Início -> Discursos
Tempo dos Blocos Dr. Yglésio
21 de outubro de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, a todas, a todos os colegas, galeria, imprensa. A gente tem que começar, Presidente, pedindo desculpas aqui a todos os membros que foram citados, na semana passada, em relação às questões dos áudios que nós trouxemos aqui à tribuna. Eu acho que eu estava errado, não eram áudios, foi bem pior. Final de semana, como teve na sexta-feira, eu vi uma live, que terminou com o Deputado Márcio Jerry dizendo que tinha encaminhado o inquérito para que a Polícia Federal investigasse. Foram ao Hugo Mota pedir lá também que a Polícia Legislativa investigasse, levantaram a questão de que a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Civil do Maranhão teria grampeado ligações telefônicas do Deputado Márcio Jerry, do Deputado Rubens Júnior. Eu confesso que eu fiquei preocupado, eu fiquei preocupado com a Polícia Federal, que tem tanto a fazer no Brasil, no Estado do Maranhão, desse aparato todo ser mobilizado sem qualquer tipo de motivo de finalidade. Eu fiquei pensando, será que nós temos realmente necessidade de a Polícia Federal largar tudo para pesquisar se o Deputado Federal estiver ou não grampeado? Mas me doeu também, sabe por quê? Porque eu sei que a segurança pública do Maranhão tem grandes problemas de pessoal, os delegados, os escrivães, policiais militares, esse pessoal luta contra tanta coisa num Estado que o Brasil como um todo cada vez mais, ele se vê diante do crime organizado. E eu vejo uma fala do Deputado Márcio Jerry, dizendo que a culpa era da Polícia Civil, que estava grampeando as ligações. Ah, que se não fosse, tudo bem, no final. Ele ainda diz assim, ou seja, eu posso acusar a polícia, dane-se, Deputado Arnaldo, eu posso acusar, se no final eles não tiverem culpa, tudo bem, eu levantei a situação, porque eu achei que era interessante. Eu tenho muitas amizades, em Brasília, graças a Deus, sou uma pessoa bem relacionada na imprensa, como eu já trabalho, há alguns anos, dentro da política, nessa vivência de rede social, sou uma pessoa muito curiosa, que gosta e tem prazer, realmente, em estudar, eu tive a oportunidade, nesta trajetória, de apresentar programa de tv aqui na TV Assembleia, escrever artigo para jornal, manter páginas na internet de opinião. Então, felizmente, a gente teve uma vivência que, ainda hoje, esta experiência acumulada, ainda tem o reconhecimento do próprio Ministério do Trabalho. Então, ainda, neste ano, eu consegui, graças a Deus, uma autorização também para exercer a função, enquanto jornalista, portanto, colega de todos os que aqui na galeria estão. E eu acho que vocês merecem, de fato, saber o que está acontecendo aqui, no Estado. Nós temos aqui, na verdade, hoje, o que eu digo que é provavelmente, Deputado Arnaldo, a maior conspiração política desvendada que já existiu aqui dentro do Estado. As pessoas vão dizer assim: “ah, mas o Jackson foi cassado”, mas o Jackson quando foi cassado, ele foi cassado, dentro de uma ação judicial, que, eu não fazia parte da política, àquela época, eu fazia residência médica fora do Estado do Maranhão, confesso que não acompanhei, mas eu tenho certeza absoluta que não foi a mesma coisa do que está acontecendo agora. E por que eu digo que não foi a mesma coisa? Porque as pessoas que bradavam naquela época em relação à tentativa de golpe, elas diziam que o Jackson estava sendo perseguido pelo Sarney. Pois bem, o Sarney era presidente do Senado, naquele período, eu não sei, de fato, se o Sarney influenciou diretamente, dentro do Supremo Tribunal Federal, do TSE, até o ponto que chegou à cassação do Jackson, mas o que eu posso dizer com certeza absoluta é que quem saiu do Governo do Maranhão virou ministro da Justiça, depois infiltrou a Polícia Federal como instituição de Estado que, estranhamente, só investiga quem não se alinha a ele. E digo isso com a tranquilidade de dizer que deputados do PL, deputados do União Brasil tiveram situações em suas emendas, alvo de atuação da Polícia, e não vejo a situação da Polícia Federal se intrometendo, por exemplo, para investigar, quando nós temos denúncia em relação a emendas de deputados do PCdoB, como tivemos, aqui na cidade de Ribamar. E a Polícia Federal não abriu nenhum tipo de inquérito, mas, estranhamente, por exemplo, o Deputado Pedro Lucas que cometeu um grandioso pecado de dizer que o Deputado federal Márcio Jerry disse a ele que o governador do Maranhão seria cassado, este Deputado entrou na linha de perseguição da Polícia Federal – e nós sabemos a mando de quem: do Ex-Governador, atualmente Ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino de Castro Costa. É muito chato fazer uma revelação como esta, mas é o desfecho final para que as pessoas entendam e que o Brasil entenda de fato o que está acontecendo, porque esse é um escândalo de desdobramento nacional. E por que de desdobramento nacional? Mostra muito claramente que hoje o Supremo Tribunal Federal quer governar. E como quer governar? Ele governa na medida em que ele segura processos de maneira orquestrada e interfere em uma eleição de Assembleia Legislativa. Ele interfere na disputa de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, ele interfere na divisão de secretarias do Estado do Maranhão. E eu vou mostrar, daqui a pouco, para V.Exas., porque até mensagem de desembargadores federais, de um desembargador federal, nós temos aqui atuando, como ele diz, vetor de uma mensagem. Eu sou médico, tem vários colegas aqui médicos, tem colega veterinário, a gente sabe que vetor transmite uma doença, e talvez a nossa maior doença seja essa velha forma de fazer política. Talvez a nossa maior doença seja a vontade de nos afastarmos de uma eleição que é sedimentada na vontade do povo, e é isso que Flávio Dino não entende. Alçado ao poder em 2014, com legítimo voto da população, ele não conseguiu se desconectar do cargo como deveria ter feito após sair do Governo do Estado e transformar-se em ministro da Justiça e, posteriormente, ministro da mais alta corte do nosso País. O que acontece? Os braços articulados de Flávio Dino no Estado do Maranhão tentaram se manter aqui. O que era o desejo mais íntimo de Flávio Dino à época? Manter os seus candidatos em Colinas, o João Haroldo, irmão do Márcio Jerry, e em Barreirinhas, o seu ex-tutor, primeiro-emprego, o Amílcar. Só que o que aconteceu? Primeiro, eles, em Colinas, têm uma crise de representatividade, eu falo isso respeitosamente, Deputado Arnaldo, da região, que sabe que eles não conseguiam eleger um vereador nessa eleição. Nem a reeleição da vereadora, que era ligada ao Deputado Márcio Jerry por laços familiares, conseguiu a reeleição. Pois bem, o grupo, em janeiro, se reuniu e disse: “Nós não queremos, porque aqui com esse aqui a gente não ganha eleição”. Tem rejeição dentro do grupo. O que aconteceu em fevereiro? Ação orquestrada pelo Solidariedade. Todo mundo aqui sabe quem comandava as ações do Solidariedade no Estado naquele período. Subiu com uma ADI, caiu com o Flávio Dino, e nós estamos aí, há quase dois anos, sem indicação do Tribunal de Contas do Estado, porque o Flávio Dino dois anos, sem indicação do Tribunal de Contas do Estado, porque o Flávio Dino usou isso até aquele período das eleições como uma ferramenta, e eu vou mostrar para vocês, porque, como eu disse no primeiro momento, eu vou pedir desculpas, porque eu disse que eram áudios, mas eles foram tão infantis no desejo de oprimir, porque, assim, o abusador, com o tempo, ele vai domando a vítima, e a vítima cada vez mais vai perdendo as suas defesas, ela vai cedendo. Então, como o abusador sabe que ele já domina aquela vítima, ele vai se descuidando, ele acredita que a vítima não vai em algum momento se rebelar ou pelo menos tentar se proteger. Então, eles queriam Colinas, eles queriam Barreirinhas para o Amílcar. E em Barreirinhas, eles esbarraram, primeiro, com um prefeito com 70% de rejeição, inviável do ponto de vista eleitoral; segundo, com um grupo político que já vinha se preparando há muito tempo para disputar a prefeitura da cidade e que, de maneira muito justa, optou por não abrir, não deveria abrir mão, porque, afinal, quem é capaz de dizer para alguém desistir dos seus sonhos? “Quero ir para a eleição”, disse o grupo que se colocou na eleição, eles não pediram para o Amílcar desistir, não ameaçaram de cortar os cargos e as vantagens dos Deputados do Flávio Dino aqui na Assembleia Legislativa do Maranhão. Não teve perseguição aqui na Assembleia a ninguém, para chantagear. Se o Amílcar quiser ser candidato, ele sai candidato e que vença quem tiver mais votos ao final da urna. Mas para quem se acostumou a fazer uma dominação bruta, do mal mesmo, e eu digo que é do mal, porque ela coloca as pessoas em estado de ameaça, de constrangimento. Ela não vem pelo convencimento ou merecimento, a ameaça vem mesmo: “Eu vou prender a tua família, tu vais perder o teu mandato”; “Nós vamos te tirar alguma coisa”. Hoje mesmo pela manhã, já teve novidade. E assim, não estão mais nem escondendo as digitais, porque está cada vez mais difícil. Hoje, o Marcus Brandão e Iracema Vale já são hoje responsáveis pela morte de Pacovan. É isso aí. Colocaram lá, o “jornaleco” ligado aos dinistas e principalmente ao vice-governador, segundo o pessoal diz, é o futuro secretário de comunicação do governo Filipe Camarão, colocou lá Marcus Brandão e a Iracema como ligados à trama de assassinato do Pacovan. Eu acho até engraçado, a Presidente disse: “Eu não vou nem dar bola para isso aí”. Mas eu me sinto na obrigação, sabe por quê? Porque eu já fui vítima de coisa muito parecida em relação a isso aí, até que as pessoas entendessem o que cada um é. Isso é um sinal claro de desespero. Então, eles perderam a indicação em colinas, perderam a indicação em Barreirinhas. A partir disso, não teve mais conciliação, que o Ministro Flávio Dino, apesar de ser uma pessoa com intelecto bem desenvolvido, ele tem uma condição muito clara de fragilidade de personalidade, que é a maior fraqueza dele. E, por exemplo, ele não fala comigo, ele vira a cara, ele não consegue esconder o incômodo com quem o desagrada. Pode ser um porteiro ou pode ser o presidente da República, em termos de função, que se, de alguma forma, não mantiver a admiração a ele, ele não consegue lidar com aquilo ali. Ele não consegue lidar com nada que não seja a subserviência, stricto sensu. Você literalmente lamber o chão que ele pisa. Dizer que ele é o melhor ministro da história. Dizer, Mical, que ele é o sumo intérprete da Bíblia, quando ele criou até uma figura de Israel como filho de Abraão, confundindo Israel com Isaac e Ismael. Mistura alhos com bugalhos. Mas uma coisa que eu percebi, Presidente, hoje, a verdade, ela não é mais baseada em fatos, ela não é baseada mais em experiências científicas, em nada. A verdade hoje, eles tentam vencer pela repetição da mentira. Repete-se, repete-se, repete-se. Não, são os ministros falando, Abraão deve ter tido um filho Israel. Abraão, Isaac, Israel. É assim, é como diz a linguagem corporal; a pompa, a movimentação. Não é mais a palavra. Infelizmente, esses áudios, que, na verdade, se tornaram vídeos e, graças a Deus, eu tive acesso. Porque vejam vocês, conseguiram bloquear Pedro Jorge, lá em Brasília, ação coordenada, tropa de choque, blitzkrieg, a infantaria de terra alemã, conseguiram bloquear uma matéria na Veja, mas o que não é publicado em Brasília, é vazado em Brasília. E quem tem bom relacionamento, em Brasília, tem acesso ao material que vem de Brasília, e que muitos aqui conhecem. Vou aproveitar agora para mostrar um pouquinho, mas, ao final eu convido a imprensa para, ao término do pronunciamento, nos dirigirmos ao salão de entrada para que eu mostre o vídeo completo, que eu já simplifiquei para vocês aqui para melhorar. E aí depois, a gente só espera que a imprensa cumpra seu papel de mostrar a verdade para as pessoas de bem do Estado do Maranhão. Então, comecemos aqui, começar com os aperitivos. V. Exas. lembram que o nome Marcus Brandão foi inserido na Sinfra, naqueles arquivos, eu confesso que, no primeiro momento, eu achei: gente, não é possível que a coisa do Maranhão esteja tão avançada já a esse ponto, nós já temos aqui uma pirataria digital e institucional. Eu fiquei pensando, mas tudo bem. Quando indiciaram, Ribamar Corrêa, os três, quando a juíza aceitou a denúncia, eu fui procurar um pouquinho, eu tenho meu setor também. Aí, a gente vai ver, olha aqui, um deles aqui, carregando bandeira de quem na eleição? Continuar aqui, e a coisa é tão armadora que está na página de quem? No Instagram de quem? Flávio Dino. Continuando aqui. Conhecem, né? Aqui é aquele bloco “Os Comunas”. Bem aqui, logo atrás, vestido de comunista, está o outro da Sinfra, e persistem em mais fotos que faço questão de mostrar. Está aqui a porta-bandeira de frente da escolinha de samba “Amigos do Flávio Dino”, aqui também com mais colegas comunistas. Então, as pessoas, dentro da Sinfra, cargos de confiança que vazaram, eram pessoas de dentro da campanha de Flávio. Eu digo: alguém que carrega a minha bandeira é uma pessoa que me tem admiração, em geral, a não ser aquele que é mais sem vergonha, e que está recebendo, e está falando mal do candidato. Mas não é o caso. O que nós temos aqui são pessoas do PCdoB que ficaram na Sinfra, mantiveram seus empregos, até porque o Brandão não é um perseguidor, e que abusaram da confiança, cometendo um delito aqui de inserção, inclusive de falsificação de documento. Crime. Isso está tipificado no Código Penal. Isso não é brincadeira. Quando você analisa isso aqui, um crime que alguém cometeu, sem uma justificativa aparente, quando você passa por uma situação como essa, o que é que acontece à primeira coisa, quem tem interesse nisso para se identificar? Cumpre ressaltar, Presidente, que aqui tivemos funcionários da Sinfra. Meses atrás, nós tivemos procuradores do Estado acessando processos de maneira indevida, porque eles estão no gabinete do Supremo Tribunal Federal. Os procuradores do Estado, que estão cedidos para o ministro, estão no gabinete acessando procuradoria. Os funcionários da Sinfra, carregadores de bandeira do PCdoB, estão adulterando documentos na infraestrutura do Estado, para implicar o governador. Isso tem nome: Deep State – é o Estado corrompido na entranha, de cima ao mais na ponta, ao funcionário mais na ponta. E isso é a tal da instrumentalização de instituições. Isso é instrumentalizar instituições. E por que está havendo essa perseguição? Ela existe na Procuradoria do Estado, já foi mostrado, ela existe na infiltração na Sinfra, ela existe no Ministério Público Federal, infelizmente. Eu não sei quem é, mas tem pelo menos um procurador lá dentro que está atuando para atrapalhar o Governo do Estado. Prova disso é essa falésia da Litorânea. Aí no final de semana, cinco dias depois, depois de seis meses de obra, Fred, 80% do roncamento da avenida feito para a água não chegar, o Ministério Público Federal descobriu que tem uma falésia lá e quer interromper a obra, porque querem dificultar a vida do governador. Eu estou, em algum momento, dizendo que é um governo perfeito? De jeito nenhum. Mas o jogo não é por aí, o jogo não tem que acontecer por fora, pelo Judiciário. Não é um ministro do Supremo segurando um processo, um desembargador federal mandando ameaça, um Ministério Público Federal ameaçando, a Vara de Interesses Coletivos e Difusos entrando seletivamente nos casos. Esse pessoal, Presidente, colocou gente até na FMF, até a Federação do Futebol está em disputa. Colocaram a amiga do Douglas lá, já soube que ela me colocou até para uma interpelação judicial para eu me explicar sobre palavras na tribuna. Isso aí vai precisar de uma ação sua, inclusive, Presidente, institucional, porque está avacalhado, não estão respeitando mais a tribuna da Assembleia. Eu tenho que me explicar para a cidadã o que eu quis dizer quando eu disse que ela é amiga do Douglas. Ela é amiga. E quem que é o candidato que surgiu depois, de consenso lá deles? O Galdino. De onde saiu isso tudo? Núcleo Central do PCdoB, é o Flavio Dino, é o grupo dele. Então, é FMF, é dentro do MPF, é dentro da Procuradoria do Estado, é na Sinfra. É lá no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados. Veja só, você lembra quando a Mical aqui foi, do ponto de vista de palavras, ela foi abusada pelo vice-governador? Aquilo ali é um estupro verbal. E a coisa está aí, está normalizada, porque infelizmente é assim que é a sociedade. Eles correram para dizer, “Eu não falei isso”, “Eu não falei isso”. Colocaram para investigar prints verdadeiros. “Não, não, não, não, não quero que investigue, abaixo investigação, anula o processo.” Se eu não tenho medo de um processo, eu vou com ele até o final, eu vou com ele até o final. E agora, a mesma coisa, eles disseram, “Não, nós fomos grampeados”. Não foram. Não foram grampeados, não foram grampeados, vocês foram filmados. Vamos começar aqui, pelo do Rubens. (Áudio).
A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Deputado, eu recomendo que V. Exa. utilize suas redes sociais, porque não é permitido o áudio. Ok. Entendi.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Porque são duas coisas: cumprir acordo de Colinas e tratar bem quem votou bem no governador. Rodrigo, Lula, Júlio. Flávio Dino disse: Júlio, se a gente conseguir avançar nessas duas coisas zera tudo, a gente consegue avançar no TCE e finge que nunca nós nos desentendemos na vida, zera o jogo. Daqui a pouquinho, vou mostrar. (exibição de vídeo) vídeo-mensagens que o governador quer paz. Diga a ele que eu estou lhe autorizando a dizer que eu também quero esse clima de paz. Agora, para ter clima de paz precisa fazer gestos, tudo que eu pedi nada foi feito. Ele citou Colinas e ele citou Barreirinhas, Dino. E para finalizar aqui que eu consegui também só um instantinho….
O SENHOR DEPUTADO ARNALDO MELO – Deputado Yglésio…
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Estou finalizando. Conversei com Flávio, semana passada, ele conversou, pessoalmente, comigo (ÁUDIO). Conversa com Felipe, conversa com Brandão, só quero conversar sobre Colinas, eu só faço questão de Colinas, deixa para lá Barreirinhas, deixa outras coisas, se fizer um gesto para mim, só queria que mantivesse o acordo de Colinas. Eu abro mão de Barreirinhas, abro mão do que for, só preciso que eles resolvam Colinas, fala para ele que eu só preciso que resolvam Colinas, e que o resto está superado”. Ele cita aqui o ministro do Supremo Tribunal Federal, já, já estou chegando aí para entregar para vocês a edição. Então, ele cita o ministro, isso aqui é a conduta que tem crime de A à Z, dentro do Código Penal. Isso aqui é uma verdadeira organização criminosa, crime de responsabilidade. Isso aqui em uma democracia séria…
O SENHOR DEPUTADO FERNANDO BRAIDE – Deputado Yglésio, o senhor me permite um aparte, porque eu fiquei com umas dúvidas, por favor?
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Não, permite aparte, no Tempo da Liderança.
A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Não permite aparte no Tempo da Liderança. Eu quero que o conclua a fala, já está terminando o tempo.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Então, nós aqui, nós aqui temos uma situação em que como o Deputado Fernando, está perguntando ali quem gravou quem? Eu não sei quem gravou quem? Eu só sei que quem gravou não grampeou, quem gravou está no legítimo direito de se defender do achaque. E agora, só por último, que é o mais grave, e esse está printado também, na minha opinião foi uma das coisas piores isso aqui, vou mostrar para vocês agora também, vou fazer a leitura rápida, Presidente, prometo que vou ser bem rápido. Mensagem do desembargador para mim hoje: “Ele (Brandão) precisa baixar a bola e segurar a arrogância burra dos irmãos. Há alguns inquéritos para estourar, e isso vai jogar ele na lama. Ou ele parte para contenção de danos ou ele não chega em abril”. Olha como chegou o nível da coisa. Imagina um homem, um governador eleito receber uma mensagem dessas de um desembargador. “Ele precisa fazer cinco coisas”, o desembargador diz: “1 – afastar o irmão de Tudo (com letra maiúscula) que diga respeito ao governo, entregar as secretarias de volta ao PT, ainda que sejam com outros titulares com nomes negociados”. Isso aqui é um desembargador federal, isso aqui não é um Deputado, isso aqui é um desembargador federal, entendam, que está dividindo secretaria do Executivo para o PT. Se tiver uma prova de militância e de má conduta maior do que isso… “Anunciar publicamente que é candidato a senador e que Felipe Camarão vai assumir em uma ampla coalizão”. Ainda botou com “s” aqui em coalizão. “Tirar a grande e enorme maioria dos parentes do governo e compor politicamente com a base”. Cacique: está indicando o que se deve fazer. “Ele deve dizer que não se mete na eleição da Assembleia, e o STF que decida”. Conclui: “Com isso, ele se senta e governa. Se Rubão quiser usar o meu nome como vetor desses cinco itens, ele pode usar”. Ou seja, às favas com os escrúpulos. Presidente, eu vou lhe falar, isso aqui obviamente vai me trazer consequências, é mais inimizade para o meu cartel de inimizades. Estou pouco me lixando. Sinceramente, eu não tenho vontade de viver num Estado, num País, em que as instituições são tão lixo como essas aqui, infelizmente. Porque, assim, desculpa, se no Judiciário tem gente como essa aqui comandando, não me representa. A pessoa pode ser a pessoa mais decente do mundo, mas na mão do…