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Tempo dos Blocos Dr. Yglésio
02 de dezembro de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Estou usando o Tempo da Liderança, Deputada. É um expediente regimental, apenas. Obrigado. Bom dia a todos, eu vou usar esse tempo, tentar ser o mais breve possível, dado o avançar da hora e a existência de uma sessão extraordinária logo em seguida, em respeito inclusive à imprensa que nos acompanha também, que já deve estar com fome. Mas eu vou tratar aqui de alguns assuntos bem rápidos. O primeiro é comemorar que houve a prisão finalmente daquele engenheiro em Santa Inês. O processo que se arrastava há bastante tempo e que lamentavelmente, às vezes, ele vira objeto de aproveitamento político, de plantação de notinhas em imprensa para dizer, Júlio, que fulano A ou B foi responsável pela prisão de alguém. E aí, nós começamos a mudar a figura de um político que contribui com a sua mobilização, que se junta à mobilização popular, que de todas é a mais importante, porque não existe político que sozinho resolva absolutamente nada, quando uma situação é como essa, Deputado Arnaldo. Não é o Deputado Yglésio, não é o Deputado Arnaldo, não é o Deputado Federal fulano que chega e resolve uma situação relacionada à Justiça, até porque nós somos do Poder Legislativo. É a mobilização que nós, aqui dentro desta Casa, conseguimos a partir do momento que a gente pega e liga, por exemplo, para o procurador-geral de Justiça, quando o promotor do caso, por exemplo, não tinha cumprido o prazo processual de 48 horas. Quando nós tentamos falar com o secretário de Segurança, que fala com o delegado-geral, que fala com o delegado responsável pelo caso, e a partir daí as estruturas são acionadas para que seja visto o que é urgente. Obviamente, nós não vamos conseguir resolver tudo sozinho, e muito menos dizer que nós somos responsáveis pelo sistema de Justiça ter funcionado, porque senão nós estaremos debochando do sistema de Justiça. Mas, lamentavelmente, sempre aparece o aproveitador de sempre para tentar fazer com que uma luta que é de toda a sociedade, das mulheres torne-se um ato pessoal. Ano de campanha, a gente ainda vai ver muita coisa. Segundo ponto aqui, Deputado Wellington, Vossa Excelência que é uma pessoa que sempre luta por questão de valorização de salários dos professores. A Baixada, nessa legislatura, na verdade, nesses mandatos de Executivo, infelizmente, a Baixada tem alguns prefeitos que são, realmente assim, os piores do Brasil. Um é aquele de Peri Mirim, que já tem o título de pior do Brasil, e outro é o vizinho, o tal do André da Ralpnet, que, pelo amor de Deus, Pinheiro tem sofrido, Pinheiro tem sofrido demais. A do dia do André da Ralpnet é que ele, que havia se comprometido a pagar minimamente o salário dos professores contratados no município até o mês de dezembro, ele hoje, novembro, pagou, lavou, banhou e mandou ir para casa para receber dinheiro só no ano que vem, quando recomeçarem as aulas. Fred, isso aí é um absurdo, porque as pessoas não são professoras apenas de fevereiro até novembro. O professor tem uma programação financeira para ano todo. Nem o contrato temporário dá ao prefeito o direito de deixar desassistidos os professores do município. Então, nós vamos encaminhar hoje para o Ministério Público de Pinheiro, para que analise a legalidade desse ato e que o prefeito proceda ao que ele se comprometeu: pagar minimamente até dezembro, para não destruir o Natal dessas pessoas. Para finalizar aqui, Presidente, um assunto, porque eu fui muito criticado, eu preciso me posicionar em relação a críticas que foram colocadas à minha pessoa na internet, porque eu cometi, supostamente, uma blasfêmia ao dizer o óbvio: que o Eduardo Braide, provavelmente, não é candidato ao Governo do Estado. Já teve site aí que criou polêmica dizendo, inclusive, que ele teria que sair em resposta a uma provocação minha de tribuna. Eu tenho certeza de que eu não tenho esse poder todo para tirar um prefeito de São Luís e colocá-lo em uma disputa de governo, mas eu só peço para os que me atacam, que são fervorosos defensores, e eu asseguro aqui que não tenho nada contra e muito menos preocupação, satisfação ou insatisfação, quem quiser ser candidato a governador que seja, eu só acredito que a cidade de São Luís tem que ter um olhar de responsabilidade sobre. Se nós estamos em dezembro, o que é que tem esse ano aqui para a prefeitura fazer? Entregar mais umas ruas, fazer uma luz de Natal. Em janeiro, o orçamento é fechado, fevereiro é só carnaval, e aí uma pessoa razoável, que esteja enxergando a realidade, vai me dizer que o prefeito Braide, que eu considero que seja uma pessoa responsável, com “r” no começo.
A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Pode concluir, Deputado. Liberem o áudio.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Responsável, com “r” no começo, porque senão vão fazer que nem está fazendo aí o pessoal do vice-governador com os pronunciamentos do Orleans – estão pegando as frases no gerúndio e estão transformando para o português coloquial, para dizer que ele é incapaz de ser governador por conta de um gerúndio que foi utilizado corretamente. Então, eu vou dizer, o prefeito é responsável, em 30 dias vai preparar, Neto, uma transição que ele vai dizer em 30 dias: “Ó, está aqui a máquina da cidade todinha. Esmênia, toma aqui e governa a partir de agora”. Só a pessoa que não tem realmente uma confiança de que o prefeito tem responsabilidade para dizer isso. Eu tenho, eu acho que ele é uma pessoa responsável. Então, quando eu dou minha opinião, é um direito meu que eu tenho de analisar a realidade e dizer que se o prefeito, de fato, quiser ser candidato, ele é muito bem-vindo no processo. Agora, os fanáticos, que não conseguem entender a diferença entre fazer um prognóstico e saber o que é uma torcida contra, eu só lamento. Porque, de fato, volto a dizer, em abril, nós poderemos. Normalmente é assim, quando as pessoas me atacam num período, elas depois têm que dizer: “Rapaz, o miserável tinha razão mesmo. Bem que ele falou, porque eu sou analista de fatos, de realidade, de prognósticos e probabilidades. E isso é o que acontece. Da mesma forma que eu disse naquele período que não ia conseguir resolver o problema do transporte público, está aí, Júlio, onze dias de greve só da 1001. Seis milhões de reais, praticamente o dinheiro do subsídio todinho, para pagar por birra 99 para a população, sem resolver o problema até a próxima greve. Lamentável isso aí. Eu não acredito que o Prefeito vai sair do mandato dele sem resolver o problema do transporte público da capital, sem aumentar o acesso da população ao saneamento básico. Eu não acredito que ele vai fazer isso. Como o Deputado Fernando, na semana passada, falou aqui que o Maranhão tem não que sei o quê da desigualdade. Caramba! Esquece que, no quintal dele, São Luís é a capital do Brasil mais insustentável do ponto de vista ambiental. E isso aí não sou eu que estou dizendo; é a imprensa especializada em pauta ambiental que diz. E tem coragem de subir aqui na tribuna para falar qualquer coisa. Casa de ferreiro, espeto de pau, infelizmente.