Transcrição

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO (sem revisão do orador) – Deputado Antônio Pereira, V. Exa., com a permissão de V. Exa., eu gostaria de fazer a fala daqui mesmo, da bancada. Tudo bem?

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – À vontade, fique à vontade, pode fazer do seu lugar.

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – É apenas para complementar, eu ouvi com atenção a tentativa tímida, constrangida do Deputado Yglésio de tentar justificar o que não tem explicação. É claro que uma viagem a serviço deve ser custeada pelo poder público. Eu já viajei a serviço, e a passagem foi custeada pelo poder público. Eu já viajei a serviço, e a passagem foi custeada pelo poder público. O Deputado Yglésio recentemente fez uma viagem oficial autorizada por esta Assembleia e custeada pela Assembleia, inclusive aprovada pelo Plenário. E nós não questionamos, porque entendemos que ele mostrou que era de interesse público e de interesse da Assembleia. Então, não é esse o questionamento. O Deputado Yglésio fez um esforço hercúleo para tentar explicar o que não tem explicação. Ele teve agenda, teve, mas ele teve agenda de 3 dias. E ele fez o povo do Maranhão pagar diárias pelos dias que ele foi passear. Se ele estava no Rio Sena, se ele estava contemplando a Torre Eiffel, ou se ele estava visitando alguns dos belos museus de Paris, pouco importa, mas ele deveria ter pagado e não o povo do Maranhão. Então, não tem explicação. Eu acho inclusive que a bancada governista quando tenta… A bancada não, porque houve um esforço aqui do Deputado Neto, que é muito bom, muito competente, mas ele nem passou perto de explicar. O Deputado Yglésio também passou longe, ficou xingando para tentar justificar o que não tem justificativa. O fato é que é uma vergonha. Isso que aconteceu agora em Paris com o governador, a farra de Paris, é apenas um pequeno exemplo mais marcante da forma como ele trata o dinheiro público, com desprezo. Aliás, não é com desprezo, não, vou até corrigir. Ele trata como coisa dele, como se fosse recurso dele próprio, particular, da família dele. Não respeita o recurso do povo do Maranhão. Mas esse é só um pequeno caso, os outros o Brasil está conhecendo, os milhões. Deputado Rodrigo, chega a bilhão. Eu acho que é um caso, chega a bilhões, é caso de ir para o Guinness. É um impressionante caso de sucesso empresarial, o grupo Brandão. Se tivesse ganhado na Megasena 10 vezes, não chegaria ao sucesso empresarial que está tendo, coincidentemente de abril de 2022 para cá. Então, não adianta tentar escamotear. Batom na cueca, foi o que aconteceu com o Governador Brandão na farra de Paris. Não tem explicação. Botou o povo para pagar a passagem de primeira classe e vem dizer: “Ah, nós todos vamos.” Sim, eu já fui à Europa, espero voltar, mas pagando o meu salário e não botando o povo do Maranhão para pagar. O Governador Brandão deveria pedir desculpa, devia fazer um expediente, Deputado Rodrigo, devolvendo para o erário, admitindo que errou, admitindo que passar o seu aniversário, passar quatro dias em Paris à custa do sofrimento do povo do Maranhão é uma vergonha. Ei, coronel Brandão, não adianta ficar dizendo que vai processar. Processa, estou esperando. Não faça como fez o decreto que V. Exa. baixou e depois revogou. Arregou. Não seja arregão. Entre com o processo, eu estou esperando, porque nós não temos medo de coronel. Eu sei o que V. Exa. disse para os Deputados Federais lá no Palácio, que era para mandar esculhambar com o ministro do Supremo e que comigo ele sabia como agir. Pode vir. Do jeito que vier, três palitos. Não tenho medo de coronel, nunca tive, e não vai ser, não vai ser um inquilino que está de passagem pelo Palácio dos Leões, um palácio de barro que está ruindo e que nem consegue mais dormir, que vai me amedrontar. Ei, governador, V. Exa. sabe o que fez. Então, é bom mesmo ficar assustado. É bom mesmo se sentir constrangido, porque está até demorando, mas V.Exa. sabe que V.Exa. não ficará impune.