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Pequeno Expediente Rodrigo Lago

23 de setembro de 2025

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (sem revisão do orador) – Senhores Deputados, Senhoras e Deputadas, imprensa, povo do Maranhão. Deputado Júlio Mendonça, Vossa Excelência, mais uma vez, trouxe aqui para a tribuna da Casa o problema grave das estradas, especialmente, da nossa querida Baixada, que, de fato, estão abandonadas. Obras que, às vezes, são feitas e dias depois têm que ser refeitas, como foi o caso, por exemplo, da Estrada do Afoga, que eu estive lá presente. Teve boi no rolete, teve festa, teve propaganda, teve camisa, teve boné. E aí, três meses depois, a água levou a Estrada do Afoga. E o que o Governo costuma dizer e disse ao Supremo Tribunal Federal, numa petição da Procuradoria-Geral do Estado, é que não há recursos para fazer a recuperação das estradas. O pouco recurso que recebe é mal gasto. É feito com obras que não duram o primeiro inverno. Às vezes, não chega sequer ao inverno. E aí eu fiz aqui, Deputado Júlio, enumerei aqui, gasto supérfluos do Governo, rapidamente, gastando alguns minutos, ainda há pouco, como a senhora falava, eu fui animando apenas o que eu me lembrava. E já se alcança uma quantia razoável para o Governo. Mas antes de enumerar, rapidamente, aqui da Tribuna, eu quero fazer uma correção, Deputado Antônio Pereira, porque quando eu falei da mansão de Imperatriz, que Vossa Excelência contestou dizendo que Imperatriz não tinha mansão nenhuma, eu citei o valor da obra, R$ 700 mil, que eu citei no dia. Mas quero, meu querido líder do Governo, pedir desculpa, porque eu prestei uma informação equivocada, eu me baseei numa mentira que me foi dita pela Secretaria de Estado da Infraestrutura, ao pedir informação sobre a reforma da mansão de Imperatriz, recebi da Sinfra, a informação que o custo da obra era R$ 700 mil, mas não foi, foi R$ 1 milhão, 438 mil. Está aqui a ordem de serviço e já foram pagas duas medições. Ou seja, a reforma lá da mansão de Imperatriz já está integralmente paga. Só a mansão de Imperatriz custará aos cofres públicos R$ 2 milhões e 100 mil de uma casa alugada. Daqui a três anos, Deputado Júlio, vão devolver a casa para o dono. Uma mansão nova, recuperada, de luxo, conforto. E será que é essa a prioridade do povo do Maranhão? Vamos enumerar aqui rapidamente algumas destas farras. A farra de Paris, R$ 1 milhão. A farra dos exames do Detran, denunciada pelo Deputado Carlos Lula, R$ 36 milhões, jogado pelo Ralo. Inclusive prejudicando aqueles que pretendem tirar sua habilitação. A farra das caminhonetes, pasmem, não foi bravata do governador dizer que vai dar caminhonete para a Câmara de Vereador. Ele mandou licitar, e a licitação já terminou. Cada caminhonete custará R$ 243 mil ao contribuinte maranhense. E isso dá no total, somadas as 217 caminhonetes cabine dupla, 4×4, automática, com conforto e luxo, R$ 52 milhões que será gasto com este gesto do governador às Câmaras de Vereadores, mesmo alguns vereadores, aliás, vários, muitos deles dizendo que não querem a caminhonete, que preferem uma viatura, preferem uma ambulância – mas o governador vai entregar a caminhonete, quem quiser que aceite, porque o coronel está mandando. A farra das mansões, a mansão de Brasília paga pela Emap, no valor de meio milhão de reais; a mansão de Imperatriz, com aluguel de R$ 700 mil. De obras: um R$ 1,4 milhão, R$ 2,1 milhões, para entregar ao dono uma casa novinha. O maior aluguel pago na cidade de Imperatriz é a mansão do Governador Carlos Brandão. A mansão que voa, o helicóptero da Emap que, repito, com o aluguel do helicóptero da Emap, por dois anos e meio, dava para comprar quatro helicópteros do mesmo modelo, inclusive cinco anos mais novo – está anunciado na internet. Somadas essas farras, somadas essas farras todas, nós alcançamos aí R$ 130 milhões. Deputado Júnior, R$ 130 milhões só dessas farras, e olha que eu não estou nem incluindo no superfaturamento do tablet, o superfaturamento com direcionamento de licitação do Chromebook e tantos outros escândalos que a gente tem acompanhado no Maranhão. Só isso já dava para recuperar as estradas da Baixada, mas a prioridade do governador não é o povo do Maranhão, infelizmente.