – o relacionamento entre o Brasil e Israel vem sendo corroído há anos, com declarações hostis e uma política externa que favorece regimes autoritários enquanto ignora os princípios democráticos. O Manifesto do PT é apenas a ponta do iceberg de um problema mais profundo, isto é, a indicação vergonhosa de Lula por Estados totalitários e terroristas, enquanto adota uma postura hostil, desrespeitosa em relação ao Estado Democrático de Israel. Por fim, Srs. Deputados, eu gostaria de lembrar a todos que o que está acontecendo no Oriente Médio não é apenas mais um capítulo de uma disputa territorial. O que está em jogo no Oriente Médio é o confronto entre duas visões de mundo: de um lado, a tradição judaico-cristã, que defende a liberdade, a dignidade humana e a tolerância religiosa; do outro, grupos extremistas e totalitários que promovem o ódio, a cultura da morte, o apagamento das mulheres, a intolerância religiosa e a destruição do Ocidente. Dessa forma, Israel não representa apenas um Estado, ele é hoje a linha de frente da resistência ocidental contra o extremismo islâmico. E como um país de maioria cristã, o Brasil precisa compreender que atacar Israel é também atacar os valores que sustentam nossa fé, nossa liberdade e os valores ocidentais. Apoiar Israel nesse cenário é, portanto, se alinhar com os valores sobre os quais o Ocidente foi fundado. É reconhecer que esse povo foi instrumental para a formação da nossa cultura, da nossa fé e também da nossa civilização e que, hoje, mais uma vez, está cercado por forças que odeiam o Ocidente, a liberdade, o Cristianismo e Israel. Assim concluo minha fala com palavras eternas do Salmo 122, versículo 6, que nos diz: “Orai pela paz em Jerusalém, prosperarão aqueles que te amam”. Muito obrigada, Senhor Presidente.