Transcrição

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO (sem revisão do orador) – Bom, eu precisei voltar à tribuna, porque eu tenho a impressão de que eu, a querida deputada Mical e o estimado deputado Jota Pinto, nós não assistimos ao mesmo vídeo. Eu ia expor aqui o áudio, mas o Bráulio me informou o que eu já sabia, mas queria ter certeza de que não é permitida a exibição de áudio aqui no microfone durante o pronunciamento. Eu queria convidá-los, embora esse vídeo tenha rodado bastante, eu queria convidar aos que não viram ainda para que vão ao meu Instagram, pois lá tem a fala inteira do governador, onde ele diz: “Eu uni o Maranhão. Eu tenho o apoio do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Assembleia Legislativa, da Defensoria Pública e do povo”. Este último tenho certeza que ele não tem, mas, Deputado Arnaldo, não é à toa que Vossa Excelência presidiu esse parlamento por quatro anos e tem todos esses mandatos aí. Talvez a melhor explicação tenha sido a sua, porque é melhor dizer que, no momento de emoção por discursar na sua terra natal, ele tenha cometido excesso, do que tentar dizer que ele não disse o que ele disse, porque nós não somos nem cegos e nem doidos.

O SENHOR DEPUTADO ARNALDO MELO – Presidente, por gentileza, não eu não falei que ele cometeu excesso. Ele falou emocionado, mas eu justifiquei que a postura dele é a mesma minha.

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – Eu acolho a sua retificação em meu pronunciamento, mas ratifico que quem mais chegou perto de tentar justificar aquela constrangedora fala do Governador foi Vossa Excelência. Eu até acredito que possa ter sido emoção, mas ele deveria ter se desculpado. Deveria ter dito “Olha, eu não quis constranger os outros poderes, os outros órgãos constitucionais. Eu estava na minha terra com meu povo, me emocionei e me excedi”, porque aquela fala não cabe. Meus amigos, depois de ter Flávio Dino governador, que tinha a dimensão do cargo, mesmo quem não era alinhado com ele, tem a dimensão do cargo conhece a liturgia dos cargos que ocupa, a gente presenciar essa cena, presenciar, não; ver essa cena à distância. Mas o Governador, Deputado Fernando Braide, tem passado por sucessivas decepções por onde ele tem andado, porque começa quando ele tem contato com o povo. O povo começa a dizer aquilo que está acontecendo. Então ele foi a um evento um tempo desses e as mães atípicas tiveram que abordá-lo, porque a Casa Ninar estava em vias de fechar. Aí ele foi lá, pegou outra reprimenda respeitosa da mãe, de um pai e agora foi a Alcântara em um evento com o Presidente Lula e passou mais uma vergonha lá: o trabalhador rural, todos vocês viram, fazendo cobranças para o governador, todas respeitosas, por sinal, na frente do Presidente Lula, que imagina que devia estar decepcionado também. Mas não bastasse a chamada, a reprimenda, a cobrança que o Governador recebeu lá daquele trabalhador rural, ele também recebeu uma chamada educada, Deputado Ariston, do Presidente da República. Também não estou inventando. Basta olhar o vídeo. O Presidente Lula disse: “Meu querido Governador Brandão, que pediu o meu apoio e do Flávio Dino para executar programas sociais.” O Presidente Lula está lá em Brasília com um monte de problemas para cuidar, mas que bom que ele conhece a realidade do Maranhão. Ele deve ser um que deve estar desapontado com o que está acontecendo com o Governo no Maranhão. Porque não fosse o governo de Lula, nosso povo estaria em uma situação muito pior, ou seja, o povo do Maranhão não aguenta ficar sem os serviços essenciais, e a tendência é que o governador do estado, Deputado Cláudio Cunha, cada vez mais passe por esse constrangimento. Se V. Exa. disser que eu interpretei errado a fala do Governador, é mais ou menos como se V. Exa. dissesse, aliás se alguém dissesse “Deputado Othelino, o Deputado Cláudio Cunha não tropeçou naquela caminhada e não caiu”. Porque V. Exa. infelizmente tropeçou, caiu, levantou e continua sendo muito forte lá no seu município.

O SENHOR DEPUTADO CLÁUDIO CUNHA – Me permita um aparte?

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO- É porque, assim, nós vimos que o senhor tropeçou e caiu, e, graças a Deus, está bem.

O SENHOR DEPUTADO CLÁUDIO CUNHA – Me permite um aparte?

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO- Permito já. E nós vimos o que aconteceu, porque foi o próprio Governador que falou. Permito o aparte.

O SENHOR DEPUTADO FERNANDO BRAIDE – Deputado Othelino, se depois o senhor puder me conceder um aparte.

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – Concedo a ambos.

O SENHOR DEPUTADO CLÁUDIO CUNHA (aparte) – Deputado, querido Othelino, deixa eu lhe explicar uma coisa, como é deturpação mesmo. V. Exa. acaba de narrar e eu estava esperando V. Exa. falar isso, a história de Alcântara. Manda o presidente Lula com o Governador ir em qualquer território de município que existe gestão que trabalha, para ver se o Governador será cobrado por uma estrada municipal. Porque ali não se estava cobrando uma estrada estadual, estava se cobrando uma estrada do prefeito, de responsabilidade do prefeito, e eu tenho a convicção e a certeza de que o Governador, num pequeno espaço de tempo, foi um dos governadores que mais ajudou o município com relação a estrada vicinal, inclusive em Alcântara, tem mais de 100 km de estrada feita lá em Alcântara pelo Governo do Estado. O que eu quero te dizer com isso: mais uma vez V. Exa. faz o seu papel com brilhantismo, é oposição, e jogando, não interessa a quem, mas de forma que V. Exa. não passa a transparência aos fatos com relação à questão do seu posicionamento de oposição. Então, eram muito bem-vindas as suas colocações quando V. Exa. coloca de forma construtiva. Eu fui prefeito, quem mais me ajudava, às vezes, era o meu vereador de oposição, que me orientava ali numa fala no Parlamento. Eu via que o cara estava certo e eu corrigia os meus erros. Mas, nesse formato, o Governador fez estrada vicinal em Alcântara, eu sei porque eu estava brigando com a empresa CCG para fazer lá em Serrano, ele dizendo “eu estou aqui, por ordem do Governador, em Alcântara, fazendo estrada vicinal”, isso tem uns 3 a 4 meses. Então, ele foi num município em que não existe prefeito de fato para trabalhar. Essa era a minha colocação.

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – A discussão municipal, eu não vou entrar nela, Deputado, mas agradeço pelo aparte. Eu acho que é melhor V. Exas., que são aliados, tentarem dar bons conselhos para o Governador, diga assim: “Governador Brandão, fale menos besteira e trabalhe pelo Maranhão”. Deputado Fernando Braide.

O SENHOR DEPUTADO FERNANDO BRAIDE (aparte) – Deputado Othelino, obrigado pelo aparte. Tive a mesma interpretação que o senhor na fala do Brandão lá em Colinas, mas não quero nem entrar muito nessa questão, se foi emoção, se não foi. Mas o que mais me preocupa na questão é que eu já tinha levado em consideração essa fala dele, que não é a primeira vez, é de outros, Jornal Pequeno, Sarney também já disse, de que o governador agora conseguiu uma união, pacificar, como nunca existiu antes no nosso estado. Mas o problema é o seguinte, essa união toda que ele conseguiu ter não está resultando em benefícios para a população do nosso estado, que é o que mais importa. O que adianta ele ter essa união toda, com todos os Poderes, governo federal, tudo, que tem, e a gente não tem aqui um avanço na saúde, um avanço na educação, um avanço na questão da água, que é básico. A gente sempre que olha, tem notícia da falta d’água aqui em São Luís, da falta d’água em vários municípios e muito pouco é se dito sobre esse assunto, desse básico que se tem. Recentemente, até quando foi o Dia dos Povos Originários, reportagem nacional, escolas de taipa, ainda em nosso Estado, governador também quando deu entrevista, disse que recebeu esse governo com escolas de taipa ainda, já está recebendo agora vários bilhões do Fundef, espero que, até o final do seu governo, consiga erradicar essa questão das escolas de taipa. A gente vê a questão da saúde, o hospital de Colinas, que é justamente que ele deveria ter como referência, que tudo do governo dele se baseia em Colinas, o senhor foi um dos que mostrou a realidade do hospital lá, precário que se tem, a Casa Ninar também outro dia a vergonha que se passou, pelo menos, ele teve uma atitude de ir lá na Casa Ninar. Por isso que eu também não me pronunciei no assunto, acho que ele teve uma atitude correta, não se escondeu do fato, foi lá com os secretários, com as mães, mas ficou claro que foi abandonada a Casa Ninar. Isso aí para mim foi o que saiu de ruim da história. Ele, pelo menos, ali fez promessas de que vai olhar com mais carinho e melhorar agora, mas o que eu venho reforçar aqui é que o governo Brandão já está no terceiro ano e a gente não vê com toda essa união, toda essa parceria, os benefícios chegar para a população e, como se eu disse, se não fosse, graças ao Governo Federal, o Governo Estadual ia estar em situação pior ainda. Essas são minhas palavras.

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – Agradeço, para concluir, Senhora Presidente, agradeço pelo aparte o Deputado Fernando Braide.

A SENHORA DEPUTADA JANAÍNA – Deputado Othelino, um aparte, Janaina aqui

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – Deputada Janaína, aí teremos que ter a benevolência da Presidente, porque já acabou o meu tempo, se Vossa Excelência permitir, Senhora Presidente, a Deputada Janaína terá o aparte.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Ainda tem tempo no Expediente Final, Deputado, eu vou conceder à senhora um tempo, está bom?

A SENHORA DEPUTADA JANAÍNA – Tudo bem?

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Vamos para o outro inscrito, Deputado Glalbert, em seguida, a senhora, OK?

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Vamos para o outro inscrito, Deputado Glalbert, e, em seguida, a senhora, OK?

O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – A senhora deputada terá então oportunidade de falar, em seguida, eu finalizo um pronunciamento pedindo que o aparte do Deputado Fernando Braide seja incorporado a esse pronunciamento. E, de fato, lamentando as sucessivas vergonhas que o governador do Estado impõe ao povo do Maranhão. Muito obrigado.