Transcrição

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS (sem revisão da oradora) – Presidente Iracema, caros colegas, o que me traz aqui a esta tribuna, Presidente Iracema, é indignação. Indignação como mulher, apesar de as nossas falas serem a todo tempo contestadas. “Ah, vão falar, porque é mulher”, e depois vão dizer que o comentário do homem, “é porque é mulher, é porque é isso, é porque é aquilo”, porque nesses meus quase três mandatos, Deputado Catulé, aqui nesta Casa, concedido pelo povo do Maranhão, muito esforço aqui dessa mulher de coragem, minha Presidente, para ocupar dessas 42 vagas, que praticamente predominantemente são dominadas por homens. É muito difícil a gente chegar aqui, e somos vozes de mulheres da periferia, assim como eu vim da periferia, de mulheres de classe média, classe alta, assim com a Maria Aragão representa, para mim, não só pelo fato de ser comunista, porque ainda me considero comunista, porque estou no Partido Comunista do Brasil, eleita e reeleita pelo partido, mas cheguei com um mandato no partido, um mandato bem suado, graças a Deus. Lamento que nós estamos a quase meio-dia, o povo do Maranhão está acompanhando essa sessão e vê uma discussão aqui de uma medalha para reconhecimento de fato de uma mulher que tem suas ações pessoais feitas e reconhecidas por vereadores, por lideranças, por nós. E se certifiquem, meus colegas, não existe nenhuma mensagem minha, Deputado Ricardo Rios, para Marcos e para Audréia, para dizer que eu estou defendo, e não existiu quando a defendi da primeira vez. Faço mesmo na condição de mulher, porque a Maria Aragão, como aqui foi falado muito pelo Deputado Ricardo Arruda, é mulher que foi médica, professora. Então, eu acho que a Audréia Noleto nem está usando o sobrenome Brandão, porque, talvez se estivesse, aqui ficaria ainda pior, esta crise estaria ainda maior, para uma narrativa totalmente contrária do que é a medalha para Audréia aqui. Coisa que nunca vi aqui nesses três mandatos. De fato, eu vejo que merece, merece. Aqui como alguns blogueiros ou blogueiras vem: Ah, lá vem o dever de casa dos Deputados que defendem o governo. A gente está fazendo o nosso papel em defesa do governo, crendo que o governo está bem, que o nosso Governador Carlos Brandão está bem, e outrora, há menos de três anos, os colegas também faziam essa defesa aqui, mas não me interessa o motivo pessoal pelo qual eles não fazem mais, cada um vai responder por si. E falo aqui que o filho da Deputado Mical me ligou, que ficou espantado da fala do colega Deputado Rodrigo Lago em questionar a Deputada Mical, que de fato ela falou aqui que a Audréia ajuda, porque é uma pessoa que nos escuta, nos ouve. Acho que não falou nada demais, a Deputada Mical não faz acepção de pessoas por partido. Eu digo isso por mim, Deputada Daniella, que sou do PCdoB, que sempre me tratou com carinho e que ainda brinca aqui de sinceramente que ama uma comunista, como cristã que ela é, que a Deputada Mical, ela nunca escondeu isso aqui de ninguém. A prova disso é que ela votou no Deputado Othelino, que era então do PCdoB, no passado, a Presidente desta Casa. Então, distorceu também a fala a cunho de uma narrativa para negar Medalha à Audréia, envolver a Deputada Mical que nem aqui estar presente para se defender eu considero como machismo. Mas, é assim mesmo, nós estamos acostumadas a enfrentar este tipo de coisa, todos os dias, fora do Parlamento, dentro da nossa casa, que eu digo isso como mulher dentro de casa, fora de casa, na política. Mas não vão nos calar, podem dizer que é mimimi de mulher, porque esse é o discurso de muitos homens, Deputado Fred Maia, quando uma mulher ocupa o espaço de poder, é quando ela tenta ocupar, porque Audréia não ocupa, se um dia ela ocupar, aí o céu se desmorona.

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO – V. Exa. pode me conceder um aparte.

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Vou conceder sim, só deixar eu concluir aqui minha fala.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Deputada Ana, em seguida ao Deputado Rodrigo, por favor!

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS (aparte) – Com certeza. Então, eu venho aqui trazer à memória deste Parlamento, defendendo Deputada Helena, a fala da Deputada Mical que falou de coração, é uma pessoa que não faz acepção por partido, eu acho que a Medalha Maria Aragão também não é isso. Eu sei que o Deputado Carlos Lula, trouxe aqui uma palavra muito forte, de tortura. Hoje, nós não somos mais torturadas, pelas correntes, pelos açoites, mas, sim, pela nossa moral, é uma violência psicológica tremenda que mata uma mulher viva, a gente não precisa nem estar marcada, Deputada Helena, mas, a pressão psicológica, a violência psicológica contra uma mulher, diga-se de passagem, o que a nossa Presidente tem passado, em 200 anos para ser Presidente desta Casa em três eleições. Mas, podem dizer que é discurso de mulher, porque aqui eu venho defender todas as mulheres, uso pouco a tribuna, como aqui também já foi questionado, mas, é que a gente tem tanta coisa para fazer, a gente está mais preocupado lá fora, que eu acho que a preocupação da enfermeira Audréia, que o que estar pesando é ela ser cunhada do governador, ela ser esposa do Marcus Brandão, é o que sempre pesa para a gente, quando a gente está aqui. Ah, foi o marido que te colocou aqui por ele era prefeito! Porque tu és primeira-dama! Ninguém enxerga os nossos esforços, que nós temos valor, um valor político, um valor moral, ninguém enxerga. É tão comum você chegar nas rodas masculinas, e eles dizerem assim: Cadê teu marido? Por que ele não está aqui sentado nesta cadeira? E todas as mulheres enfrentam isso. Desde a nossa Presidência, a nossa Presidente Dilma Roussef sofreu um golpe, e se fosse um homem não tinha sofrido, as senadoras do estado do Maranhão sofrem violência política todo o dia. Cadê teu marido? É teu marido quem manda, não é tu não! Nós, Deputadas, Presidente desta Casa, e a Audréia não vai ficar fora deste pacote, apesar de não ocupar cargo público. Nem a Audréia, nem a Conceição, nem a jornalista, nem a zeladora desta Casa, não. Nós todas estamos a todo momento sendo contestadas só pelo fato de sermos mulheres. Quantas mulheres já receberam a Medalha Maria Aragão aqui e nenhuma foi contestada?! Aí vem dizer que nós que trouxemos a discussão, de fato, porque foi um projeto apresentado pela Deputada Daniella, mas quem trouxe a discussão de merecer ou não merecer foram os caros colegas aqui, que têm os motivos deles, pessoais, de votar contra, e a gente respeita, mas é preciso se medir aqui as palavras, e eu estou aqui para responder. Pode falar, Deputado Rodrigo.

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (aparte) – Deputada Ana, eu queria fazer um registro. Mais uma vez, V. Exa. age com muita injustiça contra mim. Não há um tipo de violência de gênero a V. Exa. ou a nenhuma outra colega Deputada desta Casa, nem mesmo à senhora Audréia Noleto. Eu expus, de forma muito tranquila e didática, os motivos que me levam a votar contra esta honraria, esta medalha. A justificativa apresentada pela Senhora Deputada Daniella, aqui nesta Casa, foi que ela, a senhora Audréia, merece a medalha porque ela “mais do que a cunhada do governador, Audréia tornou-se uma figura essencial nos bastidores do governo”. Como tem sido dito aqui, ela não ocupa formalmente nenhum cargo no governo, mesmo porque nem poderia. Ela não é secretária de Estado, ela não é secretária-adjunta, ela não é assessora, ela não é nada no governo, mas quem manda, de fato, no governo é ela. E eu não fiz nenhum ataque à Deputada Mical, a quem eu tenho muito carinho, e ela sabe disso, sempre tratei a Deputada Mical com muito respeito, apesar das nossas divergências, digamos, antagônicas. Ela está de um lado do pensamento ideológico, e eu estou em outro, mas nunca isso me levou a faltar com o respeito com a Deputada Mical. Eu li o discurso da Deputada Mical, está no Diário Oficial, está no Youtube, e a Deputada Mical disse expressamente: “Eu diria que eu posso definir Audréia como uma pessoa que é ágil, tudo que nós solicitamos, quando a procuramos para resolver, ela tem muito contribuído. É uma pessoa realmente resolutiva e nós ficamos muito felizes pelo empenho, pela ajuda. Ela colabora muito aqui com os colegas Deputados. Assim, tudo que, às vezes, nós temos dificuldades para resolver, e eu posso falar referente ao nosso segmento evangélico, ela tem ajudado muito”. Outros Deputados falaram até de ajuda financeira com dinheiro público.

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Não, Deputado, eu compreendo toda… Desculpe, termine.

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO – Eu não estou aqui contestando a fala da Deputada Mical, estou apenas afirmando que é um reconhecimento que é público e notório. Quem manda no Governo do Estado é o senhor Marcos Brandão, que é homem, a senhora Andreia Noleto, que é mulher, e o sobrinho, que é o secretário de Estado, que é o senhor Orleans Brandão. É isso que eu digo todos os dias aos quatro cantos do Maranhão, e é esse o motivo que nos leva a votar contra esta medalha. Se ela fosse homenageada, como disse a Deputada Vivianne, pela função que ela exerce de enfermeira, ela inclusive, acho, é servidora pública de Mirador, se ela fosse homenageada por isso, por ela fazer um relevante trabalho lá em Mirador como enfermeira efetiva que é dos quadros do município, eu votaria a favor. Mas não é isso, não é disso que se cuida. Ela está sendo homenageada por ser governadora de fato do Maranhão, e com isso eu não posso concordar. Seja medalha a ela, seja medalha ao senhor Marcos Brandão, seja medalha ao senhor Orleans Brandão.

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – A todos os Brandão.

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO – Não, o problema de governar sem ter sido eleito pelo povo, Deputada Ana do Gás. Então, esse que é o motivo pelo qual nós encaminhamos contra. Eu não desrespeitei a Deputada Mical, como V.Exa. insinuou na tribuna; eu nunca desrespeitei nem mesmo V. Exa., também como insinuou algumas vezes aqui na tribuna desta Casa…

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Eu vivi o desrespeito no PCdB, como V. Exa. impôs sua candidatura a vice. Quero até agradecer o voto do Deputado Ricardo Rios, que se sensibilizou com o que eu passei no partido, e todo o Maranhão acompanhou.

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (Aparte) – Eu pedi a palavra de novo. V. Exa. não se sensibilizou quando arrancaram o Deputado Júlio Mendonça da chapa…

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Do jeito que V. Exa. fez comigo, porque sou mulher…

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (aparte) – Eu não tenho mais a palavra e agradeço a atenção de V. Exa.

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Obrigada, mas vou lhe responder, porque também, no Regimento da Casa, não fala que necessariamente alguém, por receber a Medalha Maria Aragão, precisa ter um cargo público, e isso é uma narrativa pessoal de V. Exa., que V. Exa. está construindo por ter algum problema pessoal com Audréia, com Marcus, com Brandão, com Orleans. Eu lhe entendo, V. Exa. que já ocupou altos cargos de governo, já foi Chefe da Casa Civil e tantos outros, me recebeu inúmeras vezes. V. Exa. também já fez essa ponte de auxílio com o poder do governo, V. Exa. precisa relembrar isso, poder do governo, poder realmente nomear, mas detinha de um poder, V.Exa. V. Exa. viveu esse momento, entendeu? E aqui não fala, no Regimento desta Casa não fala que necessariamente ela tem que ocupar um cargo público, mas pelo fato de ser cunhada do governador, ser esposa do Marcus Brandão, se ela fosse esposa de qualquer outra pessoa no Maranhão, nós não estaríamos discutindo isso, quase mais de meio-dia já, quase meio-dia. E eu não tenho nada contra V. Exa., nós temos ainda um “resquiciozinho” do que eu passei dois anos atrás, porque não é fácil como mulher esquecer. Um partido que eu me elegi e confiei, e confiei. V. Exa. sabe que foi um processo doído, assim como V. Exa. sente dores pelo colega Júlio Mendonça. Eu gostaria de que V. Exa. tivesse tido esse sentimento por mim, mas não, aí vem aqui fazer um discurso todo narrado para bater aqui na tribuna: Ah, porque Audreia Noleto, por isso e por aquilo. Vamos exercer de fato aqui o que a gente fala.

O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA – V. Exa. me concede um aparte?

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Concedido ao Deputado Dr. Yglésio e depois ao Deputado Catulé.

A SENHORA DEPUTADA DRA. HELENA DUAILIBE – Eu também quero.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (aparte) – Deputada Ana, queria primeiramente pedir desculpas ao povo do Maranhão, de verdade, mandar um abraço para Flávio Nascimento, que foi um seguidor aqui do Instagram que ele disse o seguinte: “Gosto de acompanhar as sessões, mas na minha opinião isso não é assunto de interesse da população maranhense.” Aqui é o povo que está falando, não sou eu, não é ninguém. Mas só para gente ver se a gente consegue virar essa página, porque a gente tem que às vezes mostrar as incoerências. Janja recebe a mais alta honraria da Ordem de Mérito Cultural, isso aqui em 20 de maio de 2025. Grã-Cruz, recebeu aqui do Presidente Lula, marido da Margareth Meneses. Além de Janja, foram condecorados com a Grã-Cruz personalidades como Alcione, o nível de equiparação, Alcione, Fernanda Torres e Walter Salles, cineasta que ganhou o prêmio recentemente. Então, vamos lá, Lula concede Medalha de Mérito da Saúde para Janja, Daiane dos Santos e Xuxa, decretos com homenageados foram publicados em 04 de setembro de 2024, contribuições grandiosas para a saúde pública do Brasil. Janja aparece aqui, por exemplo, ao lado de Esper Georges Kallás, diretor do Instituto Butantan, Atila Iamarino, biólogo conhecidíssimo, doutor em Microbiologia e pesquisador. Outra Medalha aqui para Janja, em 2023: Lula entrega a Janja a mais alta condecoração da Ordem do Rio Branco, Diplomacia Brasileira. Eu lembro bem que o grande ato diplomático de Janja foi mandar fuck you, Elon Musk, recentemente aí na internet e também dizer em palco que não estaria presente ao encontro do Presidente Lula com o Presidente Americano, Donald Trump. Então, esta contribuição da Janja para democracia. Oh, aqui eu lembro, eu peguei uma notícia que eu gosto bastante dele, ele sabe, mas a gente precisa trazer, Othelino Neto é homenageado com a Medalha Graça Aranha, na Academia Maranhense de Letras, não sei a contribuição que meu querido amigo Deputado Othelino tem e falo isso aqui tranquilidade só para ilustrar que, muitas vezes, as medalhas são instrumentos de bajulação, infelizmente, e a Casa é uma tradição de todas as Casas, o Presidente da República está dando para a própria esposa, nós perdemos mais de uma hora falando aqui,

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Que merece, Deputado.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Deputado Rodrigo falou aqui sobre conceder um Título de Cidadão ao Senhor Ricardo Garcia Cappelli, Deputado Cláudio Cunha deu um título, uma Manuel Beckman para Ricardo Cappelli a maior honraria do Legislativo para o Ricardo Cappelli, que se a gente for falar em contratos estranhos, ali no meu gabinete, eu convido os amigos da Oposição a irem ver o que tem lá em relação à Secretaria de Comunicação, o superfaturamento das pequenas peças de publicidade de trinta segundos, que custavam até cento e trinta mil reais, que eram assinadas pelo Secom, do ministro Flávio Dino e também como foi falado em questões de ritos constitucionais pelos meus queridos colegas de Oposição aqui. Eu não vi nenhuma indignação com a nota ontem que foi falada pelo próprio Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à jornalista Carla Lima em que ele, textualmente, Deputado Rodrigo, gosta bastante de fazer citações literais e até pegar nos Diários Oficiais para ver as palavras das pessoas, porque, explicar por que o Presidente da República citou que ele precisa fazer um acordo político, onde vai sentar o Governador do Estado do Maranhão e o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino Castro e Costa, que é impedido por Lei, de ter qualquer tipo de manifestação política, mas o Presidente da República, o ser humano mais votado da história do país, afirmou para a entrevista, que Flávio Dino participa, politicamente, eu vou encaminhar, inclusive, esta manifestação do Presidente para a PGR, para tentar entender o que, de fato, aconteceu. Então assim, são visões e constitucionalidades muito seletivas, a gente perdeu muito tempo com isso gente, pelo amor de Deus, estamos passando uma vergonha aqui no débito.

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Deputado, e só contribuindo aqui a nossa primeira-dama do Brasil merece ser reconhecida, de fato, eu respeito a sua posição política, mas assim como defendo a voz e a vez da enfermeira Audréia, esposa do Marcus Brandão, não é pelo fato dela ser a esposa do Presidente Lula, que ela merece ser reconhecida, eu trago o mesmo discurso tanto para a Janja, quanto para Daiana, quanto para Audréia, de valorização, mas é algo aqui que eu quero deixar claro, que nós estivemos com o Presidente Lula, na segunda-feira aqui, e eu quero aqui deixar claro o reconhecimento destas mulheres, para o pais, para nós, mulheres , e principalmente pelas maranhenses,

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Só para deixar claro, Deputada, eu não estou reclamando de Medalha, eu não estou nenhum pingo preocupado com Medalha de ninguém, esta Casa aqui…

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Eu só estou contribuindo com o valor e a importância do reconhecimento destas mulheres.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Eu só estou dizendo o critério, que a Janja não tem contribuição na saúde, e vem receber uma medalha, e o pessoal não reclama, só isso.

A SENHORA DEPUTADA ANA DO GÁS – Tem, Deputado Yglésio.

O SENHOR DEPUTADO CATULÉ JÚNIOR (aparte) – Eu atentamente tenho acompanhado essa discussão e sempre permaneço em silêncio quando acho que essa discussão não deve render, porque foge dos interesses desta Casa, dos objetivos principais. Eu acho que análise e concessão de honraria é, acima de qualquer coisa, meritocrática, por isso mesmo ela é julgada sob critério subjetivos, que cada um tem a sua opinião sobre determinada pessoa, cada um elege quais são as balizas e os valores que são pertinentes para a concessão daquela honraria. A senhora Audréia Noleto é uma figura conhecida por todo o Estado e, por grande parte do Maranhão, ela é merecedora do carinho, da atenção, da honraria. Assim como também existe uma parcela que acredita que não, mas eu acho que a discussão central disso daqui e do que a gente não pode se afastar é de que essa decisão, por ser uma Casa colegiada, Deputado Lula, é tomada pela maioria. Foi feita uma proposição para a Deputada Daniella, foi feito um encaminhamento por quem a concorda, como também por quem discorda, e isso é o Parlamento, isso é a natureza do Legislativo. Mas eu acho, colaborando e concordando com as palavras do Deputado Yglésio, que nós dispensamos muito tempo numa discussão dessa natureza. Eu acho que o povo do Maranhão merece mais desta Casa.

A SENHORA DEPUTADA DRA. HELENA DUAILIBE (aparte) – Deputada Ana, eu também queria reafirmar o que já foi falado pelo Deputado Yglésio, pelo Deputado Catulé, que eu sinto até vergonha. Hoje, quando for para os meus compromissos, porque eu tenho certeza de que muitas pessoas que estão assistindo hoje à nossa TV Assembleia estão tristes por verem que a gente está discutindo uma coisa que foge da nossa característica. Primeiro, a gente, quando assume e chega aqui, a gente tem que continuar sendo verdadeiro. E o que eu quero dizer? Quem é que nós trazemos para nossa posse? A nossa família. Quem são as pessoas que mais vibram com a nossa eleição? A nossa família. Eu, pelo menos, tenho o meu marido que está em casa, assistindo com certeza à TV Assembleia, Deputada Iracema, mas que está torcendo pelo meu trabalho, pelo meu sucesso. Eu tenho certeza de que cada um de nós, e isso não é diferente com o governador, pois quem mais vai defender o governador e quem mais vai gostar dos feitos do governador chama-se “a sua família”. E a Audréia faz parta da família do governador. Quando ela nos atende, como foi dito aqui, ninguém vai negar nada, ninguém está falando que é trafego de influência, de jeito nenhum, eu lembro aqui das palavras da Dra. Ana Maria Belfort, esposa do Dr. Haroldo, que já morreu, que quando se ligava para ela para pedir uma ajuda para Dr. Haroldo atender naquela época, Deputado Fred, que se usava era o telefone convencional, Ana Maria já ia tentando resolver o problema. Por quê? Ela era esposa de Dr. Haroldo e queria ajudar as pessoas. Então, o papel de Audréia no governo é, sim, importante. Ela não tem um cargo específico, mas ela está ali para ser uma pessoa que, como cunhada do governador, ela pode sim ligar para um secretário, ela pode conversar com as pessoas, ela pode conversar e atender muito bem, como atende os Deputados e os vereadores, e ser essa ponte. Qual é o crime que existe nisso? Não existe crime nenhum, e a gente não pode se enganar. Eu acho que a gente precisa sim ver, pelo contrário, quem está nos atendendo, quem estar servindo, quem estar servindo de ponte para facilitar, é justamente por querer que o governo funcione, não é ocupando um lugar de um secretário, não é desmoralizando o governo. Eu, pelo menos, se chegar um pedido meu por um filho, pelo meu marido, eu vou dar toda atenção, e isso é todos nós. Então, eu acho que a gente tem que ser verdadeiro, a gente não pode perder tempo se enganando, nem criticando coisas que não são o nosso papel. O nosso papel aqui, nós representamos, quantas pessoas querem estar no nosso lugar, eu acho que fica feio a gente continuar com essas discussões pessoais. Vamos elevar a nossa Assembleia, tão bem conduzida pela nossa Presidente. Muito obrigada.