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Grande Expediente Dra. Helena Duailibe
04 de setembro de 2025
Transcrição
A SENHORA DEPUTADA DRA. HELENA DUALIBE (sem revisão da oradora) – Isso é carinho, Presidente! Bom dia a todos e a todas, Senhora Presidente, colegas Deputados, funcionários desta Casa, imprensa, galeria, eu hoje venho aqui, mais uma vez, falar sobre saúde. Vocês sabem da minha paixão pela saúde, eu sou médica e a minha vida inteira, militei, cuidando de pessoas. Então, eu fico verdadeiramente encantada, quando se fala de saúde resolutiva. Eu tive a oportunidade, quando o ex-Governador Zé Reinaldo era Governador, de ser a secretária de Saúde do Estado do Maranhão, que pôde iniciar o verdadeiro processo de regionalização, de descentralização do Estado. Naquela época, em 2004, o Maranhão não fazia alta complexidade. O Maranhão tinha todo o seu atendimento concentrado na capital e era preciso que a gente desse este passo tão importante, que era escrever, na história do Maranhão, a alta complexidade. Mas, para isso, nós fizemos o primeiro passo, que foi habilitar o estado. E aí nós conseguimos, então, construir toda esta rede, que hoje eu venho aqui com muito orgulho dizer que ela está se concretizando no Governo do Carlos Brandão. O Governador Carlos Brandão tem feito um trabalho histórico para a nossa saúde pública do Estado. Eu já havia comentado aqui, no dia 5 de agosto, já havia registrado os avanços significativos que temos conquistado na rede estadual. Ela foi ampliada, novos serviços foram implementados e o número de transplantes realizados no Maranhão aumentou de forma expressiva. Eu vou aqui iniciar, exatamente, em relação aos transplantes. Não posso deixar de falar do Hospital Universitário, que foi pioneiro e protagonista dessa história. Em 2000, realizou o primeiro transplante renal com doador vivo e, em 2005, avançou para os transplantes com doadores falecidos. Hoje, o hospital já ultrapassou 800 transplantes renais, um marco histórico para a medicina do Maranhão. Quase todos os transplantes realizados em nosso Estado são de doadores falecidos, o que reforça a importância da conscientização nossa, principalmente, como pessoas públicas sobre a doação de órgãos. Não posso deixar de mencionar o emocionante depoimento do senhor Cláudio Muniz Neto, primeiro paciente transplantado no Maranhão, no ano de 2000. Ele disse que nasceu de novo e que o transplante foi o maior presente da sua vida. Histórias como a dele nos mostram que por trás de cada procedimento há vidas transformadas, famílias reestruturadas e novas esperanças. Então, eu quero parabenizar o Hospital Universitário também, todos os profissionais envolvidos, toda a rede que trabalha nessa captação e, principalmente agora que o Estado também começou a fazer transplante na sua rede. Quero destacar que, em 12 de dezembro de 2024, o Hospital Carlos Macieira, e aqui eu quero também parabenizar o trabalho do Secretário Tiago e do diretor do Hospital Carlos Maceira, doutor Edilson, o Hospital Carlos Macieira, referência em alta complexidade, foi autorizado a realizar transplantes. Até agora, sete procedimentos já foram feitos: três transplantes de fígado e quatro de rins. O marco para nós foi registrado em março deste ano, quando aconteceu o primeiro transplante renal da rede estadual. Em julho, mais um passo histórico: quatro novos transplantes foram realizados, incluindo o primeiro transplante hepático na unidade. Esses números representam muito mais do que estatísticas, eles significam vidas salvas, esperança renovada e novos começos para muitas famílias maranhenses. Reforço a importância de falarmos sobre a doação de órgãos. É um gesto de amor e solidariedade que transforma o luto em vida, permitindo que outras pessoas possam recomeçar. Eu também quero parabenizar o Dr. Iago Souza Bastos, que é o coordenador da Central Estadual de Transplantes. Antigamente, como eu falei, a Central de Transplantes começou no Hospital Universitário, e aí hoje a coordenação é com o Estado, e tem à frente o doutor Iago Sousa Bastos e a enfermeira Eloísa, que fazem um grande trabalho nessa captação. E agora, de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, que saiu essa semana, deste semestre, alcançamos pela primeira vez o número de 10 doadores por milhão. Um sonho impensável, porque, há dois anos, nós éramos 1.7 doadores por milhão. Somos agora o 11º em doadores efetivos e o 11º em transplante de córnea do Brasil, despecando a fila para córneas de 864 para 342. Nossa taxa de negativa familiar despencou para 50%, era 67% em 2022, atingindo a marca histórica de 33%. E eu estou insistindo nessa tecla, porque compete a nós, Deputados, Parlamentares e a sociedade conscientizar as pessoas cada vez mais dessa importância de salvar vidas. Eu queria abrir aqui um parêntese, Presidente, para contar uma história, que eu li e eu leio muito sobre a questão da saúde, de um paciente que ele, seis meses depois que tinha sido transplantado, tinha recebido o coração de outra pessoa, Deputado Arnaldo. Ele quis visitar a família, ele não sabia quem tinha doado o coração para ele, e ele quis visitar a família para saber de quem era aquele coração que estava pulsando nele, e ele foi até a viúva, e ela então ficou muito feliz com essa visita, e um ano depois eles estavam casados. Ela achou que estava se casando com o coração do marido dela, isso confortou muito aquela pessoa, para vocês verem a importância que é um transplante. Mas nós não ficamos só em transplante no Governo do Estado, eu coloquei o transplante como essa grande obra de alta complexidade, mas eu também quero falar de uma coisa que nós também somos muito cobrados, nós políticos, porque hoje a rede de atenção primária atende muito bem, complementada até pela rede privada. E as pessoas têm o seu diagnóstico, de suas cirurgias, mas na hora de fazer a cirurgia, você tem uma maior dificuldade em realizar a cirurgia. Então, o que fez o Governo do Estado? Fez um programa que diz: “Aqui a fila anda.” Entre os meses de agosto e setembro, estamos garantindo mais agilidade e eficiência no atendimento de centenas de maranhenses que aguardavam o procedimento. Nessa etapa, teremos cirurgias ortopédicas em Balsas, cirurgias urológicas em Santo Inês, e um mutirão de colonoscopia em São Luís, gente, isso mesmo, no Hospital Juvêncio Matos, beneficiando crianças com doenças intestinais inflamatórias. Hoje é realmente uma grande preocupação. E estamos fazendo grandes estudos sobre essa questão dessas doenças intestinais, que já estão aparecendo muito cedo nas crianças. E a gente precisa, muitas das vezes, fazer a colonoscopia. Olha a dificuldade que é para um pai aceitar fazer uma colonoscopia em uma criança. Mas quando eles sabem que é no Hospital Juvêncio Matos, sentem toda a segurança. E nós, então, estamos avançando, fazendo cirurgias, colonoscopias no hospital, um mutirão de cirurgias, de colonoscopias no Juvêncio Matos. Ao todo, serão 100 cirurgias e 39 exames que vão proporcionar mais qualidade de vida e alívio para muitas famílias que esperavam há anos por esses atendimentos. Quero destacar também o esforço do Governo do Estado, que tem investido muito forte também nas cirurgias de artroscopia de joelho. Nós, eu que já sou uma pessoa com mais de 60 anos e também os atletas, que muitas das vezes iniciam precocemente a sua atividade física sem acompanhamento, hoje estão precisando, muitas das vezes, de muitas cirurgias ortopédicas. O joelho, muitas das vezes, é comprometido cedo. E foram realizadas 50 cirurgias de artroscopia de joelho entre os dias 25 e 29 de agosto, devolvendo mobilidade e esperança a muitos maranhenses. E eu quero aqui também parabenizar e destacar o trabalho que Dr. Nilton Grippi faz à frente do Hospital de Traumatologia do Maranhão. Eu conheci o Dr. Nilton quando eu fui Secretária de Saúde do Município, Deputada Ana, e Dr. Nilton, então, lá no Socorrão. Tivemos esse conhecimento, e eu vi o quanto este carioca, ele não é maranhense, mas que eu já digo que é maranhense, tem feito um grande trabalho aqui à frente da ortopedia. E hoje ele está à frente do HTO, fazendo esse grande trabalho lá. No Hospital Macrorregional Tomás Martins, em Santa Inês, a rede estadual realizará 50 cirurgias urológicas, com 12 procedimentos já agendados para os dias 27 e 28 de agosto. No Hospital Juvêncio Matos, já falei, teremos um mutirão de colonoscopia para 24 crianças e 39 procedimentos distribuídos, que já foram feitos entre 21 e 28 de agosto, e 4 e 11 de setembro. Destaco também um dos programas de saúde mais transformadores da história do Maranhão. O programa Cuidar dos Olhos, que, em menos de dois anos, alcançou a marca impressionante de mais de 380 mil atendimentos oftalmológicos em todo o nosso Estado. Este resultado extraordinário só foi possível graças ao empenho do Governador Carlos Brandão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, que leva saúde de qualidade para quem mais precisa. Foi criado em setembro de 2023, ele nasceu com o propósito de descentralizar o acesso à saúde ocular, garantindo consultas, exames, cirurgias e, gente, o principal também, a entrega gratuita de óculos de grau para milhares de maranhenses, porque esta é a grande dificuldade também, às vezes, as pessoas têm dificuldade de comprar os seus óculos. De lá para cá, o Cuidar dos Olhos percorreu diversas regiões, chegando a cidades como Pinheiro, Imperatriz, Caxias, Presidente Dutra, Santa Inês, Chapadinha, Barreirinhas, Açailândia e Bacabal. Os números falam por si, 204 mil consultas e exames oftalmológicos realizados, mais de 165 mil óculos entregues gratuitamente, mais de 52 mil cirurgias de catarata e pterígio, centenas de encaminhamentos para outros procedimentos especializados. Estes resultados não são apenas estatísticas, são vidas transformadas, são crianças que voltam a enxergar bem e conseguem aprender melhor na escola, são os idosos que recuperam sua autonomia. São famílias que passam a viver com mais qualidade de vida. O Cuidar dos Olhos integra o Programa Cuidar de Todos, também contempla ações de atenção primária e o Projeto AVC, cada segundo importa, mostrando que a atual gestão não mede esforço para fortalecer o SUS, reduzir desigualdades e garantir o direito à saúde. É muito importante a gente entender que, hoje, as pessoas procuram muito a rede pública de saúde, houve uma dificuldade grande das pessoas pagarem plano de saúde e hoje o acesso maior é com a rede estadual de saúde. Então é importante que a gente também entenda que cada vez mais este avanço na saúde ele é importante porque ele contempla pessoas de todas as camadas sociais. E aí eu queria destacar também que a gente não tem que olhar a saúde só pensando que a saúde é para atender aquelas pessoas que não têm condições de ter um acesso, de pagar um plano de saúde. A saúde é para todos. Eu quero destacar aqui que, hoje, o Estado também fez um avanço importante na oncologia. Muitas vezes, para complementar a radioterapia, não se faz só no nosso Estado, precisa-se utilizar toda a rede da Fundação Antônio Dino, que faz também um grande trabalho. O Estado busca parcerias com o setor privado, com o Hospital São Domingos, que também faz um serviço de excelência na área da oncologia. Nós queremos então destacar também essa visão de complementação do atendimento de alta complexidade na rede privada, porque nós precisamos, e aí eu volto aqui a destacar que o Estado está fazendo o seu verdadeiro papel. Muitas vezes, o que chama atenção, o que faz maior, como é que se diz, volume de atendimento, o que ninguém quer deixar de atender é a urgência e emergência, porque é aquele primeiro momento, é aquela coisa de você ficar impactado, porque é o primeiro atendimento. Mas o papel do Estado maior é na alta complexidade, então a minha felicidade é exatamente por isto, é porque o Estado está fazendo o seu papel como um grande gestor, está trabalhando, fortalecendo os municípios na atenção primária, porque é lá, na atenção primária, que começa a primeira consulta, que as equipes de saúde precisam ser fortalecidas, é ali que é o primeiro atendimento, perto da sua casa, perto da sua família. Então, esse é o papel dos municípios, atenção primária de saúde, e o Estado trabalhando fortemente para fazer aquilo que é o mais caro e muitas vezes invisível, porque talvez vocês se surpreendam, eu estar aqui insistindo na questão do transplante que é uma coisa que se faz 10, 20 ao ano, mas o impacto, o impacto de um transplante, o impacto de uma transformação de vida, é muito grande, e esse que é o verdadeiro papel do Estado. E outra coisa: essa parceria com os municípios, com o governo federal e com o governo estadual, porque ninguém faz nada sozinho, fortalecendo assim toda a nossa rede estadual de saúde. Então, eu fico muito feliz de subir esta tribuna para falar de números tão impactantes, números verdadeiros, números que estão aqui salvando vidas. Eu fui visitar a Central de Transplantes, eu tenho um carinho muito especial, eu já contei para vocês no meu depoimento que, logo que eu tive o meu problema de saúde, a primeira médica que me atendeu disse que eu seria uma paciente que precisaria fazer um transplante. Então, eu fiz questão de visitar a Central de Transplantes para que a gente realmente pudesse fortalecer esse trabalho. E eu agora quero que cada um, colega Deputado, junto comigo, seja uma pessoa para fortalecer essa rede de apoio nas centrais de captação dos órgãos, para que a gente estimule cada vez mais doadores. E eu também pedi ao diretor do Hospital Carlos Maceira que me diga qual é a fila que está lá, para as crianças, precisando de cirurgia cardíaca, porque eu vou destinar emendas para que a gente zere essa fila. Eu quero trabalhar muito na questão da alta complexidade, são esses os resultados realmente que me preocupam, porque é esse o papel do Estado. Então, a gente precisa trabalhar muito como um conjunto, fazendo com que o sistema de saúde, sem olhar para quem, funcione de uma forma correta.
O SENHOR DEPUTADO GLALBERT CUTRIM (aparte) – Deputada Helena, o Deputado Glalbert, queria um aparte, Deputado Glalbert. Deputada Helena, eu quero parabenizar Vossa Excelência pelo discurso. É um discurso de alguém que conhece muito a fundo a saúde do nosso Estado, sabe dos avanços nos últimos 10 anos. A senhora sabe muito bem o que tem sido a mudança que nós estamos tendo, principalmente agora com a valorização dos profissionais, com a melhoria da saúde básica dos municípios, com o esforço tremendo do Governador Carlos Brandão em fazer com que a saúde seja cada vez melhor para atender a nossa população. Então, eu parabenizo o seu discurso de forma técnica, de quem conhece a fundo o sistema público de saúde, quem conhece o nosso sistema estadual. Então, só tenho que parabenizar V. Exa., que é um debate incrível e feito por uma pessoa, por uma excelente profissional da área, que está emprestada aqui para o nosso Parlamento. Então, parabéns.
O SENHOR DEPUTADO CATULÉ JÚNIOR – Deputada Helena, V. Exa. me concede um aparte?
O SENHOR DEPUTADO ARNALDO MELO – Estou aqui na vez, aguardando há meia hora, Deputada Helena.
O SENHOR DEPUTADO CATULÉ JÚNIOR – Então, antiguidade é posto. Cedo aqui a palavra.
O SENHOR DEPUTADO ARNALDO MELO (aparte) – Não, Deputado, fique à vontade. Deputada, eu não poderia deixar de cumprimentá-la nessa manhã diante desse pronunciamento que V. Exa. traz, mais como reflexão, mas preciso registrar aqui alguns aspectos. Conheço o trabalho do Sistema de Saúde do Brasil, o nosso SUS, que julgo um dos programas mais importantes do mundo, com as suas mazelas, com as suas dificuldades, em razão da natureza do nosso país. Mas V. Exa., que tem uma história pregressa muito ligada ao Sistema Único de Saúde, como Secretária de Estado, que foi brilhante, como Secretária Municipal de Saúde da nossa capital e como médica que é, sempre envolvida nos programas de saúde, principalmente nas camadas sociais mais necessitadas. Eu quero registrar aqui que esse SUS, que às vezes as pessoas têm dificuldade para compreender a complexidade e a dificuldade do Ministério da Saúde para operar um sistema tão amplo, como disse, tão complexo. E V. Exa. conseguiu, ao longo do tempo, conviver com esse sistema, fazer os ajustes aqui no Maranhão e hoje traz um momento de glória para o Maranhão. Qual? Esse momento que V. Exa. fala sobre os transplantes, que é a Medicina de alta complexidade. Esse momento em que o Maranhão chega através dos seus hospitais mais especializados, através da rede de saúde do Estado. Porque, como nós sabemos, os grandes hospitais do Brasil, os hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, até do Distrito Federal, já trabalham com esse transplante há algum tempo, mas nós não tínhamos a condição técnica. Nós não tínhamos a condição estrutural até. E os últimos governos têm feito isso. Eu gostaria de registrar não apenas em nome de um governo específico, porque, quando eu ouço as pessoas falarem, hoje, na rede de saúde, Deputada, a gente tem que lembrar da atenção básica, que é fundamental. É de lá que nasce todo o sistema. E a média complexidade e a alta complexidade foram desenhadas, foram arquitetadas em outros governos quando se criou os hospitais regionais. E esses foram se aperfeiçoando na imagem, na tecnologia da ressonância, da tomografia e também nas cirurgias de alta complexidade, seja na neurologia, na neurocirurgia, na traumatologia, na ortopedia. E hoje é um dia feliz ver a Deputada Helena Duailibe, que é autoridade nesse Estado do Maranhão para tratar de saúde pública. Eu fico muito honrado com a sua participação nessa manhã, nesse Grande Expediente, trazendo esse tema tão importante, tão sensível a todos nós que somos médicos, a todos nós maranhenses e também todos nós Deputados, que representamos o povo do Maranhão. Parabéns pelo seu pronunciamento, um discurso oportuno e competente que Vossa Excelência tem toda condição de fazer. Muito obrigado pelo aparte.
A SENHORA DEPUTADA DRA. HELENA DUAILIBE – Obrigada. Deputado Catulé.
O SENHOR DEPUTADO CATULÉ JÚNIOR (aparte) – Deputada Helena, observando aqui Vossa Excelência discorrer os avanços dos últimos anos da nossa saúde, eu queria destacar, na verdade, a propriedade que a senhora tem em falar sobre o tema saúde. Inclusive essa Casa, na minha opinião, ganha muito com a sua chegada aqui, inclusive para que nós possamos trazer os temas que são pertinentes, para que nós possamos discutir, em relação à saúde do nosso Estado. A senhora, que foi uma destacada Secretária de Saúde do Maranhão, teve uma brilhante passagem pela gestão da saúde do Estado. E eu só queria me associar aos colegas aqui e lhe parabenizar por trazer esse tema e por ressaltar os avanços do Governador Carlos Brandão em relação à saúde do nosso Estado.
A SENHORA DEPUTADA DRA. HELENA DUAILIBE – Eu queria destacar, Presidente, exatamente o que o Deputado Arnaldo ressaltou, que nós iniciamos o processo de regionalização, mas os avanços foram continuando na saúde. Então, eu queria parabenizar os ex-secretários, começando, depois de mim, Edmundo Gomes, Ricardo Murad, Carlos Lula e o atual, Tiago, que fizeram todo esse trabalho. Como eu coloquei, a gente desenhou e apresentou lá em Brasília, porque, antes o Maranhão era…
A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Liberem o áudio para a Deputada concluir.
A SENHORA DEPUTADA DRA. HELENA DUAILIBE – Obrigada, Presidente. Só tinham três estados que não tinham descentralizado e nós fizemos todo este modelo que facilitou, eu só fiquei dois anos como secretária, mas houve realmente um grande trabalho sucessivo. E nós fomos fazendo aquilo que eu coloquei que é o mais importante hoje da Secretaria de Saúde do Estado, que é a descentralização. Hoje, vocês, a maioria que militam nos municípios, Florêncio, Arnaldo, todos, Catulé Júnior, que acompanham, de perto, como nada tinha nos municípios, era tudo centrado aqui em São Luís. Eu iniciei, inclusive, a alta complexidade em Imperatriz, mas era só São Luís e Imperatriz e, hoje, nós citamos aqui, são números de cirurgias, de alta complexidade, de estrutura que funciona em todo o estado. E isso é que é bom que a gente coloque. Então, eu fico feliz, nós precisamos destacar os avanços, porque inaugurar é muito fácil, agora manter uma rede é muito difícil. A gente precisa, então, parabenizar, porque, graças a Deus, o nosso estado avança muito na saúde pública.
O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (aparte) – Deputada Helena, eu queria agradecer, primeiro, a Vossa Excelência ter por ter citado o meu nome como ex-secretário, mas reconhecer também o seu trabalho à frente da Secretaria, sobretudo, a mudança de visão a partir da sua sugestão de construir, de fato, um sistema de saúde que ele seja de Estado, não seja de Governo. Eu acho que a grande dificuldade das políticas de saúde é a manutenção da continuidade delas. E cada um deu, colocou seu tijolinho para este grande sistema que a gente tem hoje. Eu acredito que a gente avançou, avançou bem, nos últimos anos, continua avançando, não é algo simples, não é algo fácil, é algo que depende de uma integração federativa, que eu acho que isso a gente ainda deve, de conseguir amarrar mais as políticas municipais, as políticas estaduais, para que quando o Estado entre o município não retraia seus investimentos, pelo contrário, a gente precisa de investimentos em conjunto de todos os entes, para, de fato, conseguir trazer mais recursos, conseguir trazer mais qualidade de vida à população do Estado do Maranhão. E quero poder parabenizar a V. Exa. porque tem, sim, um marco, tem sim uma diretriz na gestão e a partir de V. Exa., a partir do seu mandato como Secretária de Saúde, não desmerecendo ninguém, mas é a partir daí que a gente tem a construção desta política que se consolida, e espero que se mantenha, sobretudo, como política de Estado, política de saúde enquanto política de Estado mais do que como política de Governo.
A SENHORA DEPUTADA DRA. HELENA DUAILIBE – Obrigada, meu amigo Deputado Carlos Lula, e a gente agradece muito o carinho, a atenção, na verdade, eu devo este trabalho, e não poderia deixar de agradecer a grande equipe que esteve comigo lá na época que eu era Secretária de Saúde. E eu quero aqui citar o Dr. e professor José Márcio Soares Leite, porque isso foi construído com uma equipe juntos que fez com que eu pudesse, em apenas dois anos, fazer aquilo que era importante para o Estado, que era habilitar o Estado na gestão plena, que começou toda esta transformação. Muito obrigada. E vou trazer sempre a questão da saúde desta forma, carinhosa, emocionante, porque, como disse, desde pequenininha, eu queria, Presidente, ser médica, eu brincava com as minhas bonecas, cuidando delas como se eu fosse médica. Então, eu sei que o bem da saúde é o bem que toca todo mundo, é o que faz realmente com que você não esqueça, naquele momento difícil, como está sendo atendido. E esse fortalecimento, como eu disse, do Sistema Único de Saúde é importantíssimo, porque as pessoas hoje têm a segurança de procurar o Sistema Único de Saúde; para qualquer classe social, é muito importante. Muito obrigada.