Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos. Obviamente, eu vou fazer alguns comentários em relação a essa verdadeira festa da oposição, que foi feita agora recentemente. Mas antes, para não deixar de registrar, é preciso que nós hoje entendamos que vivemos um difícil momento na saúde, principalmente de maneira relacionada ao atendimento de urgência. Eu recebi hoje pela manhã, Dra. Helena, uma mensagem com uma notícia de que uma senhora foi atropelada na Avenida Litorânea. Essa senhora foi atropelada na Litorânea, esperou por mais de uma hora, Deputado Adelmo, o resgate do SAMU da capital maranhense. E infelizmente, não chegou o resgate. Sabe quem resgatou a senhora, Dra. Helena, e levou ao hospital? Uma ambulância da Prefeitura de Parnarama. Olha que ponto que a gente chega muitas vezes. Primeiro, parabenizar os servidores de Parnarama pelo espírito heroico, humano. Inclusive, acho que é importante que esta Casa, Presidente, registre isso perante o município. Uma Moção de aplausos a esses servidores, que seja consignado nas suas fichas funcionais, da mesma forma esse ato, porque é importante. A gente cobra muito das pessoas, os funcionários, os servidores da saúde, mas entrega muito pouco a eles. Mas é preciso que a Secretaria de Saúde de São Luís faça o mínimo. Não é a primeira vez que isso acontece. Eu já passei por experiências de minha avó, por exemplo, precisar do SAMU, e demorar 40 minutos para chegar. E olha que eu liguei, me identifiquei, porque o desespero era grande, e a gente sabe da dificuldade, e atira a primeira pedra quem não faria isso por um familiar seu. E mesmo assim, foram 43 minutos de espera. Já tive a oportunidade de viajar a outros países e acompanhar num McDonald’s uma criança que teve uma convulsão, em menos de cinco minutos chegou praticamente um equipamento de guerra. É ambulância médica, é carro de corpo de bombeiros. É uma estrutura gigantesca. É mobilização da área, isolamento da área, é um tempo de resposta curtíssimo. E agora, a gente aqui não, nós temos uma pessoa que sofre um atropelamento, quantas vezes eu já não vi em avenida da capital motoqueiros que tiveram acidente de trânsito jogados esperando. Quantas vezes eu já não desci do carro para esperar a ambulância do SAMU chegar. E isso é um sinal de estrutura insuficiente de recursos, materiais e recursos humanos. E precisa ser dito, porque não é um problema apenas desta gestão atual. Isso aí, desde que eu me entendo por gente, é assim. Nunca funcionou a contento. Nunca se trabalhou de forma descentralizada de fato com equipe suficientes, ambulâncias suficientes e materiais suficientes para garantir um atendimento rápido, que separam muitas vezes, o limite tênue entre a vida e a morte. Essa é uma questão importante. São Luís é uma cidade grande que poderia aqui, já que a discussão é helicóptero o tempo todo, a Assembleia se transformou praticamente no heliponto aqui, o SAMU necessita também hoje já discutir a possibilidade de ter uma assistência aérea dentro da cidade, porque o trânsito tem piorado. Isso é inegável, voltou a piorar o trânsito. E aquilo que a gente sempre falou, que o trânsito tem que ser pensado de uma maneira a reduzir a presença do carro na rua, porque nós não temos vias suficientes. Então, fica esse pedido, ressaltando que tem zero, tem zero, tem zero, tem zero cunho político isso aqui. A gente faz a solicitação ao prefeito da capital, porque é importante que se cogite, de fato, eventualmente até um deslocamento de helicóptero, um helicóptero de menor porte, mas claro que adequado às necessidades, porque recursos tem. A Prefeitura de São Luís tem R$ 3 bilhões de reais hoje em caixa disponível. Não é falta de recurso, não dá para dizer que falta dinheiro. Como o Estado do Maranhão hoje também tem condições melhores, porque o Flávio Dino quebrou o Estado, o Brandão pelo menos recuperou o caixa do Estado e melhorou os indicadores financeiros do Estado do Maranhão. Então, não há que se escusar de também colaborar em políticas como essas, e tudo isso é muito importante de registrar, destacar e sugerir. Em relação a essa conversinha aqui da oposição, que finalmente colocaram a cabeça para fora e viraram de fato oposição, não tem mais esse que não é porque não, não, eu estou dizendo porque eu sou amigo e tudo mais. Acabou esse papinho Ari. Acabou, terminou essa história, agora tem uma oposição, de fato, na Casa. Estes colegas, eles são todos da base do presidente que foi a Paris e gastou 4 milhões em uma visita a Paris, e uma viagem muito mais curta, só para celebrar um dia do Brasil em Paris, fez uma agenda, o Presidente Lula, um dia, um dia de agenda e gastou 4 milhões de reais. E eles não dão um pio, não o Lula é o melhor presidente da história, o maior líder político do planeta, o Lula tudo pode, o Lula pode dar uma janjada lá a 4 milhões de reais, e está tudo bem, e eles não falam nada. E aqui esse negócio, o Flávio Dino vinha para São Luís em avião da FAB, 130 mil reais cada voo, eles não contabilizam isso, era ministro da Justiça, é ministro do Supremo, mas a residência dele é aqui em São Luís, todo final de semana ele vem para cá. Ele não é vitalício em Brasília? O cargo dele não é vitalício? Porque que ele não se muda para Brasília, Adelmo? Se ele tem um cargo vitalício, o emprego fixo dele é lá, por que não se muda? Gera um custo constante ao STF para vir para cá para São Luís, às vezes, de avião de carreira, às vezes de fretamento ou FAB que é liberado para eles. Então assim é uma incoerência muito grande. Eu estava vendo aqui enquanto eles falavam, até parece que nunca foram para a Europa, quem vê pensa, que sabe que, infelizmente, nós moramos em um Estado que uma viagem dessas aí é 30 horas, 36 horas, a pessoa sai daqui num dia, chega lá dois dias depois, acabado, porque fuso horário arrebenta a pessoa, 5, 6 horas de fuso horário, principalmente um idoso que passou por tratamento de câncer, não é mais menino, eu que tenho 44 anos sinto um fuso horário, uma viagem dessa de 30 horas, o cara fica arrebentado, então uma hipocrisia danada, desde o dia 3 teve agenda lá, agenda dia 3, 4, 5, 6, 7, tudo publicado, dia 9 o Governador já estava em Cedral.

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – Deputado Yglésio.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Só um instante, Deputado. Deixa eu, por favor. Só um instante. Dia 9, o Governador já estava em Cedral. Então, o pessoal quer criar um clima de que o Governador é um brincante. Pelo amor de Deus, ninguém reclamava dos R$ 46 milhões de reais de buffet que Flávio Dino comprava. Vocês estão até mais magro depois que acabou esse negócio de buffet do Governo Flávio Dino. Graças a Deus, estão mais magro, porque é bom realmente perder peso. Era bolo de chocolate, era camarão, só não tinha lagosta porque falava de Roseana não deu para comprar lagosta, mas tinha picanha. Era R$ 267.000,00 de geladeira para seu Flávio Dino comer e ninguém reclamava. Por quê? Era atacando bolo de madrugada quando tinha ansiedade aqui com o Deputado Wellington falando coisa e só crescendo, crescendo o “glutanismo” aí exacerbado e ninguém falava nada, está tudo bem e agora está tudo errado. É óbvio que eu não concordo com uma passagem de R$ 92.000,00 se foi este valor mesmo, porque eu ainda não vi, não me trouxeram, mas se quiserem me mandar, agradeço. Não concordo porque poderia ter sido comprado uma passagem mais barata. Com certeza, o governador tem pontos por conta das viagens que faz, poderia fazer um upgrade. Esse tipo de coisa eu acho que tem significância. Eu acho que concordo. Mas é uma hipocrisia danada porque estão fazendo estardalhaço. Porque no dia 2 foi aniversário do governador e parece que ele saiu daqui para chalar no Rio Sena, é, colocando o barco a remo, ele lá com a Larissa. Parece que aconteceu foi isso aí, que foi Brandon em Paris.

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – Deputado Yglésio, se puder me conceder um aparte?

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – É porque já está finalizando, meu querido Deputado Othelino, mas eu preciso concluir aqui e se o presidente permitir, ao final, aí fica considerado o aparte. Deputado Fernando, aqui falando também de negócio de viagem. Caramba, não é correto. Sabe por quê? O que é que São Luís tem de agronegócio para ir a AgroBalsas? Qual foi a agenda que o Prefeito Eduardo Braide, por exemplo, fez lá na AgroBalsas? Nenhuma. Foi na AgroBalsas para fazer uma agenda política e foi de avião. Falou de estrada, mas o Braide foi de avião. Então assim, é uma incoerência danada e as pessoas querem demonizar, de fato, eu digo, R$ 92.000, se for uma passagem de R$ 92.000, eu acho caro, acho que para as próximas o governador deve reavaliar esses custos aí. Mas não venham com esse discurso. Porque vocês são dos 44 milhões da Air Jet Táxi Aéreo de avião para andar que Flávio Dino não pegava estrada no Maranhão. Vocês são dos 46 milhões de buffet comiam feito um cão neste Estado. Era comida, meu amigo quarenta e seis milhões, é buffet, haja buffet, tu é doido. Dos oitenta e oito milhões de reais de comunicação para pagar carta capital, dizendo que faz.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Libere, para que ele possa concluir para que ele possa concluir seu pronunciamento.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Que era para, dizendo que para promover turismo do Maranhão, na Carta Capital, não tinha cinco mil exemplares de tiragem, loucura. Era só para Flávio Dino ter uma coluna na carta capital, aí o Maranhão pagava a exposição nacional de Flávio Dino com blog do Noblat, mulher do Noblat. Tudo isso aí custeado e vocês não falavam nada. Alguns aqui até operavam isso aí, então assim, vamos botar a mão na consciência. Está sendo feito aqui um verdadeiro estardalhaço por conta de uma viagem que teve agenda toda registrada e diferente do que foi falado, até o infeliz do presidente da república registrou a presença do Brandão no evento. Porque é uma tentativa de tentar diminuir, e isso aí está ligado muito a problemas de ego, de todo mundo achar que é mais intelectual do que o governador do Estado. Porque antes tinha uma figura que eles consideram uma figura eminente, né? Um acadêmico da Academia Maranhense de Letras que tem dois, dois livros compartilhados. Tem duas publicações que não tem uma publicação literária, é o primeiro acadêmico com currículo tão paia que nem diz no interior. Que precisou mendigar e se humilhar, e isso é humilhação, quando você precisa se humilhar para o Sarney te apoiar enquanto acadêmico da Academia Maranhense de Letras. É a humilhação que Vossa Excelência precisa para o Sarney que vossa excelência destratou a vida toda, pedir votos e garantir o apoio do MDB para que vossa excelência não passasse a vergonha de ser o primeiro-ministro reprovado numa sabatina, porque ele bateu na trave. Isso, Bandeira, que é humilhação. Isso que é humilhação no meu entendimento. Então, mais respeito. Não que tenha que bater continência para o Brandão, que nem eu bato. Imagina, essa história de coronel realmente é uma loucura, só quem conhece o governador sabe que ele é um cara que não se estressa com essas coisas, mas lamentavelmente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Peço ao orador que conclua seu pronunciamento.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Vou concluir agora, presidente, porque me senti aqui de certa forma solidário a essa a essa execração aí do Brandão que não necessita disso. O governo não é perfeito. Óbvio. Vez por outra nós trazemos coisas aqui para criticar, para melhorar o governo, mas dessa forma que está sendo feito está feio, porque eram todos cúmplices, participantes das orgias alimentares dos bufês dinistas, das farras de R$ 44 milhões aéreas também e não tem envergadura para falar nada em relação a isso porque o silêncio era a sua arma mor. Muito obrigado.