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Pequeno Expediente Dr. Yglésio
19 de novembro de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Senhoras e senhores, bom dia! Subo à tribuna, com a imensa alegria, de aprovação, ontem, pelo Congresso Nacional do marco legal de combate ao crime organizado. Projeto que vinha sendo trabalhado no Congresso Nacional, há algum tempo, e que, no açodamento do Governo Federal, ele terminou sendo chamado de PL Antifacção, mas, estranhamente, a versão que foi encaminhada ao Congresso Nacional criava uma categoria de atenuante para faccionado. Existia possibilidade no projeto do Governo Federal de criar uma figura em que o chefe da organização criminosa da facção poderia ficar preso, por apenas um ano e oito meses, inclusive com direito a regime aberto, era isso que o governo Lula queria e aí o secretário de São Paulo, de Segurança, o deputado federal Guilherme Derrite foi chamado pelo presidente Hugo Mota para relatar o projeto, fizeram escarcéu com a primeira versão. Chegou-se após cinco versões ao aprimoramento do projeto, o Congresso Nacional cedeu, uma pauta cara à direita que era equiparação das facções e organizações terroristas, colocou um verdadeiro pavor no Governo Federal e isso aí foi o principal motivo do desespero, como eles têm um Sidônio, hoje, à frente da comunicação que trabalha, de maneira extremamente competente, para tentar fazer o pior governo, dos últimos vinte anos do país parecer um governo que faz alguma coisa, o Sidônio começou a injetar na publicidade paga do governo nos seus grandes veículos a ideia de que a Polícia Federal seria enfraquecida e, até hoje, eles estão fazendo isso, e até hoje eles estão disseminando essa mentira, até aquela cidadã chamada Erika Hilton, Gleiser Hoffmann, outra cidadã, hoje pela manhã ainda estavam mentindo dizendo que o projeto que foi aprovado enfraquece o combate às facções, por quê? Porque supostamente enfraqueceria a Polícia Federal, porque criou a destinação dos recursos o perdimento de bens por um fundo nacional único de segurança pública, porque criou a possibilidade do Estado que faz a operação, jogar o recurso para a sua própria instituição financeira, o caixa, o seu próprio fundo, criou a possibilidade de jogar esse dinheiro para o próprio fundo. Qual o problema disso? Se forem ações compartilhadas, metade para a Polícia Federal, metade para a Polícia dos Estados, para reforçar a segurança. Nada mais justo, até porque as despesas, os custos, os recursos humanos envolvidos são compartilhados. Mas o projeto do Derrite, além de tudo, aumentou muito as penas. É a primeira vez na história do Brasil que um faccionado, um chefe de organização criminosa, vai poder ficar 40 anos no xilindró, preso, sem progressão. Progressão com 40% de cumprimento, como o projeto do governo queria, chega, acabou, virou cumprimento mínimo de 70% até 85%, para pensar em mudar de regime. Tem tipificação que foi criada que vai colocar pena de até 65 ano. Finalmente teve uma notícia alvissareira, de esperança, para a população brasileira, de penas realmente duras para o crime organizado e não esse tratamento de jardim da infância que o governo Lula imaginava ter. Mas sabe o que desesperou de fato o PT? O que fez Rubens Júnior ontem bradar na tribuna, histérico, histriônico? Márcio Jerry amanheceu o dia triste, hoje pela manhã, criticando o projeto. É que agora quem está preso, provisório no presídio, não vota. Cortaram aí pelo menos 1 milhão, quase 1 milhão de eleitores no PT, porque a população carcerária agora não vota mais. Então, se isso tivesse acontecido na eleição passada, o PT provavelmente teria perdido a eleição, porque bandido não teria direito a voto. Muito obrigado.