Início -> Discursos
Grande Expediente Dr. Yglésio
06 de fevereiro de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos e a todas! Eu subo à Tribuna para tratar de quatro ou cinco temas e por isso há a necessidade do Grande Expediente. Primeiro deles, eu não poderia deixar de responder, e aqui fica muito tranquilo, até porque não tenho problema com nenhum delegado de polícia do Maranhão, mas também como não tenho problema, da mesma forma que não tenho problema, não devo nada a ninguém e, portanto, tenho a liberdade de comentar quando sou injustamente interpelado por meios de comunicação, por redes sociais e tudo isso aí. Para minha surpresa, dois dias depois de falar sobre a questão da Secretaria de Segurança Pública, sobre o secretário de Segurança Pública aqui no Estado do Maranhão, eu recebi essa nota ontem à tarde, final de tarde, ela diz assim: “A Adepol vem a público manifestar total apoio ao secretário de Segurança Pública Maurício Martins e repudiar as injustas (…)”. Deputado Ariston, injusto é o que padece de justiça, infundadas, que padece de fundamento, ou seja, indiretamente a Adepol, uma associação que, claro, tem seus interesses corporativos, a gente entende, tenho muito carinho pela Adepol, inclusive já fui chamado para eventos da Adepol, tenho grandes amigos delegados de polícia, não tem nenhum problema com eles, mas aqui, quando assina uma nota como essa, o que a associação está dizendo? Que eu sou um Deputado leviano! Que o que eu falo não tem fundamento e padece de justiça, de fundamentos técnico legais. “(…) críticas proferidas pelo Deputado Dr. Yglésio, que tenta desmerecer um trabalho amplamente reconhecido por sua competência e pelos expressivos resultados alcançados na segurança pública do Maranhão”. Deputado Júlio, eu desafio qualquer pessoa a ir em qualquer publicação de redes sociais sobre assaltos, estupros, assassinatos, latrocínios e constatar qual é a opinião e o reconhecimento social em relação à gestão da Secretaria de Segurança Pública, da SSP. Então, o principal fundamento que eu tenho aqui, que eu suba à Tribuna para não ser chamado de infundado, Deputado Pará, Deputado Catulé, é o sentimento popular, o principal fundamento da minha indignação é o sentimento popular de insegurança, de três assaltos na semana passada no Araçagi, de um assaltante na porta do Sesi, da escola Sesi, escola onde meus filhos estudam. Tem o fundamento de um pai de família, que não aguenta mais a mão leve que este Secretário de Segurança tem com a criminalidade, que não adianta o Governador do Estado investir em delegacia. Graças a duas leis minhas, aqui ó: a 11270 e a 11424, e eu vou já falar sobre elas, que também tem acusação sobre isso aqui na nota da Adepol, chamaram mais delegados, chamaram mais escrivães, chamaram mais 1600 policiais. Mas vamos continuar: “Desde que assumiu a pasta, o Secretário Maurício Martins tem conduzido a segurança pública do Estado com seriedade, compromisso e eficiência”, eu sou testemunha viva, eu devo ter uns oito inquéritos por ameaça há mais de um ano na SSP, eu nunca recebi devolutiva prática de nenhum. Deputado Pará, escreveram foi “B40” dentro da minha casa, num condomínio fechado de São Luís, e até hoje eu não tenho resposta disso. Se um Deputado Estadual – que é um representante do povo, que aqui nós temos privilégios, eu não vou dizer que um Deputado não tem privilégio – está assim, imagina com um cidadão da ponta, que não tem a quem recorrer, que eu recebo todo dia denúncia de estelionatário enganando as pessoas, que fica sem conseguir resolução mínima de um inquérito, porque não tem polícia suficiente para fazer a investigação. Crimes cibernéticos, diariamente: vai lá na delegacia que combate, tem um delegado; vai na delegacia do meio ambiente, tem uma viatura; vai lá em Caxias – Caxias! –, três viaturas em Caxias! Uma cidade como Caxias. Eu pergunto: isso é eficiência? Essa gestão, realmente, ela é técnica? Ela está obedecendo critérios demográficos? Eu não tenho essa opinião. Eu sei que o Governador está se esforçando, mas volto a dizer: colocou um piloto de kart à frente da delegacia. Aí, vamos lá: “É lamentável que um Parlamentar tente por questões evidentemente pessoais”, aqui, uma Associação de Delegados emitiu um juízo contra a minha pessoa. Ele está me acusando de quebra de decoro aqui, eu vou processar a Adepol por isso aqui. Eles estão dizendo que eu estou falando por questões pessoais, ou seja, que eu estou infringindo o Código de Ética Parlamentar ao usar do meu mandato para me beneficiar – para me beneficiar! – ao falar sobre segurança. Sabe o que é isso aí, Catulé?
O SENHOR DEPUTADO RICARDO ARRUDA – Deputado Yglésio, quando possível, V. Exa. me concede um aparte?
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Tentativa de intimidação e de reduzir aqui o meu ânimo de subir à Tribuna e falar o que deve ser falado, quando precisa ser falado. Eu nunca subi à Tribuna, nunca subi aqui para ficar dizendo: “ah, não foi aqui patrulhar a minha rua, o meu condomínio”, pessoal é isso aí. Olha, Secretário, nomeia um parente meu aqui na Secretaria, eu não tenho. Eu nunca pedi um emprego para o Secretário de Segurança, como é que eu estou usando o meu cargo para fazer questões pessoais? Eu vou processar, infelizmente, a Adepol, vou entregar para os meus advogados, porque eles estão me acusando indiretamente aqui de utilizar o meu mandato para fins estritamente pessoais, quando as estatísticas estão aí, 17 homicídios até 17 de janeiro. Explica isso aí, Maurício. Explica isso aí para a população. Explica o sentimento e explica o sentimento que a população tem de insegurança aonde vai. Explica como lá no show organizado pelo Governo do Estado, no domingo, teve assalto amplamente filmado e divulgado, por falta de um esquema de segurança mínimo que respeite a população e seja respeitado pela bandidagem. Mas vamos lá, as questões pessoais querem descredibilizar um trabalho. Ou seja, a associação está atuando, advogando em defesa não da Secretaria de Segurança, defesa pessoal do Secretário. E delegado não pode emitir juízo de valor aqui. Olha, final, terminativo. Ele conduz e encaminha. Eles acham que eu estou utilizando para fins pessoais. Eles têm que fazer o que eu já fiz e que eles me acusam de não ter feito. E eu vou já mostrar. “A insatisfação do Deputado se deu porque um delegado de polícia, no exercício de sua autonomia e de acordo com seu convencimento técnico e jurídico…” Eu também tenho. Eu sou advogado tenho OAB. “Tomou uma decisão pautada na legalidade.” Discordo completamente. O 311 do Código Penal é claro, contrariando o entendimento do parlamentar. Importante ressaltar que o delegado de polícia não decide com base em pressões políticas, mas, sim, com base na lei e provas apresentadas. Para mim, isso aqui eu não tenho preocupação nenhuma. Nunca pressionei delegado a nada nem com a incompetência investigativa da Secretaria. Em relação a ter um bonde dos 40 escrito na minha casa. Eu nunca pressionei delegado. Eu nunca fui lá: “Resolve isso aqui para mim ou esse fulano aqui é suspeito vai em cima.” Eu nunca fiz isso. Eu duvido qualquer ser humano na Terra me provar que eu fiz isso aqui e com base na lei, nas provas apresentadas. A minha não insatisfação pessoal, a minha indignação de cidadão, de representante público, sim. Isso aí, ao ver infração, ao ver Código Penal sendo afrontado, ao ver um dispositivo que virou um mecanismo de aumento de criminalidade, que é esse dispositivo que sobe a placa, ser vendido nas avenidas e nas principais oficinas de São Luís em plena luz do dia, isso sim me dá indignação, porque favorece o crime. E quem me conhece aqui sabe que eu luto contra o crime organizado desse Estado, que eu luto contra quadrilha, que eu luto contra estuprador, que eu luto contra tudo isso. É essa indignação. Não é insatisfação pessoal. Jamais vai ser um menino mimadinho, que porque não fez o que eu quis aqui, estou chateado, vou subir à tribuna para falar mal do Secretário de Segurança, me respeitem membros da Adepol. Nunca desrespeitei vocês. Agora vocês vão ser interpelados aqui também, infelizmente.
O SENHOR DEPUTADO RICARDO ARRUDA – Deputado Yglésio.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Só um instantinho, senão vou perder meu raciocínio. Causa perplexidade que em vez de recorrer aos meios institucionais adequados para questionar a decisão, como a Corregedoria da Polícia Civil. Está bem aqui. Eles disseram que eu não…
O SENHOR DEPUTADO LEANDRO BELLO – Deputado Yglésio, conceda-me um aparte?
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Na sequência. Corre aqui, vamos lá. Vamos lá. Corregedoria: “Causa perplexidade que, ao invés de recorrer aos meios institucionais adequados para questionar a decisão como Corregedoria da Polícia Civil”. Está aqui, acionado dia 29 de janeiro. Ministério Público está aqui, acionado 29 de janeiro, Controle Externo da Atividade Policial, Cláudio Guimarães. Encaminhado para o Coronel Moreira, Comandante do Batalhão. Encaminhado para o Governador do Estado. Encaminhado para o Procon e encaminhado também, agora sim, porque eles dizem: “O Deputado, ao invés disso – de não fazer coisas que eu fiz, que provei aqui que mandei os ofícios e disparei as ligações – prefira atacar publicamente a gestão da Segurança Pública. Além disso, ao afirmar que entrou em contato com o Secretário para solicitar uma providência, o Parlamentar demonstra desconhecimento da estrutura da Polícia Civil, uma vez que o Delegado Geral é a autoridade competente para questionar qualquer tipo de ato administrativo e não o Secretário de Segurança”. Está aqui acionado. Infelizmente, às vezes que eu tentei entrar em contato com o Delegado Geral, não tive resposta satisfatória. Então, acionei mesmo o Secretário, não para ele agir, para ele eventualmente dizer: Deputado, fale com ele ou eu vou tratar com ele. Aí, aqui tem uma coisa mais na frente que é complicada. Disseram no escopo da nota, que eu queria ligar para o Secretário, para ele pressionar um delegado a rever a decisão. De forma alguma! Eu pedi que fossem adotadas medidas no sentido de revisar mesmo a questão, por quê? Porque eu tenho preocupação, Antônio Martins, eu tenho preocupação, meu amigo, de deixar aberta uma loja dessa, as pessoas correrem para comprar mais dispositivos que escondem placas, para garantir que suas motos estejam aptas a cometer crimes. Sargento Maurício, o senhor que sabe como é a realidade das ruas aqui, vários aqui, Coronel Emerson, todos conhecem a realidade das ruas. Eles, no curso da situação, o delegado colocou no boletim de ocorrência, e é isso que eu estou questionando junto ao Coronel Pitágoras também, o boletim de ocorrência que chegou lá, como foi que eles colocaram, os policiais que estavam comigo, como condutores à delegacia. É uma evidente fraude. Há um boletim de ocorrência, porque não foram eles que estavam lá para conduzir e ouvir deles o depoimento pessoal enquanto autoridades públicas de boa fé. “Adepol reitera seu apoio a Maurício Martins”. Parabéns, Maurício, que tem tratado bem a Adepol, acho justo, que tem conduzido a Segurança Pública com excelência. “Reafirma que a Polícia Civil não se curvará a pressões políticas ou interferências indevidas”. Pausa! Pausa bem aqui. Atenção! Será que a Polícia não se curvou para interferências políticas? Bráulio, tu lembras daquela história do Clio, que apareceu só na eleição, contra o Prefeito, o irmão do Prefeito? O que aconteceu depois? O grilo aqui agora na edição Jhonatan…
O SENHOR DEPUTADO JÚNIOR CASCARIA – Deputado Yglésio…
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Só um instantinho. O grilo entra aqui na edição agora questionando, porque não teve mais nenhuma novidade sobre a situação depois da eleição. Isso aqui não é uma interferência política provavelmente aconteceu? Eu não sei de quem, mas que teve, teve, porque a honra de Antônio Braide não foi restituída, a honra de Antônio Braide não foi restituída e os culpados não foram indiciados, os suspeitos não foram indiciados. O que aconteceu? Aquele Clio ali foi um sonho de uma noite de verão coletivo e não existe mais? Então assim, por favor, Adepol, por favor, não é? Alguma coisa que aconteceu que eu não acredito que tenham esquecido da investigação, porque ou a honra de Antônio Braide é restabelecida e tiram ele disso aí, ou aparece o indiciamento de alguém. O que não pode é o inquérito ficar parado depois disso, Fernando, seu irmão não foi acusado e teve a imagem exposta em um período eleitoral pela polícia e não apareceu nada depois. Então assim, esta conversa de interferência política, Adepol, é estranha. Hoje, eu ouvi meu nome em rádio, pela manhã, na Mais FM, vou voltar amanhã com o mesmo tempo para fazer estes questionamentos aqui em relação à nota. E vamos lá, o Parlamento deve atuar como parceiro das forças de segurança, muito bem, muito bem, destinando recursos, fortalecendo o sistema…
O SENHOR DEPUTADO JÚNIOR CASCARIA – Deputado Yglésio, me conceda um aparte por favor.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Eu já ouvi, Deputado, está na sequência, Deputado Ricardo Arruda, Deputado Cascaria e V.Exa., vou agradecer se puder aqui só continuar a leitura da nota para não perder o raciocínio, obrigado. Então, o Parlamento deve atuar como parceiro das forças de segurança, destinando recursos e fortalecendo o sistema, poucos aqui fizeram pela segurança o que eu fiz. Primeira Lei: Lei da Recompensa, ano de 2019, nunca foi regulamentada pelo senhor Jefferson Portela, à época, e pelo Governador Flávio Dino. Leis que garantiram extensão dos prazos de concurso público que permitiram nomeação de 1600 policiais, os delegados, oficiais, os agentes e escrivães de polícia. Lei minha em defesa da Segurança Pública. Então, agora, Indicação para reforma da divisão de sequestro, que eu não sei cunhado o termo certinho, que está a verdadeira vergonha e Indicação para reforma de uma Delegacia em Olho d’água das Cunhãs também. Eu não sei, Bandeira, o que eu preciso fazer mais pelo Sistema de Segurança. Recebo a Adepol, quando a Adepol precisa e vou sempre receber porque gosto da Diretoria da Adepol e respeito a categoria. Lutei pelo fortalecimento, por meio de Leis minhas para aumentar os efetivos de todos e desafogar um pouco a pressão que delegados e demais agentes do Sistema de Segurança Pública passam. Enviei equipamentos em parceria com a iniciativa privada. E tudo isso aqui eu já os faço tão dizendo que eu devo fazer, só que eu já sei o que eu devo fazer, e eu já faço, quem tem que fazer o que precisa fazer, que é não deixar bandido solto, é uma diretriz que a Adepol tem que traçar para os seus delegados, porque isso aqui não poderia ter acontecido, e aconteceu, e agora eu sei que vai ficar na birra isso aí. E quem vai se beneficiar é o crime. É o crime organizado que vai se beneficiar. “…e não utilizando sua posição para ataques infundados”, de novo, volto aqui, ó, tudo o que eu falei aqui não tem fundamento: não tem fundamento a insatisfação da população com o sistema de segurança, não tem fundamento o artigo 311 do Código Penal, não têm fundamento todas as comunicações legais de expediente de ofício adequadas que eu utilizei, que foram aqui negligenciadas na nota. E eles não vão me responder nisso aqui, eu tenho certeza absoluta. Então, tem ataques, os ataques seguem infundados ao final da nota. “…e tentativas de interferência na autonomia dos delegados de polícia”. Olha, eu tenho zero intenção de interferir em trabalho de delegado de polícia, eu só quero que a segurança pública do meu Estado seja melhor. Assim como eu vejo aí o Governador com a maior boa intenção possível nisso, infelizmente ele precisa entender que, às vezes, a gente precisa dar uma mudança na equipe para que a coisa realmente aconteça. “Seguimos firmes no compromisso com a legalidade, com a imparcialidade e com a segurança da população maranhense”. Está aqui ó: o Secretário de Segurança é um santo, e eu sou um Parlamentar leviano. A imparcialidade aqui inexiste por parte da nota da Adepol. Legalidade, espero que sim! Até porque, nessa atuação aí do delegado, que deixou o criminoso solto com base no artigo 311 do Código Penal, para mim, falhou. Mas vamos lá, porque isso aqui não acabou, isso não acabou. Deputado Ricardo, eu vou lhe pedir só, aos Deputados, como eu ainda tenho alguns assuntos para tratar, 2 minutos mesmo, porque ainda tenho três pautas aqui para tratar. Ligeiro!
O SENHOR DEPUTADO RICARDO ARRUDA (aparte) – Deputado Yglésio, eu me solidarizo a V. Exa. pelas ameaças que tem sofrido, e é uma demonstração da coragem que V. Exa. demonstra no seu mandato, atacando temas importantes e que colocam de fato a sua segurança pessoal sob risco e, de fato, se V. Exa. não está tendo a devolutiva por parte da Secretaria de Segurança em relação às ameaças que vêm sofrendo, eu me solidarizo a V. Exa. em relação a isso, mas eu tenho que discordar, Deputado, com relação aos dados que V. Exa. apresenta em relação à Secretaria e à atuação do Secretário Maurício Martins. O anuário brasileiro de segurança pública, e V. Exa. tem conhecimento, são dados estatísticos, e quem está dizendo não sou eu, quem está dizendo isso é o anuário, demonstra uma queda significativa na criminalidade do Maranhão. São vários dados, mas eu vou trazer alguns para V. Exa. Por exemplo, latrocínios reduziram em 40%; roubo de cargas, 33.1%; roubo a bancos, instituições financeiras, reduziu mais de 60%; feminicídios reduziram 27,5%; tem outros índices também, mas, por conta do prazo exíguo que eu tenho aqui, eu não vou poder enumerar, mas isso é relativo, eu atribuo isso à ação do Governador Carlos Brandão, mas à ação também do sistema de segurança como um todo. Vamos citar também, Deputado, a convocação de 1400 policiais, tudo isso são ações da Secretaria de Segurança Pública.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Graças à minha Lei.
O SENHOR DEPUTADO RICARDO ARRUDA (aparte) – Pois é, V. Exa. tem a lei e nós temos também a questão da cláusula de barreira, que nós derrubamos e que permitiu a nomeação dos delegados, mas o que acontece, Deputado? Me solidarizo a Vossa Excelência em relação a sua questão pessoal, mas eu tenho que discordar das informações que a Vossa Excelência está trazendo aqui em relação à segurança pública de um modo geral, porque a gente percebe, e quem está dizendo isso não sou eu, são das estatísticas, que a segurança tem melhorado por atuação do Governador Carlos Brandão, do Secretário Maurício Martins e de todo sistema de segurança. Muito obrigado, Deputado.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Perfeito vamos lá. O único dado que eu trouxe aqui à tribuna, hoje, foi o do mês de janeiro, na questão dos homicídios. Então, só para deixar muito claro, até porque em relação à estatística de Governo de PT, infelizmente, não dá para questionar já que no Brasil o desemprego está aí só 6%, 7% com cinquenta e seis milhões de beneficiários do Bolsa Família, porque teoricamente todos são desempregados, Bandeira. Então, assim, eu realmente não levo mais em consideração isso desde que o Jeferson Portela adotou uma metodologia diferente para computar latrocínio, homicídio aqui dentro do Maranhão. Eu não contabilizo mais essas estatísticas. Eu sei o sentimento da população. Agora o Deputado Cascaria, depois Leandro Bello. Dois minutinhos, por favor, Deputado.
O SENHOR DEPUTADO JÚNIOR CASCARIA (aparte) – Deputado Yglésio, vendo aí os dados, a sua estatística também falando sobre a segurança pública e voltando àquela matéria do Clio vermelho na época da campanha eleitoral que tentaram vincular o Prefeito de São Luís, e ele foi julgado nas urnas e obteve mais de 70% dos votos, sendo reeleito no primeiro turno. E questão da segurança pública o nosso Maranhão vai muito bem. Muito aparelhamentos novos, muito investimento do Governador Carlos Brandão. E o nosso Secretário Maurício Martins está de parabéns, porque diminuiu muito o índice da criminalidade do nosso Estado, como o nosso querido Deputado Ricardo Arruda frisou o índice de assalto a banco, roubo de carga, também, Deputado Ricardo, o furto de aparelho celular. Vivenciamos agora, no final de semana, quase em tempo real pegaram um ladrão furtando celular na Litorânea no pré-carnaval do Governo do Estado. Então, eu quero parabenizar. Focando já para o carnaval, tenho certeza de que a nossa segurança está muito bem atenta, atenta mesmo. Estamos vendo isso de perto, mas é muito bom, mas também nós temos que criticar e temos que valorizar e parabenizar. E nesse ato eu parabenizo o nosso Governador Carlos Brandão e o nosso Secretário de Segurança Pública, Maurício Martins. Meu muito obrigado, Deputado Yglésio.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Por favor, obrigado, Deputado. Mesma coisa que eu falei para o Deputado Ricardo. Querido Deputado Leandro Bello.
O SENHOR DEPUTADO LEANDRO BELLO (aparte) – Deputado Yglésio, estava ouvindo aqui atento seu discurso. Mas eu tenho que discordar de Vossa Excelência em relação à segurança do nosso Estado. Eu não sei por que Vossa Excelência está mirando nessa questão da segurança. Desde terça-feira que eu ouvi Vossa Excelência criticando o Secretário, ontem também, hoje novamente. Não sei qual é a sua real intenção, porque os números estão aí para a gente concordar que a segurança do Estado do Maranhão está melhorando, e Vossa Excelência parece que puxou para o seu pessoal e botou na sua cabeça e quer passar ao Estado do Maranhão que a segurança não está melhorando. Mas eu tenho que discordar, assim como o colega Deputado Ricardo Arruda discordou, Deputado Cascaria, e eu acredito que a maioria dos Deputados discorda da sua fala. Os números estão aí para provar. Eu falo pela minha região, Deputado Yglésio, está sendo feito o segundo batalhão neste momento lá em Timon, um sonho da população, num dos bairros mais perigosos da cidade, lá no bairro Cidade Nova, participei da solenidade. Este ano mesmo vai ser inaugurado, com isso nós vamos ter uma sensação a mais de segurança, menos violência na cidade, mais homens também foram colocados na nossa região, mais policiais foram chamados, aqui em todo o nosso estado, viaturas sendo entregues, várias e várias viaturas. No primeiro ano do Governo Brandão, na gestão ainda do Secretário Maurício, foram feitas várias parcerias com o Ministério da Justiça. Naquele momento, o maranhense Ministro Flávio Dino sempre preocupado com o Estado do Maranhão. Então, acredito que V.Exa. tem uma boa memória, V. Exa. sabe do que eu estou falando, e eu discordo da sua fala.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – É uma ótima forma de ver que o Deputado Leandro Bello finalmente voltou aqui à nossa base do Governo. Eu, diferente disso, mesmo integrando a base, com tranquilidade, não tem problema em trazer situações e inconsistências quando elas existem, não tenho problema nenhum, mas welcome back, my friend. V.Exa. é bem-vindo de volta ao Governo felizmente. Acho que o Felipe Camarão tem ajudado nessa aproximação, e aqui temos de volta. Deputado Catulé, eu vou só pedir aqui para avançar mais um pouquinho, senão, não vou conseguir puxar tudo, mas vou fazer o seguinte, vou finalizar esse aqui. Deputada Janaína, também quer, Deputada? Se a senhora quiser, eu volto no Tempo dos Partidos, que ainda tem dois temas a tratar, vou deixar para o Tempo dos Partidos, que eu não estou com preguiça de falar. Deputado Catulé.
O SENHOR DEPUTADO CATULÉ JÚNIOR (aparte) – Deputado Yglésio, em tempo que me solidarizo com V.Exa., esse tema que V.Exa. traz, na Sessão de hoje, é de suma importância. Evidentemente, nós não podemos, como disse o Deputado, querido amigo Deputado Leandro Bello, nós não podemos dimensionar qual a sua motivação, até porque ela é de foro íntimo, mas no Maranhão que nós vivemos, ainda que sejam incontestáveis os investimentos que o Governador Carlos Brandão tem feito na Segurança Pública do nosso Estado, esse assunto da violência ou da sensação de insegurança é um tema que está recorrente nas nossas ruas. Então, é preciso ainda que existam esses investimentos, é necessário que a gente avance ainda muito mais. É necessário porque o que a gente assiste nas ruas, o que a gente assiste da nossa população são estupros sendo cometidos à luz do dia, crimes, homicídios. A minha cidade de Caxias hoje figura entre as 50 cidades mais violentas do país. Assim como V.Exa., estou aqui não para fazer média com qualquer secretário, mas para poder levar avanços, para poder levar de fato benefícios para a população do Maranhão. E eu quero te parabenizar por trazer esse tema aqui à nossa Tribuna.
O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO DAVI BRANDÃO – Libere o áudio para o Deputado concluir.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Pois é, são coisas que as pessoas que estão na ponta e que têm um contato direto com a população, que respondem Instagram, eu respondo, inclusive assim respeitosamente, não querendo ofender ninguém, mas o que eu mais recebo de mensagem é dizer assim: “Meu Deus, eu mandei isso aqui para 20 colegas seus, e o senhor é o primeiro a me responder”. Como, por exemplo, Vargem Grande, uma cidade que é grande, uma das mais violentas do Nordeste, dois policiais, em Vargem Grande, Catulé, dois. Eu acho engraçado o pessoal falar: ah, porque assalto a banco reduziu. Gente, assalto a banco, Deus, mundo e o Raimundo sabem que são organizações interestaduais, que elas têm sazonalidade, elas saem escolhendo estados, de maneira organizada, temporalmente. Por exemplo, passou pelo Maranhão, ela vai voltar, daqui a 3 anos, para cá, ela vai agora para o Pará, ela vai para São Paulo, ela vai para o Rio Grande do Sul. Então, isso aí não deve entrar no cômputo de uma eventual mitigação de eventos criminosos. E outra coisa, como assinalou muito bem o jornalista Martins Varão, recentemente, conversando com ele. Hoje, a maioria dos golpes são virtuais. Eu recebo o dia todo, não é brincadeira, três, quatro ligações do Bradesco, supostamente, do Itaú, supostamente, que não é, de tentativa de fraude, porque este é o novo modus operandi das quadrilhas, digital, porque tem todo um aparato de proteção criminosa. É muito mais difícil, a polícia não consegue acompanhar. Finalizando ali com a Deputada Janaína, que quer fazer um aparte também aqui em favor aqui da Adepol, do Secretário Maurício, que ela já curtiu a publicação. Pode falar, minha querida Deputada.
A SENHORA DEPUTADA JANAÍNA (aparte) – Obrigada, Deputado Yglésio. Quero aqui também concordar com os colegas que apartearam junto comigo. Entendo seu posicionamento, entendo aí o seu lado, mas também quero me solidarizar hoje com o Secretário de Segurança e Delegado, Maurício Martins, que vem conduzindo, Deputado Yglésio, a Segurança Pública do nosso Estado com nosso Governador Carlos Brandão, com muita eficiência e seriedade. E já foi dito aqui pelos meus colegas anteriores, os dados, de acordo com o Anuário, sobre a Segurança Pública do nosso Estado. E um caso emblemático que teve aqui no nosso Estado, recentemente, e um caso que foi elucidado, em tempo hábil, em tempo recorde, foi em relação àquela senhora, uma moça que foi abusada, recentemente, aqui na nossa capital, em São Luís, aqui mais ou menos, ali na altura do Calhau, e que o caso foi elucidado, em tempo recorde. Isso aqui na capital do nosso Estado e no interior do Maranhão foi o caso daquela circense. Então, a Segurança Pública do nosso estado, a Segurança Pública do Brasil, ela tem, sim, as suas dificuldades, é uma pasta bem sensível, mas aqui no Estado do Maranhão conduzida hoje pelo delegado e Secretário Maurício Martins, ela vem sim dando resposta para população maranhense, a Segurança Pública com as delegacias, ela vem sendo aparelhada, todas as Forças de Segurança; seja a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil, ela hoje vem sendo aí aparelhada com tecnologias de ponta. Então, eu parabenizo o Secretário de Segurança, Maurício Martins, com a Adepol com Márcio Dominici que vem conduzindo com muita seriedade e eficiência esta pasta. E, obviamente, o nosso Secretário, obviamente o nosso Governador Carlos Brandão. E só um parêntese, eu, como Deputada, além de elaborar Projetos de Lei para fortalecer a segurança pública do nosso Estado, venho também fazendo a minha parte de destinar Emendas, e isso aqui eu deixo sempre claro: que sou uma parceira do Secretário de Segurança Maurício Martins. Ano passado, destinamos Emendas para as reformas da delegacia e, esse ano e o próximo ano, podem sempre contar com a sua Deputada Janaína, uma parceira. Além de elaborar Projetos, também na destinação de recursos para o fortalecimento da Segurança Pública do nosso Estado.
O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO DAVI BRANDÃO – Liberem o áudio para o Deputado concluir.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Obrigado, Presidente. Deputada, obrigado pelo aparte. Fico feliz de poder ouvir os colegas, obviamente visões discordantes do que nós trazemos aqui, mas o julgamento soberano é da população. Óbvio que – isso aqui eu falei desde o início: – o Governo do Estado, o Governador está fazendo a parte dele, recurso ele está destinando. O Secretário que, a meu ver, não é bom o bastante para uma pasta tão sensível. É um julgamento que eu faço baseado em uma série de situações. Então, eu acho que cada um aqui tem autonomia para fazer o seu julgamento, o meu é livre de pressões, o meu ressoa um sentimento popular, que está nas ruas, nas redes. A gente vê a dificuldade. Tem um local no Coroadinho em que a polícia não entra, estou mentindo? Não estou mentindo. Todo o mundo sabe: enquanto tiver um local no Maranhão em que a Polícia Militar não consiga entrar, para mim, a Segurança Pública não vai estar a contento. Óbvio que melhorar em termos estruturais, o Governador faz a parte dele, manda o recurso, aparelha, contrata, eu estava com o Governador nas promoções, o Governador tem a maior boa intenção. Volto a dizer, o problema é o piloto do carro, é o piloto de kart num carro sedã médio, que está se tornando a estrutura da Segurança do Maranhão. É isso. Volto daqui a pouquinho no Tempo dos Partidos ou Blocos, para não abusar do Regimento.