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Grande Expediente Dr. Yglésio

18 de junho de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Voltando à tribuna, vou voltar aqui essa parte da cidade de São Luís, a reflexão sobre a cidade, Deputado Ariston. Acho que o senhor percebe que São Luís aí de 12, 16, 20 anos para cá, ela continua basicamente a mesma cidade, à exceção de algumas intervenções em trânsito, mas, ontem, eu estava indo trabalhar na maternidade à tarde e passando ali pela frente do Hospital Veterinário que eles estão fazendo ali, a toque de caixa, para inaugurar antes da eleição para dizer que o compromisso com a causa animal foi realizado, foi cumprido, mas eu vou já vou dizer bem aqui: gravem minhas palavras, hoje, dia 18 de junho, 18 de junho, eu estou dizendo que, depois desta eleição, caso Deus não há de deixar o prefeito se reeleja, este Hospital Veterinário só funcionará, no máximo, até o primeiro semestre do ano que vem. Sabe por que, Deputado Othelino? Porque ele não consegue fazer funcionar o Socorrão, não consegue, Clodoaldo Correa, John Cutrim, chegar ao ponto de colocar medicamentos básico no hospital de urgência. Ele não consegue fazer funcionar 13 ambulâncias de SAMU, em uma cidade com 1 milhão de habitantes. Eu já precisei do SAMU, eu, deputado estadual, ligando pessoalmente para o SAMU socorrer minha avó, demorou 44 minutos para chegar, 44 minutos, um infarto, um AVC, passou ali de 10 minutos, uma parada cardíaca, nós já temos comprometimento grave. Imagine esperando 44 minutos! Adelmo, olha bem aqui, tu achas que vai funcionar um hospital veterinário, se o hospital humano não funciona? Aí está ficando bonito lá fora, a pintura está bonita, tem a placa lá, prefeitura, verdinho, tudo maravilhoso. Na frente tem uma pracinha, um filete de praça na frente que o secretário de Obras, que ele tem uns traços narcisistas bem fortes de autoelogiar as obras dele, que é tudo muito lindo que ele faz, tem um filetinho ali torto, parece uma serpentezinha, ali na frente do Hospital Veterinário. E aí veja só: tem um lixão bem na frente, a Avenida dos Portugueses toda um grande lixão. Aí as pessoas dirão, ali os estudantes que estão escutando. Ah! É a população, a população também não ajuda, joga lixo na avenida. Deputado Carlos Lula, Vossa Excelência que conhece São Luís, teve uma votação excepcional, no Itaqui-Bacanga, quantos cestos de lixo tem lá naquela avenida? Eu te digo que tem zero. Quantas carretas, caçambas para colocar o lixo tem naquele local? Te digo, tem zero. A população vai deixar sua casa entupir de lixo ou ela vai esperar que a prefeitura tome as providências? Infelizmente, a população recorre ao que tem que recorrer. Não tem onde colocar o lixo, coloca no saco, o cachorro é abandonado, porque não tem política de castração no município e os sacos são rompidos e o lixo é exposto. E fica um belíssimo hospital veterinário pintado ali na frente com uma pracinha serpente forme, orgulho do secretário de Obras, postando ali e tem um lixão na frente, essa é a nossa São Luís, a nossa visão de São Luís. E por falar nisso, para não dizer assim que fala apenas que a prefeitura porque é ano eleitoral, mas sim coerência –, eu peço ali que seja vista pelo Governo do Estado a conservação do complexo esportivo que foi construído no aterro do Bacanga, porque passei ontem por lá e à medida que olhava, olhava com uma certa tristeza, porque foi feito e já está mal conservado: mato alto, quadra de basquete com aro já deteriorado. E, às vezes, a gente tem muita pressa em construir, mas a gente não tem dinheiro para manter. É como o cara que quer comprar uma casa e que faz o esforço para pagar uma prestação da casa, que não sobra dinheiro para mais nada, ele não tem dinheiro para o sabão, ele não tem dinheiro para comprar vassoura, ele não tem dinheiro para comprar o galão de tinta dois anos depois, quando precisa fazer a reforma da pintura, e as coisas vão se perdendo. Quantas vezes isso não acontece aqui no nosso estado, nas nossas prefeituras? Os homens, no ufanismo de erigir coisas, no poder fálico, muitas vezes, em levantar uma obra, um prédio, eles querem colocar obra, mas não colocam manutenção, e isso é o grande problema. Então, eu precisava fazer esse destaque aqui em relação à estruturação da cidade. São Luís segue da mesma forma. O prefeito Eduardo Braide é um prefeito – não leve para o lado da ofensa –, a gestão, vou melhorar aqui, é medíocre. Medíocre porque é mediana, faz o mínimo, para menos. Saúde, não melhorou; educação, andou para trás; infraestrutura, fez um zigue-zague na cidade que melhora o trânsito aqui, piora lá na frente. Agora, o verdadeiro pandemônio no Renascença. Tirou a rotatória do Calhau, a que custo? Está aqui uma Ação Pública, um abaixo-assinado junto ao Ministério Público, dos moradores, porque acabaram com a vida dos moradores lá, não foi feito nenhum projeto de acessibilidade. E, agora, tem uma pista de kart lá, batizada, por mim, de Autódromo Eduardo Braide. É isso, administrar a cidade e fazendo zigue-zague, receber do Secretário de Obras frases como “As pessoas em São Luís não estão prontas para ter mentalidade de cidade grande”. As pessoas precisam respeitar mais a população, quem vive lá, quem tem seus imóveis. Edivaldo matou João Paulo quando ele colocou o corredor de ônibus lá ele acabou com o comércio do João Paulo. Depois ele assassinou o São Francisco. O Braide agora quer acabar com o eixo do Calhau. Hoje, existe a maior propaganda, a maior empresa da cidade de São Luís faz propaganda e tem uma placa. Chama “Empresa Aluga-se”. Por onde você vai, existe uma placa de aluguel de um prédio que era um negócio, que este negócio fechou. Por quê? Porque o Maranhão, São Luís são ambientes ruins para negócio. Por quê? Porque não se tem segurança jurídica. Por quê? Porque não se tem acesso igualitário a oportunidade de competir. O capitalismo é de compadrio. Foi assim com Roseana, foi assim com Flávio Dino. Eu faço apelo ao Governador que mude isso. Precisa fazer diferente. Se não fizer, chega ao final dos quatro anos com a mesma coisa, o Maranhão no mesmíssimo lugar. Nós precisamos superar isso. Em relação à Prefeitura, absurdo! As taxas que se pagam no município são absurdas. É uma sanha arrecadatória brutal. Eles dizem quanto vale o que você tem e não o que você pagou efetivamente. Sabe o que faz com isso? Dificulta a legalização das coisas. As pessoas operam na ilegalidade. A tributação ao invés de aumentar a arrecadação, ela faz reduzir, porque a pessoa se mantém na informalidade, no contrato de gaveta, em tudo isso. Então, assim, não mudou a forma de ver a cidade, infelizmente não mudou. Por quê? Porque a visão é miúda. Não é a visão de um homem que procurou ir para fora, conhecer outras realidades, viver outras existências e vivências, estudar para ver o que tem de mais moderno. Quando tem um fórum, vai lá em Curitiba para um fórum de mobilidade, bate foto, mas não vem com nenhuma ideia nova para implementar na cidade. A grande verdade é essa: não há nada de novo no horizonte da cidade de São Luís. Se a cidade que é o polo, se a cidade que é capital não tem uma gestão inovadora, como “diabo” que eu vou esperar que Paço do Lumiar, bem aí do lado tenha? O que o prefeito está fazendo? Indo para o meio da rua capinar, compactar asfalto para dizer que está trabalhando. Olha a mediocridade dos nossos homens públicos no Executivo. Vê o que São José de Ribamar é, uma cidade que não vai para lugar nenhum também. Deu uma melhorada aí na época do Luís Fernando, hoje está na mesma. O Prefeito é um sujeito muito bom, mas gestão mesmo não existe na cidade, quem se colocou aí para sucedê-lo, disputar com ele também não tem a mínima condição. E a Ilha de São Luís, aparentemente, perdida. Vou avançando falando isso, porque passo do Executivo para falar um pouquinho do Judiciário e em quão nociva, às vezes, uma pessoa no Judiciário pode ser à sociedade como um todo. A famosa Vara de Interesses Coletivos e Difusos de São Luís que, muitas vezes, parece querer governar o Maranhão, suspendeu, numa decisão de primeira instância, que cabe recurso, obviamente, e que a gente espera que quando subir ao TJ, que tem uma qualidade de análise de processos bem superior a esta vara, infelizmente, reverta essa decisão. Deputado Arnaldo, Ariston, Othelino, Leite, Rildo, Mical, fecharam a fábrica da Votorantim de cimento na cidade. O Maranhão tem 600 mil empregos com carteira assinada. Marco D’Eça. tem 1.200.000 Bolsa Família. Marco, e fecharam a fábrica da Votorantim no estado. Qual é o resultado disso? Cimento mais caro para todos, o que resulta em duas coisas: primeiro, paralisação de obra, porque é o insumo principal da construção civil. Qual o resultado? Desemprego. Mães que não têm seus maridos trazendo recursos para casa, porque, em geral, a construção civil é uma profissão que tem mais homens na sua composição. Em modo geral, é isso. Então, numa canetada, uma empresa instalada no Maranhão, desde 2011, numa canetada singular de um juiz que geralmente adora fazer esse tipo de decisão, as decisões rapidamente estão na mídia, rapidamente elas são vazadas, diga-se de passagem, são decisões que não têm um prazo de adequação, não têm a suspensão das atividades. A canetada é radical para dizer que um juiz de Primeiro Grau é quem manda no Maranhão, mas não é assim. É de Primeiro Grau, então coloque na sua cabeça que você é de Primeiro Grau. Fechar uma empresa como a Votorantim numa canetada é um absurdo com as pessoas que trabalham e dependem da economia ao redor, da cadeia produtiva, da construção civil. É o verdadeiro desrespeito com a sociedade, com São Luís que arrecada tributos, com o Maranhão que arrecada tributos, com a construção civil, com a Fiema, com todos, com o Sinduscon. É uma decisão completamente desarrazoada. Eu tenho certeza de que isso vai ser revertido, mas fica aqui a minha solidariedade ao grupo Votorantim que acredita no Maranhão, este Maranhão com infraestrutura ainda péssima, que tem que melhorar muito para se falar que esse estado é competitivo, está pegando “cacete” aqui do Piauí, que já é campeão nacional de energia verde. Nós estamos ficando para trás, porque o “cavaleiro da esperança” que ia tirar o Maranhão do atraso ficou oito anos e deixou aí. Deixou dívida, deixou passivo, desenvolvimento mesmo não teve, mas é o “cavaleiro da esperança”, agora está no STF e diz que vai acabar com orçamento secreto, tomara que ele faça pelo menos isso. Continuando aqui, eu gostaria de destacar e fazer um agradecimento à iniciativa privada, que é capaz de suprir, e o Rio Grande do Sul, a tragédia do Rio Grande do Sul mostrou isso muito recentemente, e de fazer muito mais rápido, com muito mais qualidade, com muito menos corrupção que o Poder Público. Obrigado à empresa Equatorial, ao Grupo Mateus e ao Grupo Edeconsil pela doação que foi feita, a nosso pedido, para a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Foram entregues ontem 10 computadores de última geração, um drone de alta resolução, e além de tudo uma câmera também de ultra zoom, vai ajudar muito, vai renovar todo o parque de equipamentos da DCCO, todo parque de equipamentos vai ser renovado, uma singela contribuição, mas se fosse depender do Poder Público eram 06, 07 meses numa licitação, numa impugnação, num favorecimento, num cancelamento de pregão, não teria chegado nessa velocidade. Então assim, este mandato dá resultado, este mandato dá resultado, não fica aqui só dando despesa para o povo do Maranhão, não! Então que seja bem utilizado pela SEIC, pela DCCO, e que a gente consiga cada vez mais combater essas quadrilhas que estão acabando com o estado do Maranhão. Espero, inclusive elucidação do crime contra o Pacovan, foi assassinado aí no final de semana, em Zé Doca, dentro do posto, está lá, dá pra fazer, obviamente, a identificação facial dos criminosos, vamos ver se chega à elucidação desse crime, porque querendo ou não, é um agiota? É, mas muita gente pedia dinheiro emprestado, para o Pacovan. É um pai de família, a mulher ficou aí, os filhos ficaram, eles têm o direito de saber quem matou o pai deles. Da mesma forma que se precisa de uma resposta do caso do Maldine, deixaram o Maldine morrer, aquilo foi homicídio culposo, isso não pode ficar sem elucidação, sem responsabilização. Como é que Marcelo vai ter paz na vida dele? O filho dele entregue morto, morto em uma piscina de 1.60m de profundidade, afogado, não se pode jogar isso para debaixo do tapete, doa a quem doer, custe o que custar. Já chegando aqui ao final, apenas mais duas situações, é preciso fazer, Deputado Othelino, uma reflexão e eu acho assim importante, vou destacar, o que o senhor tem trazido para tribuna, mas divirjo em relação ao método, por quê? Porque eu vejo que cada vez mais as UPAs estão lotando, as UPAs estão lotadas mesmo, aqui no Estado, sabe por que isso aconteceu? Porque as prefeitura do interior, elas simplesmente pararam de fazer saúde. Você pode pegar 217 municípios do Maranhão, pegue 217 municípios do Maranhão, veja quantos fazem uma cesariana, quantos municípios do Maranhão fazem uma cesariana? Pouquíssimos, quantos municípios do Maranhão fazem uma sutura mínima? Passou de 5 cm eles tão mandando para a capital. Então, hoje, infelizmente, as UPAs estão lotadas, a rede estadual está lotada, porque quanto mais se fez hospital no estado, mais prefeito deixou de fazer no município. É simples, aqui tem vários colegas que têm relação com prefeituras, alguns são casados com prefeitas, outros casados com prefeitos, sabem que os seus municípios hoje fazem menos do que faziam 10 anos atrás, porque a rede do estado absorveu um monte de coisa. Eu lembro aqui, quando o Deputado Carlos Lula assumiu, o orçamento da saúde, era 2.3 bi. Hoje está em 4.3 bi, e não paga tudo, tem meio bilhão aí rodando de déficit. Como é que sana isso aí, se os municípios deixaram de fazer saúde? Aquele dinheirão que veio da Covid para criar estruturas de saúde, ninguém viu uma estrutura criada. Cadê? Onde é que tem a estrutura residual da Covid? Aquele dinheirão que veio! Não foi para lugar nenhum. Então, assim, veio dinheiro para a Covid, eu fico vendo, gente, cadê respirador nos municípios? Cadê balão de oxigênio? Cadê rede de oxigênio? Não tem. Não ficou nada, foi tipo a copa do mundo: fizeram um monte de estádio, gastaram bilhões com estádio, ficou nada. Vai bem ali a Barcelona, na Espanha, a estrutura de 1992, o legado olímpico está lá incólume, intacto, perfeito. Sabe por quê? Cultura. Cultura de respeito ao que é feito porque é público. O que é erigido como patrimônio público é sagrado. Se nós tivéssemos essa visão aqui no Maranhão, em São Luís, prefeito não ficava com piadinha, batendo boca com deputado de baixa categoria de Brasília para botar culpa em quem é culpado pelo casarão que cai, ameaçando de expropriar bens, de desapropriação. Primeiro, que não tem dinheiro nem para pagar as contas da prefeitura. Nunca quis dar jeito no Centro Histórico. No quarto ano, que começa a desabar tudo, até a popularidade dele, que já começou onde ele achava que ia ser o berço dele ali, Renascença, Calhau, e o pessoal está, ó, com os testículos, os ovários bem aqui, Braide, contigo. Vai ver aí o resultado disso. Então, nesse momento, as pessoas não levam a sério as coisas, e tem que ser levado a sério. Então, a saúde do estado hoje é uma catástrofe, que acontece porque prefeito do interior deixou de fazer saúde. Vai em um município maiorzinho, tem um hospital do estado lá. Estou falando alguma mentira? Não estou. Vai chegar aqui, vai vir para a UPA. Todo mundo quer vir para o Macieira. Todo mundo quer vir para o Hospital da Ilha. Ainda tem gente que fala para querer defender a prefeitura, que nunca abriu um leito hospitalar, não abriu um leito. Não tem um leito a mais de hospital na cidade de São Luís. Querem dizer que a culpa é porque o Hospital da Ilha tinha que abrir as portas, para quê? Virar outro Socorrão? O Hospital da Ilha tem que receber urgência referenciada do Estado. E, infelizmente, como uma hérnia, como uma cirurgia de vesícula simples, como uma exérese de lipoma, o lombinho não é feito no interior, fica aqui, tem que vir para o Carlos Macieira para fazer, porque não resolve u, lombinho, doutora, no interior, não faz uma erneazinha aqui na virilha, que são dois ml de lidocaína aqui em L4, L5, e resolve, o cirurgião coloca lá. É uma cirurgia que custa aí uns 300 reais para a Prefeitura, que não faz. Prefeito não quer mais contratar cirurgião. Não precisa. Precisa só de um clínico para meter na ambulância e trazer para São Luís. Aí isso eles resolvem com toda facilidade. E, para finalizar, minha amiga Mical, que trouxe uma reflexão muito pertinente aqui no início sobre todo esse pandemônio que criaram em torno de uma legislação que visa impedir o aborto a partir de 22 duas semanas. Não tem ninguém que se oponha a direitos reprodutivo das mulheres. Inclusive, quem deu o maior direito reprodutivo e não reprodutivo à mulher foi o Presidente Bolsonaro, Mical, que sancionou a lei que a mulher pode fazer esterilização cirúrgica, laqueadura, se ela quiser sem nenhum filho. Completou 18 anos, não tem filho… Dezoito não, 20. Perdão. Completou 20 anos, não tem filho, quer fazer? Pode fazer, tem direito de não ter filho. Eu lamento muito. Não tem nada mais devastador. Eu não sou mulher, mas eu já conversei com várias mulheres vítimas de violência sexual. A gente sente no olho a dor de uma mulher vítima de violência sexual. Mas 22 semanas, o Estado tem culpa em deixar uma vítima de estupro levar uma gestação até 22 semanas. Mas me desculpa, com 22 semanas não é culpa da criança. Não é culpa da criança. Você está matando. Não tem pena de morte para um homicida múltiplo e mata uma criança. Cara, que país é esse? Que visão é essa que a gente tem em que um assassino não pode ir para a pena de morte e um bebê de 22 semanas, que já pode eventualmente ali viver numa UTI e se desenvolver, ele pode ser assassinado com uma agulha no coração! Isso não é direito reprodutivo da mulher. Isso aí não é direito reprodutivo de mulher. Nós estamos protegendo um hipossuficiente, mais uma vida. Não está desenvolvido neurologicamente como o Deputado Florêncio Neto, como a Deputada Viviane, mas está vivo! Então não pode. Tem que ser responsabilizado o Estado se uma mulher que foi estuprada, que tem um feto anencéfalo, não conseguiu resolver antes de 22 semanas. É culpa do Estado. Tem que prender o Secretário de Saúde, o Prefeito, o Governador, o Presidente que deixa chegar a esse nível, e não matar a criança de 22 semanas. Eu fico imaginando se minha filha não tivesse tido a chance, se tivesse tido um problema com 22 semanas, e alguém dissesse: ‘não, vamos matar, ela só tem 22 duas semanas’. Pois é! Como a Deputada Mical disse, tem métodos contraceptivos, mas não é culpa da mulher, Deputada, porque tem os métodos, mas falta o Estado ali. O Estado que é um “demônio” ávido por imposto, por arrecadação, que quer tirar dinheiro de tudo, que tira R$ 34,00 por mês de cada brasileiro para financiar o SUS sem saber, esse que tinha que garantir o verdadeiro direito reprodutivo, a verdadeira proteção à mulher. Descontar numa vida com 22 duas semanas não é o caminho, e nós vamos sempre nos posicionar contra isso. Muito obrigado.