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Tempo dos Blocos Júlio Mendonça
18 de junho de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA (sem revisão do orador) – Senhor Presidente, volto aqui, mais uma vez, a essa tribuna. É importante registrar e saudar todos as autoridades aqui presentes, além dos Deputados e Deputadas. Já falei, já saudei todos os familiares e as autoridades que vieram para a posse do nosso querido pastor Enos. Pastor Enos, eu confesso, olhando para a Deputada Helena Duailibe também, aqui, que esta Casa com certeza ficará melhor com a vossa presença, como homem de fé, como também da Deputada Helena, que tem a coerência, a serenidade e não usa a religião para outros fins, a não ser para o crescimento, de fato, espiritual. E eu quero dizer que esta Casa ganha muito com a presença da Deputada Helena, que é da religião católica, como eu sou, e de Vossa Excelência, que eu conheço com a calma, a serenidade e a seriedade que Vossa Excelência tem, que herdou do seu pai como homem público. Venho aqui, nesse momento também, e aqui eu faço minhas as palavras do Deputado Wellington do Curso, que fez um pronunciamento duro em relação à defesa das famílias que estão à mercê da empresa Suzano, em Vila Nova dos Martírios. Entendemos que é necessário mobilizar, de fato, esta Casa, os movimentos sociais, a sociedade, de forma geral, Deputado Antônio Pereira, para que possamos estar em defesa daquelas famílias que produzem e vive, Deputado Kekê, que é da sua região também. Por isso, Deputado Kekê, também, Vossa Excelência, desempenha um papel importante ali. Porque ali não estamos defendendo os chacreiros da beira do rio, não estamos defendendo, não. Estamos defendendo aquelas famílias que produzem e vivem ali há mais de 30 anos, aquelas famílias que, inclusive, ajudam a abastecer São Pedro e também Vila Nova. Então, aquelas famílias que a gente está também, aqui, falando e defendendo a permanência delas, para que a gente possa garantir que elas continuem tendo direito de ali produzir. Então, faço minha essa fala e também ressoou aqui a grande tragédia que pode estar por vir se for mantida a desocupação no dia 30, Deputado Othelino, porque eu tenho certeza que haveremos, sim, as autoridades junto com todos nós, com o INCRA, a Polícia Militar, de poder olhar aquelas famílias e entenderem ali que tem irmãos nossos que não podem sair, porque ali dependem para trabalhar. Eu finalizo, cinco minutos, nós vamos já escutar o Deputado Othelino, mas eu quero só jogar luz aqui, Deputado Enos, V. Exa. que está chegando, que, às vezes, a gente fala que a pobreza aumentou no Governo de Flávio Dino, a pobreza diminuiu agora. Esse debate é importante, é muito bom. Agora, é necessário, e a gente já vem debatendo isso com o Deputado Arnaldo, na Frente de Combate à Pobreza, na Frente do Parlamentar de Defesa da Agricultura Familiar. Esse debate tem sim que vir à tona sempre, mas tem que vir à tona, gente, eu falo, com muita aderência a realidade. Aqueles Deputados que fazem aquele discurso fácil, “Ah, na época do Flávio Dino, aumentou a pobreza”. O Maranhão não é uma ilha desconectada da realidade. Dê uma pesquisada como é que se comportou o Nordeste, os indicadores do Nordeste nesse período. Dê uma pesquisada como é que se comportou o Brasil. Aí a gente faz o debate. Um debate com indicadores, que eu não vou aqui tecer. Mas é necessário a gente entender como se comportou a economia do Maranhão, como se comportou a economia do Nordeste, naquele momento, e os fatores externos da macroeconomia, da economia internacional e, acima de tudo, como foi conduzido o país por Jair Bolsonaro, nessa época, para que a gente possa entender o Maranhão, dentro de um contexto econômico, social e geográfico, porque o Maranhão não é uma ilha desconectada do resto do país. Eu queria muito que esse debate viesse à tona, com esses fatores todos sendo considerados, porque, inclusive, nós temos que aprender com os erros. Concluindo, Senhor Presidente, eu desejo muito que o Maranhão, daqui, agora, que o Maranhão sempre melhore. É para isso que a gente luta, nós não somos contra as ações importantes para o desenvolvimento do nosso Estado, pelo contrário, nós lutamos muito. Eu milito na agricultura familiar, defendo ela como forma de desenvolvimento, não em supressão ao agronegócio, mas como alternativa e como diversificação econômica, uma matriz de desenvolvimento. Olhando para a sustentabilidade, olhando para o meio ambiente, olhando para os pescadores, olhando para a pesca, olhando para o povo que está aqui, olhando para todas as potencialidades e para a beleza que nós temos de um povo trabalhador. Era isso, Senhor Presidente.