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Grande Expediente Antônio Pereira

12 de junho de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA (sem revisão do orador) – Senhora Presidente, caros colegas deputados e deputadas, presentes, em Plenário. Senhores Secretários presentes à Mesa, Roberto Costa, Deputado Dr. Yglésio, a quem felicito, Dr. Yglésio, e desejo um bom combate, na próxima sexta-feira, internautas, imprensa. Que as bênçãos de Deus nos atinjam nessa manhã. Eu quero dizer aos colegas deputados e deputadas que não é do meu feitio, nunca fiz isso, talvez é a primeira vez, fazer um pronunciamento direto a um colega deputado, mas eu tenho me sentido constrangido, incomodado. E ontem, Deputado Zé Inácio, Deputado Júlio Mendonça, talvez tenha sido a gota d’água quando o nosso colega Deputado Othelino Neto fez uma colocação em relação a um determinado paciente de 2021 ou 2022 que estava na fila de cirurgia. Quero chamar atenção que a pandemia fez com que, no Brasil, no setor público, se formasse uma fila de cinco milhões, mais de cinco milhões e setecentos mil pacientes aguardando cirurgias eletivas. Não é uma questão, não é um problema do Maranhão, mas ele reiteradamente, quase que diariamente, vem insistindo em acusar deliberadamente, de uma maneira velada, o ex-governador Flávio Dino e, de uma maneira aberta, o atual Governador Carlos Brandão. E eu acho que esses dois líderes políticos maranhenses, talvez na história moderna da política do Maranhão os dois maiores líderes, não merecem tal desrespeito. Um breve relato: o governador Flávio Dino, na minha opinião e não só na minha, Senhora Presidente, na do povo do Maranhão também, foi um grande governador. Hoje está fora da política como Ministro do Supremo, mas fez um esforço hercúleo para fazer as transformações necessárias modernas de vanguarda que o Maranhão precisava naquele momento. Temos aqui pelo menos dois secretários que eu estou vendo aqui, três: Júlio Mendonça, Carlos Lula e talvez outro secretário que tenha trabalhado junto com o governador Flávio Dino, que muito bem sabem do que vou falar. Governador Flávio Dino, Senhora Presidente Iracema, caros colegas deputados e deputadas, na saúde, por exemplo, encontrou uma rede hospitalar em construção, alguns hospitais poucos construídos, mas muitos sem construção, final de construção, uns com 50% construído, 80% ou 90%, como foi o caso do hospital de Imperatriz, o Macrorregional. E ele terminou a construção desses hospitais. Mas mais do que isso, o governador Flávio Dino fez esses hospitais cumprirem as suas funções públicas, de serviço público na saúde para o povo do Maranhão, colocando-os para funcionar. E aí é que eu acho que foi a grandeza do governador Flávio Dino, colocou os hospitais, os grandes hospitais, Pinheiro, Santa Inês, Imperatriz, Caxias, construiu e implantou o HTO, aqui em São Luís e outros hospitais grandes, como o Hospital da Ilha, e outros hospitais que ele construiu, mas, principalmente, fez funcionar. Deputado Neto Evangelista, Vossa Excelência, como líder do Governo, preste atenção no que vou dizer agora, por favor. O Governador Flávio Dino, e eu disse aqui muitas vezes, Deputado Dr. Yglésio, Vossa Excelência é testemunha de que eu não sabia de que maneira o Governador Flávio Dino e o Secretário Carlos Lula tinham recursos suficientes para manter os hospitais funcionando no estado do Maranhão, pelo tamanho do orçamento necessário para tal. Mas não foi só na saúde que ele terminou os hospitais, ele implantou todas as policlínicas no Maranhão, mas também a questão também da segurança alimentar ao implantar uma rede de restaurantes populares. Trabalhou na educação e em tantos serviços que ofereceu ao povo do Maranhão na questão social. Indicou um sucessor, que foi o Carlos Brandão, e esse sucessor, Deputado Dr. Yglésio, continuou com os serviços oferecidos, buscando recursos, tirando água de pedra, mas não fechou nenhum hospital, nenhuma policlínica, nenhum restaurante popular, pelo contrário, ampliou, o Governador Carlos Brandão ampliou e amplia diariamente esse serviço ao povo do Maranhão. Por que o Flávio Dino e o Governador Brandão fizeram, no passado recente, e fazem isso, Deputado Júlio Mendonça? Por um único motivo, Deputado Zé Inácio, pela necessidade do povo do Maranhão. É só nós olharmos os índices que o Maranhão amarga. Não se pode pensar diferente, nós não podemos ter pensamento pequeno, pensamento de que vamos aumentar a dívida interna do estado do Maranhão. Nós não podemos deixar, Deputado Wellington do Curso, de atender às necessidades do povo do Maranhão na saúde, na segurança alimentar, nas questões sociais, na educação, na infraestrutura. E aí eu quero chamar a atenção dos senhores deputados.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO ARRUDA – Deputado Antônio Pereira.

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Deputado, no momento devido, darei aparte para todos os colegas. Muito bem. Acabei de dizer que o nosso querido Governador Carlos Brandão, conhecido como o pacificador, porque já está no Maranhão essa palavra, esse rótulo, que, diga-se de passagem, pega muito bem num líder político da estatura dele. O comportamento do nosso Governador Carlos Brandão é o comportamento de um estadista. Existe uma diferença de estadista para um governador, para um líder político, e é uma diferença muito grande. Muito bem. Esse serviço de investimento de ontem feito pelo Flávio Dino, e de hoje, pelo Carlos Brandão, foram e estão sendo implantados por um motivo que aqui falei: pela necessidade do povo do Maranhão. Nós não podemos pensar em tirar um direito adquirido do Restaurante Popular, um direito adquirido de um hospital aberto, porque a necessidade do povo do Maranhão continua, nós ainda albergamos índices que não são bons. Nós precisamos melhorar, nós todos da classe política precisamos melhorar e trabalhar para melhorar esses índices. Ora, conhecendo os índices do Maranhão, o esforço dessas lideranças políticas, Flávio Dino ontem e Brandão hoje, tem sido um esforço hercúleo. É carregar um peso muito grande nas costas, mas nenhum dos dois se curvou a isso, se levantaram, não se acocoraram diante das necessidades dos problemas do estado do Maranhão. Mas, para fazer o que fizeram, é preciso recursos, inclusive, Deputado Ricardo Arruda, recursos financeiros. E aqui abro um parêntese. Como é que os estados, as nações, Deputado Dr. Yglésio, Vossa Excelência que é um estudioso do assunto da economia, como é que as nações, os países, os estados federados do Brasil, como se financiam os seus investimentos, os seus serviços? Por meio de empréstimos bancários, como foi feito pelo Governador Flávio Dino, no BIRD, no Banco Interamericano, no BNDES etc. Mas também através dos fornecedores e dos prestadores de serviços. Você acaba utilizando essas pessoas para que você enlanguesça, alongue os prazos e para que o Estado possa pagar. Por tudo isso, Senhora Presidente, os Estados Unidos da América, o país mais rico do mundo, é o maior devedor do mundo. Em 1929, a grande crise que o mundo amargou foi financiada com dinheiro de empréstimo que os Estados Unidos fizeram. Todas as crises americanas, eles não se curvam, não se ajoelham diante da crise e buscam recursos no exterior, no próprio Brasil, Japão, Alemanha, e faz o financiamento, faz a coisa rolar, e deixa o endividamento para as próximas gerações. É preciso dizer que, no Maranhão, não é diferente, é preciso dizer – e gostaria muito de que o Carlos Lula estivesse aqui – que este déficit de que hoje o Othelino diz todos os dias aqui é o déficit construído por todos nós para atender às necessidades do povo do Maranhão.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Deputado Antônio Pereira.

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Deputado Yglésio, no momento devido. É um déficit construído por todos, inclusive pelo Deputado Othelino e talvez principalmente por ele. Porque esse déficit, Carlos Lula, Vossa Excelência sabe, Vossa Excelência foi Secretário de Saúde por tantos anos; quando Vossa Excelência entregou a Secretaria de Saúde, existia um déficit lá, e esse déficit continuou, porque a necessidade do povo da saúde pública, principalmente da rede social, continua da mesma maneira. E eu e o Yglésio, como médico, sabemos e para fazermos isso, nós alongamos as nossas dívidas com os fornecedores, com aqueles que prestam serviço, é verdade, principalmente porque não tivemos a oportunidade de pegar nenhum empréstimo, Senhora Presidente, não tivemos pelas condições nas quais recebemos o Governo do Estado. E o Governo do Estado não tem as condições exigidas por lei para receber esse empréstimo. Não é porque Carlos Brandão não queira pegar o empréstimo para fazer os investimentos necessários no estado do Maranhão não, e não é culpa de ninguém as necessidades do povo do Maranhão, e é por tudo isso, que eu não aceito que o Governador Flávio Dino seja considerado aqui chamado de caloteiro. E é por tudo isso que eu não aceito que o Governador Brandão seja chamado de caloteiro, porque esse governo é a continuidade do outro em tudo, inclusive no déficit que construímos e que ajudamos a construir para atender e atender bem o povo do Maranhão. Eu quero pedir educadamente ao Deputado Othelino Neto que, daqui para frente, ele não mais denomine de caloteiro, veladamente, o Flávio Dino ex-Governador Flávio Dino e abertamente o Governador Carlos Brandão, esse grande homem que se coloca à frente à testa do povo do Maranhão desse Estado com todas as dificuldades que o Estado apresenta, mas com todas as dificuldades que o país apresenta, e que o mundo apresenta com as guerras que estão aí, com os problemas que estão aí é um momento difícil para se governar, não é um momento fácil para se governar, mas mesmo assim, diuturnamente, o governador inaugura obras, constrói obras e entrega essas obras para servir às suas funções sociais para o povo do Maranhão. Não posso aceitar que nenhum deputado, nenhum, queira colocar a população do Maranhão contra um governador da postura e do estilo, que é o nosso Governador Carlos Brandão. Me incomodou durante dias. Mas, ontem, quando se tocou na questão dessas cirurgias, como se fosse uma culpa e não uma responsabilidade, porque nós não estamos aqui fugindo da responsabilidade que o governador Brandão tem, que nós temos como líderes políticos, deputados estaduais, federais, governador, vice-governador, todos nós. É uma responsabilidade, mas não uma culpa. Não é culpa do governo anterior de ter feito o que fez e assim ter construído um déficit no Estado do Maranhão. Porque pior seria outra opção, ficar parado vendo aí o povo do Maranhão sofrer. Essa opção não pode existir, não existiu no governo passado e não pode existir nesse governo. A opção de se curvar diante dos problemas e deixar o povo do Maranhão sofrer. Eu conversava, particularmente, com o Governador Brandão. E ele me falava do sofrimento que tem passado para manter o estado como está, Deputado Júlio Mendonça. Os restaurantes populares. Deputado Dr. Yglésio, sexta-feira, próxima sexta-feira estamos em dias. Coisa que, há muitos anos, não acontece com os restaurantes populares. Estaremos colocando em dias o pagamento dos restaurantes populares. Na saúde temos feito um esforço enorme para diminuirmos o déficit, colocar no nível aceitável. Portanto, daqui para frente, não poderei mais aceitar chamar o Governador Flávio Dino de “caloteiro”, chamar o Governador Brandão de “caloteiro”, porque foram dois grandes governadores: um foi e o outro está sendo. E, no final, nós vamos fazer essa conta e tenho certeza que, assim como o Governador Brandão está fazendo um grande governo, vai terminar e fechar o seu mandato com um saldo muito positivo para o estado do Maranhão. Eu quero abrir aqui para os apartes que me foram pedidos, inicialmente, Deputado Ricardo Arruda, logo depois, Doutor Yglésio, logo depois, Deputado Nagib.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO ARRUDA (aparte) – Deputado Antônio, parabenizo V. Excelência pelo pronunciamento. Eu acho extremamente oportuno, Deputado. E dizer o seguinte, na verdade, até para incorporar a sua fala, que o bom gestor se mostra, sobretudo, no momento de crise. É muito fácil governar, Deputado, quando se tem recurso em caixa, quando se herda um empréstimo em caixa, quando se tem as condições de alta de arrecadação, etc. O Governador Carlos Brandão recebeu o governo sem nenhum recurso de empréstimo em caixa. O que já é um complicador. Está buscando viabilizar, na verdade, está pagando, buscando viabilizar esse investimento. O Governador recebeu o governo num cenário de redução do ICMS. Vossa Excelência acompanhou isso também. A alíquota dos principais itens, gasolina, serviço de comunicação era de 28% caiu para 18%. E, na verdade, a situação foi parcialmente remediada com a alíquota estabelecida hoje. Mas essa situação, Deputado, criou um déficit mensal da ordem de 180 a 200 milhões/mês, 2,4 bilhões/ano. Vossa Excelência imagine o que é governar um estado nessa situação, sem recurso de créditos de entidades financeiras e com esse déficit, com essa redução tão significativa na receita mais importante do Estado, que é o ICMS. E apesar desse cenário, Deputado, o Governador manteve todos os programas essenciais funcionando. Na verdade, não suspendeu nem os programas essenciais; pelo contrário, ampliou restaurantes populares. Só o Governador Carlos Brandão implantou mais 64 depois que assumiu. Todas as áreas, se for ver, por exemplo, na área de desenvolvimento social, as iniciativas sociais do Governo do Estado, Programa Mais Renda, enfim, todas as iniciativas do Estado funcionando e os programas sociais mantidos. Então, Deputado, fazer um bom governo quando se existe fartura de recurso é muito fácil. Quero ver fazer como o Governador está fazendo, com dificuldade financeira, mas entregando resultado para a população. Então, parabéns pelo seu pronunciamento e me solidarizo com a fala de Vossa Excelência e faço palavras minhas também. Muito obrigado.

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Incorporo vosso aparte ao nosso pronunciamento. Cedo o aparte ao Deputado Dr. Yglésio. Com a palavra, Deputado.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (aparte) – Deputado Antônio, muito obrigado. Eu tenho até dificuldade aqui em falar do Othelino, que é uma pessoa que eu tenho um sentimento de amizade muito grande, mas aqui nós estamos para tratar de política. Em relação à política, o Deputado Othelino tem sido muito incoerente em relação a postura recentemente adotada. Primeiro que, até pouco tempo, era secretário do governo Brandão, e aí a gente sabe que as fricções diárias da política tendem, às vezes, a fazer a pessoa tomar outros posicionamentos, mas, assim, chamar a pessoa de “caloteira” sem analisar o contexto prévio é uma coisa que, de certa forma, para uma pessoa educada, como Othelino é, não pega bem, porque, se a gente for analisar friamente, o calote começou com Flávio Dino. Vamos lá: como é que o Flávio governava? Primeiro, na época da pandemia, caiu receita, e ele logo suspendeu aqui o Bank of America. Foi ficando recurso para ser pago, restaurantes populares, acontecia atraso de maneira recorrente quando eram menos restaurantes populares. Como eram pagas as construtoras aqui no Maranhão? R$ 100 milhões por mês. Eles dividiam o bolo. Não é infrequente ver imagem do Flávio Dino dizendo assim: como é que você vai governar? Deus proverá! Ou seja, fazia sem nenhum tipo de planejamento financeiro. Em relação à saúde, a rede cresceu muito. O ex-Secretário Carlos Lula está aqui e sabe que os custos de saúde não obedecem a uma lógica inflacionária. Peço aos colegas aqui um pouquinho de silêncio, senão eu não consigo nem ouvir o que eu estou falando. Então, assim, os custos da saúde obedecem a uma lógica inflacionária, que é completamente diversa do real. Nós temos uma inflação muito maior e, paradoxalmente, o Governo está com atraso menor do que tinha no governo de Flávio. Já chegou a ter períodos em que o médico ficava quatro meses sem receber no governo do Flávio, do ICMS de 30% de gasolina, a maior energia elétrica, e hoje aí está em torno de dois meses, dois meses e meio. Não é adequado? Concordo! Mas vem cá, o Brandão é caloteiro, e o Flávio não é caloteiro?! É um negócio esquisito, porque foram companheiros de chapa, gente. Pega muito mal isso aí, porque o Flávio saiu para ser senador, foi o senador mais votado da história do Maranhão, com a Dra. Ana Paula de suplente, primeira- suplente. O Flávio, se a gente pode falar em alguma coisa, é algum calote, é do Flávio Dino, porque foi eleito para ser senador, e a seu bel-prazer abdicou de um mandato que o povo deu para o Flávio Dino, deu para o Flávio, não deu para a Senadora Ana Paula, que era para uma suplência do Flávio Dino, num impedimento, numa impossibilidade de um tratamento de saúde. Ele ficou aí uma semana no Senado, entregou o mandato que não foi conferido pelo voto, à chapa, foi conferido pessoalmente ao Flávio Dino. E, assim, foi uma construção que eu vou lhe falar que começou dentro da minha casa, no meu aniversário, quando o Othelino estava do lado do Weverton ainda. Então, assim, foi uma coisa que eu tenho propriedade para falar, porque eu participei. Então, só se pede, ninguém está dizendo para o Othelino não fazer oposição, acho que é completo o direito de qualquer parlamentar da Casa fazer oposição, mas tem que fazer uma oposição com um pouco mais de coerência, porque usou a chapa para eleger o Flávio senador, o Flávio foi com voto de máquina também, com Brandão governador, a esposa era a primeira-suplente na chapa com uma posição privilegiada lá dentro. O Flávio, em termos de calote, se for considerar que atraso de pagamento é calote, era mil vezes mais caloteiro que o Governador do Estado, e o Brandão é chamado de caloteiro?! Eu tenho minhas ressalvas a algumas coisas que acontecem no Governo. Eu venho aqui, voto contra, coloco meu ponto de vista, faço minhas cobranças, e olha que eu sou um pobre deputado que tem seu mandato de deputado estadual com espaço praticamente nenhum dentro do Governo, mas não tenho coragem de ficar dessa forma aí, chamando os outro de caloteiro. Acho que o Governador nesse sentido merece respeito, até porque – só finalizando – ele é mais cumpridor de compromissos que o antecessor. O antecessor, ao contrário, está segurando, em conluio com o Solidariedade, o processo de escolha de membro do TCE desta Casa; está prejudicando a dinâmica da Assembleia Legislativa, do próprio Tribunal de Contas do Estado, que não tem um Conselheiro efetivo, em conluio. O Solidariedade, a gente sabe que é um partido que tem hoje a influência do Othelino, que é um cara de que eu gosto muito, mas eu faço esse apelo, vamos fazer uma oposição mais leal, com uma altivez maior, com palavras melhores, eu acho que o Brandão, nesse sentido, não merece isso aí não.

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Obrigado pelo aparte, incorporo ao nosso pronunciamento, mas peço que retire das notas taquigráficas desta Casa essa questão de que houve calote no governo anterior. Muito pelo contrário, eu acho que houve um atendimento da necessidade do povo do Maranhão, pelo Governador Flávio Dino. Para isso, ele teve que fazer, enfrentar algumas dificuldades.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Presidente, pela Ordem, Presidente, rapidamente.

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Vossa Excelência, não tem Ordem quando tem um orador na tribuna.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Pela Ordem, porque Vossa Excelência cometeu uma antirregimentalidade. Eu tenho direito de fazer evocação do Regimento.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – A fala é do Deputado Antônio.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Nota taquigráfica não pode retirar, porque eu não falei nada…

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Com o aparte, o Deputado Nagib.

O SENHOR DEPUTADO FRANCISCO NAGIB (aparte) – Deputado Antônio, eu quero parabenizá-lo por sua defesa em prol do Governador Carlos Brandão. Eu fiz parte do governo Flávio Dino, fui Diretor-Geral do Detran, sei o que é gerir o sistema público, porque também fui Prefeito no Executivo. E sei que, como diz a frase, agora o Deputado Yglésio falou uma frase, que as contas sempre vêm e uma hora a gente paga. “Deus proverá.”, essa frase o nosso Ex-Governador Flávio Dino sempre usava quando a gente sabia que tinha que pagar as contas na época que eu era Diretor do Detran, e a gente sabia que, uma hora, tinha que cumprir. E isso acontecia, eu deixei o Detran praticamente com todas as contas sanadas. Por isso o Governador Flávio Dino não foi chamado de caloteiro. E, quando eu tomei a decisão de fazer parte do projeto da campanha do atual Governador, Carlos Brandão, foi no dia 31 de janeiro de 2022, até mesmo contra a minha família, a minha base. Mas eu decidi fazer parte do grupo de Carlos Brandão por acreditar que este governo é um governo sério, é um governo compromissado com o empreendedorismo, a geração de emprego e renda. E a vontade do Brandão é tão grande de ver as coisas acontecerem, que ele bota para acontecer e paga quando pode. Então, assim, essa questão da fala, de chamar o Governador de caloteiro, também repudio isso. Isso não é uma oposição correta, nós temos que ter, cada vez mais, é sensatez e dizer que é bom ter avanços de obra; se está devendo a empreiteiro, vai ser pago, mas o importante é que está executando obra, está gerando emprego, está descentralizando renda, um São João que vale gastar 44 milhões, isso é menos do que 10% do que todo mês se manda, no total, de uma saúde, mas vale porque você faz geração de emprego e renda, empreendedorismo, descentraliza e traz 400 milhões para dentro do estado por meio do turismo. Então, políticas como esta, em que eu acredito que o Governador Carlos Brandão está acertando. Existem filas de cirurgias eletivas, nós saímos de uma pandemia com a demanda reprimida, mas está aí o mutirão de visão, visão para todos, onde o governador está zerando as filas de catarata e pterígio, distribuição de óculos, fazendo algo diferente, então assim, sou defensor do governo que eu acredito, e pode ter certeza que nós teremos dias melhores, se deve vai pagar, agora o importante é você não recuar e ficar tímido e não querer fazer avanços de obras, muito obrigado.

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Agradeço pelo aparte, apenas reiterando como Vossa Excelência colocou, não está sendo apenas chamado Governador Brandão de caloteiro, veladamente, está chamando também o ex-Governador Flávio Dino e eu não posso aceitar nem por um e nem pelo outro. Com a palavra, o aparte, último aparte, deputada, do Deputado Jota Pinto, que fez o pedido anteriormente.

O SENHOR DEPUTADO JOTA PINTO (aparte) – Deputado Antônio, primeiro, quero parabenizar Vossa Excelência e agradecer o aparte para dizer que Vossa Excelência foi cirúrgico na sua fala de colocar, eu tenho um carinho, amizade pelo Deputado Othelino, mas ele é de uma falta de cortesia grande, uma deselegância, quando ele vem dessa tribuna, e fala e chama o Governador Brandão caloteiro e de tabela o Governador Flávio Dino. Isso não se pode aceitar, você sabe que a saúde, quem é médico, o Secretário Lula, que foi secretário, são as dificuldades que se tem de gerir uma pasta como a saúde e tem momentos que tem se tomar decisão que não podemos deixar o povo morrer, tem situações que temos que tomar medidas urgentes. E essa situação todos nós que você falou temos culpa, todos gestores que passaram o governo vêm acumulando, mas, por uma necessidade de levar saúde ao povo. Portanto eu quero parabenizá-lo e que o deputado possa ter a sensatez de vir à tribuna, mas fazer uma posição de nível, uma posição responsável, sem atacar diretamente porque isso é ruim, porque o Deputado Othelino foi secretário com o governo Brandão. Quando esteve presidente ali sentado naquela cadeira sempre apoiou decisões, principalmente na parte da saúde, elogiando inclusive. Quando o Brandão assumiu, então, é o momento assim digamos de uma posição, imagine eu toda vez que eu assumi aqui sempre elogiei o governo Flávio Dino. Agora eu venho aqui por uma questão de mudança de posição, de chegar e começar a jogar pedra, é uma incoerência muito grande. Então, portanto, quero parabenizar a sua fala e pedir que o Deputado Othelino comece a refletir daqui para frente o seu posicionamento.

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Agradeço e peço para incorporar o pronunciamento aparte do nosso querido Deputado Jota Pinto ao nosso pronunciamento e, finalmente, terminando pedir uma reflexão do Deputado Othelino. Porque o Deputado Othelino participou do governo anterior e participou deste governo. Claro que há um déficit nas contas do Maranhão. Esse déficit é nosso, nosso. Repito, nosso, mas ele existe para amparar o povo do Maranhão, esse déficit existe para amparar a sociedade maranhense.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ROBERTO COSTA – Eu peço para liberar a fala do Deputado Antônio para que ele possa concluir.

O SENHOR DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Obrigado, Senhor Presidente. Esse déficit existe para amparar o povo do Maranhão dentro de suas necessidades. Nós não podíamos fazer de uma maneira diferente. Portanto, eu quero aqui agradecer ao Governador Flávio Dino, enquanto governador que foi e, especialmente, ao Governador Carlos Brandão, que no momento tão difícil do estado do Maranhão, do Brasil e do mundo, tem a tranquilidade de fazer a gestão que está fazendo. Espero que, dentro dessa reflexão, o nosso querido colega Deputado Othelino possa abrandar as suas palavras e as suas ações enquanto oposição.