Autor: Doriane Menezes

Agência Assembleia

O programa ‘Em Discussão’, transmitido pela Rádio Assembleia (96.9 FM), entrevistou nesta sexta-feira (10) o secretário adjunto de Agricultura Familiar do Maranhão (SAF), Joaquim Queiroz. Entre outros assuntos, ele falou sobre a importância da valorização de políticas públicas voltadas para o trabalho no campo.

Na conversa com os apresentadores do programa, Álvaro Luiz e Henrique Pereira, o secretário explicou que a SAF trabalha com agricultores e povos tradicionais, abrangendo, inclusive, projetos dentro da Amazônia Legal. “Quando falamos de agricultura familiar não nos referimos somente a plantio, mas, também, de avicultura, piscicultura e outras cadeias produtivas que geram emprego, renda e comida na mesa dos maranhenses”, disse. 

Joaquim Queiroz informou ainda sobre a Conferência Estadual de Agricultura Familiar que acontecerá nos dias 29 e 30 de outubro. No evento, serão discutidas políticas públicas voltadas para a atividade agrícola. 

“Vamos debater as necessidades e o que vislumbramos para a agricultura familiar no Maranhão. Também vamos escolher os delegados que participarão da Conferência Nacional para representar o nosso estado”, pontuou.

O secretário explicou que o objetivo da SAF é combater a extrema pobreza e a insegurança alimentar, preservando o meio ambiente.

 “Nós atuamos em conjunto com os trabalhadores rurais e com as comunidades tradicionais, incentivando o crédito, orientando sobre educação ambiental e estimulando a produção e o fortalecimento da agricultura local. Também disponibilizamos assistência técnica e viabilizamos o acesso à água, que é primordial para os trabalhos da agricultura familiar”, enfatizou.

Agência Assembleia

O Plenário da Assembleia Legislativa aprovou, na sessão desta quarta-feira (8), o Projeto de Lei nº 665/2023, de autoria do deputado Wellington do Curso (Novo), que institui o programa “Não se Omita”, criando uma política estadual de prevenção, divulgação, combate e conscientização sobre a violência contra mulher e o feminicídio.

Na justificativa da matéria, o parlamentar explica que a proposição faz-se necessária visando à criação de uma política estadual por meio de um programa intitulado “Não Se Omita”, fundamentando-se em implementar no Maranhão mecanismos e cartilhas informativas que possam conscientizar a população maranhense a não se omitir quando houver conhecimento e a ciência de algum caso de violência contra a mulher. Não só isso, mas a proposição também tem como matéria basilar a conscientização e disseminação do feminicídio como crime hediondo. 

O deputado explica que o projeto tem como objetivos instituir o dever e a faculdade de determinadas instituições e estabelecimentos públicos e privados de distribuírem por suas dependências e em locais de fácil acesso, materiais informativos como placas, cartazes ou até mesmo publicações digitais que possam conscientizar e orientar a população sobre a seriedade da violência contra a mulher e o feminicídio. Visa ainda incentivar a denúncia contra os agressores e abusadores, assim como orientar os funcionários dos estabelecimentos citados a estarem dispostos a denunciar”.

De acordo com o texto aprovado no plenário da Alema, todos os mecanismos apresentados neste projeto buscam exclusivamente reduzir os índices de feminicídios, ataques e abusos sexuais contra mulheres; além sensibilizar e orientar a população sobre como agir e garantir os direitos das mulheres.

“Devido a todo esse cenário de violência e casos registrados no Maranhão, considera-se notória a importância de proporcionar visibilidade para essa temática que acomete o Estado, instituindo tal projeto de lei para que possam ser distribuídos e aplicados no estado materiais informativos, como uma forma de diminuir a violência contra mulher e os casos de feminicídios”, acrescenta o deputado.

Ele assinalou ainda que a proposição é inspirada nas costumeiras placas disponibilizadas em paredes e vitrines de lojas e grandes estabelecimentos comerciais que informam sobre o racismo e a homofobia serem crimes inafiançáveis e, nesse sentido, se faz necessário apresentar material análogo, porém, voltado à violência praticada contra a mulher.