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Grande Expediente Fred Maia

30 de setembro de 2025

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, senhores e senhoras aqui presentes, Presidente, a todos os Deputados, a toda a imprensa que acompanha esta Sessão. E dizer que, para a gente, mais uma vez, Presidente Deputado Antônio Pereira, é uma grata satisfação a gente estar aqui de volta a esta Casa para cumprir o nosso papel. O papel que o povo do Maranhão nos dá de representar todo o Estado do Maranhão, e cada um de nós, mais especificamente, as suas regiões, onde todos têm os seus redutos eleitorais, a sua casa de fazer política e levar o melhor para a população de onde você tem o maior apreço e tem ali todo aquele cuidado. Então, quero relatar aqui que, enquanto estive aqui, no ano passado, como Deputado, não terminei todo o mandato, porque também eu sofri acidente em setembro, quebrei a perna, então passei a ficar também na cadeira de rodas, usando a muleta. E só quem sabe é quem passa. Mas hoje, graças a Deus, nós estamos aqui para trazer o nosso trabalho da região do Médio Mearim, falar a respeito da cidade de Pedreiras, da cidade de Trizidela do Vale, de Lima Campos, de Bernardo do Mearim, de Igarapé Grande, Poção de Pedras, Santo Antônio dos Lopes, Santo Antônio dos Lopes, Lago dos Rodrigues, Lago do Junco e São Luiz Gonzaga. Então, em especial aqui, para começar, a gente quer falar dos avanços que estão acontecendo, apesar de a gente não estar aqui nessa Casa o tempo todo, Deputado Segundo, mas, graças a Deus, as amizades, Deputado Kekê, que a gente planta na vida, faz com que a gente consiga ter acesso a pessoas que podem nos ajudar. E hoje nós temos, graças a Deus, a liberdade de estar transitando em todas as áreas do Governo do Estado do Maranhão, em um diálogo franco, um diálogo franco que é aquele diálogo onde a gente procura conversar com pessoas que possam levar o melhor para as nossas cidades, para os nossos municípios, para as pessoas que realmente precisam desse apoio do Governo do Estado. Então, sempre que procuro o Governador do Estado, ele nos atende prontamente e sempre muito solícito e ele é muito positivo, quando pode, pode, quando não pode, ele diz, neste momento ainda não dá para a gente fazer isso aí, mas, em breve, isso vai acontecer. Neste contexto todo, todo mundo sabe que Pedreiras é uma cidade que, apesar de ter o Rio Mearim, ainda sofre com o problema do abastecimento de água. Em 2021, a Prefeita Vanessa Maia veio aqui, eu não tinha sido nem candidato a Deputado. A Prefeita veio com os Vereadores, comigo, como liderança política, onde fomos conversar com o diretor da Caema, Dr. Marco Aurélio, para a gente solucionar, ou pelo menos amenizar o problema de falta de água nas partes altas da cidade de Pedreiras. E foi um compromisso assumido em 2021, perante a Prefeita, perante os Vereadores. Eu também estava nesta reunião, e que isso veio ao longo dos anos, se arrastando, mas que, graças a Deus, este ano, este compromisso está sendo cumprido com a cidade de Pedreiras Eu enalteço aqui o Dr. Marcos Aurélio, que disse que iria na cidade de Pedreiras, quando ele fosse realmente levar uma coisa de relevância, Deputado Antônio Pereira, que será este poço que irá alimentar o Morro do Calango, que é uma parte muito alta, que não vai água de jeito nenhum. Lá a prefeitura mantém 3 carros-pipa, para levar água a esta comunidade. Então é muito difícil, não é bom, só sabe quem passa esta dificuldade, dentro da cidade este problema. Então, com esse poço artesiano que foi furado ali vizinho ao Hotel São Pedro, que o senhor conhece, bem colado ao Hotel São Pedro, foi perfurado um poço artesiano de 300 metros de profundidade. Já está sendo feita a ligação, ali já foi feita a ligação que irá levar a água para o morro do Calango, para a rua do Cajueiro, e também para a rua lateral, ali é o Sabão Princesa, que também vai ser recebido água do poço, vai ser a água que será injetada diretamente na rede para dar pressão para subir a água nessas partes altas. Então. com esta água que será injetada nesta parte, vai ter a pressão da própria água da estação de tratamento vai subir nas outras partes altas também, que é a parte lá do morro da Piçarreira. Então, essas manobras que serão feitas com a entrada desse poço vão amenizar várias situações, e também, lá no parque Henrique, através de uma parceria público-privada, com o nosso intermédio, nossa pessoa, junto com a Prefeita Vanessa Maia e o proprietário do loteamento. O proprietário doou um poço artesiano e está terminando de construir uma caixa d’água de 250 mil litros, uma caixa d’água de concreto de 250 mil litros, que essa caixa vai ser doada ao município. O município, em seguida, doará essa caixa para a Caema, fazendo uma permuta, Deputada Fabiana, porque ameniza o problema de água também ali da região do Vale da Serra, lá do hospital regional também, que sofre também com o problema de falta de água, aquela região do Diogo. Então, todo esse contexto que está acontecendo na zona urbana de Pedreiras, que dentro de poucos dias isso se tornará uma realidade. Não, ainda não está realizado, concluído a questão do poço principal, por causa da senhora empresa Equatorial. Para vocês terem uma ideia, olha só o que a Equatorial faz, a Caema perfura um poço 300 metros de profundidade para levar água e dignidade às pessoas, e para a Equatorial ligar a energia para a Caema, ela pediu 120 dias de espera, Deputado Lula, para poder ligar a energia para que o poço possa funcionar. A Caema está com o poço lá, transformador no chão, toda a estrutura pronta, mas tem que esperar a boa vontade da Caema, que ainda não inteirou os 120 dias, apenas vai fazer uma interligação na entrada da cidade, onde tem rede de baixa, de alta, de média, de tudo que é rede que você imaginar tem lá. Hoje é esse o trabalho que a Equatorial faz. Esse mesmo problema nós estamos tendo com a construção de uma UBS gigante que a Prefeita Vanessa conseguiu viabilizar junto ao Governo do Estado. Foi pedido a viabilização da energia para a construção da UBS, estamos lá, a Equatorial não ligou a energia. A empresa, em parceria com um vizinho, puxou a energia da casa do vizinho, passando no medidor da casa do vizinho. E hoje, a Equatorial foi lá e desligou a energia, porque estão usando as duas betoneiras para fazer massa para a construção da UBS, ligar uma makita, ligar uma furadeira. Pois a Equatorial teve essa gentileza hoje de ir lá e dizer que eles não podiam puxar a extensão da casa do vizinho, mesmo a extensão estando passando no medidor da casa do vizinho, porque o rapaz da obra se comprometeu a pagar toda a energia da casa do vizinho. Aí puxou uma extensão de 150 metros, e eles foram lá hoje e desligaram. Então, a Equatorial é uma empresa única no Brasil, como se diz, é um monopólio, que todo mundo é obrigado a aceitar o que a Equatorial faz. Qualquer um de nós aqui que pegar os papéis de energia e botar em um prego, que nem o caboclo faz lá no interior, bota lá no prego, quando você terminar o ano, tem 13, 14 papéis de energia, o ano tem 12 meses, mas quando você termina o ano, tem 13, 14 papéis de energia. O mês nem se acaba, já chega o papel do mês seguinte para pagar no final do mês. Se o outro mês nem começou, como é que você já tem o papel com a previsão do que eu vou gastar no mês que nem começou? Eu chego lá de casa para pagar 26 de setembro, o papel, eu estava em agosto ainda. Que diabo é isso?! Como é que pode um negócio desse?! E é o Bita do Barão, é, que adivinha as coisas a Equatorial?! Só pode ser. E desse jeito nós vamos sendo roubados. A realidade é essa aí. Cria taxa não sei de que, taxa não sei de que, se você atrasar o papel, vem o juro, no papel do mês seguinte, depois ele cobra juro de novo. Então, assim, eu acho que a Assembleia, todos os Deputados deviam convocar, a gente devia convocar explicações reais do que a Equatorial faz com os consumidores, é um abuso isso aqui, é uma falta de respeito. Só tem ela, nós não podemos reclamar, nós não podemos brigar. A prefeitura entrou na Justiça para poder ligar a energia lá da UBS, o juiz decretou, desde o dia 22, uma multa diária de R$ 1 mil se eles não ligassem a energia, mas lá, eles nem dão atenção. Hoje é dia 30, nunca ligaram. Aí recorre, joga para cima, os lobistas que eles têm junto à Justiça é todo o tempo derrubando, correndo atrás. E quem se prejudica? O povo. A UBS, que é para ser construída em 120 dias, fica sendo atrasada porque a Equatorial não quer fornecer energia, e não é de graça, é paga. Isso é que é o mais revoltante. Então, essas coisas que a gente tem aqui como Deputados, a gente tem que fazer algo acontecer diante do abuso que a Equatorial faz hoje com os consumidores. O empresário chega à cidade, vai fazer o loteamento, ele compra a terra, prepara a terra, faz o asfaltamento, coloca a água, coloca a energia, para ligar a energia ele tem que chegar lá e dizer: “Olha, Equatorial, eu coloquei aqui quatro transformadores, coloquei 50 postes”, e aqui tem que doar para a Equatorial poder ligar a energia do loteamento. E o empresário não é ressarcido em nada. Em nada. Ela recebe tudo de graça e depois vai passar o resto da vida vendendo energia e cobrando. Nós tivemos um problema lá em Peritoró, onde estourou transformador, Pedreiras, Lima Campos, Trizidela, ficamos lá mais de seis horas, oito horas sem energia. Um total despreparo. O hospital parado, foi uma loucura, correria danada, clínicas paradas, as pessoas com seus freezers, com produtos perecíveis, perderam tudo. Vocês sabem o que a Equatorial respondeu? Nada. Porque ela não tem satisfação para dar a ninguém. Ela é soberana e é vergonhoso para nós, autoridades constituídas pelo povo que estamos aqui, nós não tomarmos uma providência em conjunto, porque esse problema não é só lá em Pedreiras, é do Maranhão inteiro, é do Estado inteiro. E isso é uma vergonha. Vendem energia e não entregam por 220 volts. Lá na minha fábrica mesmo, é queimando máquina direto, prejuízo em matéria-prima. Eu fui descobrir que eles estavam desviando a energia de Trizidela, fizeram um jumper; se fôssemos nós, era um gato. Fizeram um jumper para eu mandar a energia de Trizidela para São Luís Gonzaga. Resumindo, a energia não chegava com a voltagem certa, a máquina não funcionava, não soprava a garrafa e prejuízo para a empresa. Isso é a realidade hoje sobre que a Equatorial entrega para o maranhense. Do mesmo jeito no Piauí, é do mesmo jeito que lá também é a Equatorial. Então eu quero falar do Maranhão, sobre essa situação de ser submisso, sobre o Estado esperar por 120 dias para ligar uma bomba para poder botar um poço para funcionar, para resolver o problema de água da parte que não tem água em Pedreiras. Isso é vergonhoso, gente, é vergonhoso. E de quem é o problema? Da Equatorial. Lá no da UBS, ela disse para a Prefeitura que é porque lá não tem a rede de baixa. E o poço artesiano da Caema que está feito lá, que passa uma rede de 380 em cima? Passa rede baixa, passa rede alta, passa tudo. O que é o problema? 120 dias para poder ligar uma energia. Só botar lá e ligar 3 canelas, porque é a própria empresa que tem que montar. Lá em Pedreiras, a prefeita climatizou todas as escolas. 100% das escolas de Pedreiras são climatizadas, no ar-condicionado, zona urbana e zona rural. Todo mês estoura um medidor de energia, um fogo come na parede. É aquela agonia, aquele desespero. Por quê? Porque o medidor que a Equatorial usa não suporta os ar-condicionado que os prefeitos estão colocando. Aí sabe o que é que a Equatorial diz? Ah, porque a carga está muito alta. E quem é a obrigação de botar energia, manter a energia no padrão? Não é de vocês? “Não, vocês têm que botar uma subestação.” Então, todos os prefeitos hoje que estão preocupados em climatizar as salas de aula, têm que se preparar primeiro para fazer uma subestação, colocar um transformador de 75 para poder ajudar na rede ao redor da escola, para as casas vizinhas poder ter energia, para ligar o ar-condicionado, para a criança estar no ar-condicionado. Olha só a que ponto nós chegamos. E isso é a Equatorial. Hoje de manhã, eu liguei para a encarregada lá em Bacabal, a senhora Laís. “Senhora Laís, o que vocês estão fazendo isso não existe.” Foi feita uma extensão da casa do vizinho lá da obra, e o cara está pagando a energia. Ele não está desviando energia, vocês foram lá arrancaram o fio. E são autoritários, tudo cheio de razão. Então essa é a realidade. Os prefeitos que estão climatizando as escolas todas as escolas estão pegando fogo no medidor. Lá em Pedreira, já foram mais de dez que pegou fogo no medidor. Mas por quê? Porque tem a carga dos ar-condicionado. Como as coisas mudaram. Hoje, graças a Deus, nós temos ar-condicionado nas escolas para a criança poder ter conforto para estudar. E hoje a gente não tem a energia suficiente para funcionar o ar-condicionado. Enquanto isso, está sobrando energia verde, energia limpa, energia eólica, energia solar, e o Governo querendo barrar, porque está produzindo demais, está dando pico na rede de distribuição. Olha que país de contradição é o nosso Brasil. Já estou imaginando que o Governador Carlos Brandão, a pedido nosso, furou-nos um poço lá no povoado Tira Leite, na divisa com o povoado Santa Cantilha. O poço artesiano lá, 300 metros de profundidade, está lá hoje, derramando 5 mil litros de água por hora. Um poço jorrante, a maior riqueza que já pode ter visto lá em Pedreiras, está lá derramando, esperando a equatorial também ir lá, para poder ligar a energia para a gente poder canalizar, colocar na caixa para jogar na casa das pessoas. Tudo o que é? É a equatorial. A gente tem que estar esperando a boa vontade da Equatorial. Imagine se fosse de graça, porque depois é ela quem vai receber. Então, todo esse contexto que está acontecendo, hoje, eu acho que era bom nós tomarmos par disso, Senhores Deputados, e que a gente fizesse em conjunto uma convocação de alguém aqui da empresa da Equatorial, para poder acabar isso. Porque isso não é só em Pedreiras, não é só em Trizidela. Trizidela também lá teve várias escolas em que pegou fogo os transformadores. É em todo o Estado do Maranhão. Barreirinhas, você vai para a Barreirinha, liga o ar-condicionado, quando dá muita gente, o bicho faz bum-bum-bum. Não vai para a canto nenhum. Hoje, quem compra uma casa em Barreirinhas tem que botar um gerador, porque se não vai passar a noite matando muriçoca, a energia não presta. Um negócio daquele ali que é uma riqueza para todos nós e a energia não presta, de quem é culpa? É do Governo? Não, o Governo está levando investimento, o Prefeito está fazendo investimento, está melhorando cada vez mais as coisas, mas, infelizmente, o básico que é para ter a empresa de energia, a concessionaria, não estar levando. Então…

A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO – Deputado Fred Maia?

O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Pois não, Deputada.

A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO – Posso apartear?

O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Pode sim.

A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO (aparte) – Nós estamos enfrentando este tipo de problema, no Hospital Regional, em Viana, onde o transformador lá não segura energia e já, por diversas vezes, queima a placa do tomógrafo do Hospital Regional, aí causa aquele transtorno, já, por diversas vezes, já aconteceu isso de queimar o tomógrafo do Hospital Regional, em Viana, visto que todas as vezes quando é o período da noite que vai se usar o aparelho, não consegue, ao ligar queima, porque não segura a energia e causa aquele transtorno e V.Exa. sabe que a população não aguenta ver isso toda hora, é necessário dentro dos Hospitais, principalmente Regional, fazer este tipo de exames, leva aí um prejuízo porque são mais dias parados o tomógrafo, até que se conserte ou cause aquela situação, aquele problema dentro do Hospital Regional, justamente do que você está abordando aí. Então, eu reconheço esta dificuldade e tem que ser visto, e a gente tem que lutar para que a gente possa ter maior assistência enquanto esta, a Equatorial. Muito obrigada, Deputado.

O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Obrigado ao seu aparte, Deputada. E dizer que isso é uma realidade. A Prefeita Vanessa Maia teve que fazer agora a instalação de um gerador, colocou logo um gerador gigante, 230 KVA, no hospital, lá em Pedreiras, porque passamos lá, Deputado Catulé, mais de 12 horas sem energia.

O SENHOR DEPUTADO ALUÍZIO SANTOS – Deputado Fred.

O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Pois não, Deputado.

O SENHOR DEPUTADO ALUÍZIO SANTOS (aparte) – É, este tema que o senhor, quero lhe parabenizar pelo seu pronunciar.

O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Obrigado.

O SENHOR DEPUTADO ALUÍZIO SANTOS (aparte) – Que é um tema muito importante e acho que a gente aqui na Casa temos, de fato, de voltar estes olhares em relação a Equatorial, porque esta situação é no Maranhão todo. Eu tive, estou tendo como experiência em Chapadinha naquela região do Baixo Parnaíba e, de modo especial, Chapadinha, Vossa Excelência falando aqui da questão da climatização das escolas, a gente tem em Chapadinha todas as escolas climatizadas. E nós temos escolas que estavam, um ano, feito o pedido para ampliação de rede, a ligação de água, que comemorou um ano a gente com as escolas, com o aparelho de ar-condicionado sem poder funcionar, porque a Equatorial não dá conta de resolver o problema para que possa sustentar e muitas das escolas, a gente já fez com outros projetos. A prefeitura já colocou os projetos, já com subestação, mas não consegue fazer a ligação. Faz um pedido, a Equatorial está lhe mandando um orçamento, muitas vezes, chega quase a um milhão de reais para você poder levar uma rede, que é de responsabilidade dela, para poder vender o produto, como o senhor bem frisou com sua fala. Portanto, eu quero parabenizá-lo pelo seu pronunciamento. E dizer que este é um problema que todos nós, como Deputados, que viemos aqui dos municípios e temos estas regiões que a gente passa por essa dificuldade. Não só de saúde, como falou bem aqui a nossa Deputada Mical, mas também na questão das escolas, porque é inadmissível hoje um prefeito, que está sendo batido muitas vezes na sua cidade por uma situação que não é de sua competência, porque a sua parte você já fez, que é a questão de climatizar as escolas, estruturar, e a companhia não consegue colocar esse fornecimento adequado. Eu estive na semana passada lá com o Zé Jorge, conversando sobre essa situação. O Dr. Zé Jorge nos atendeu, fez várias ligações para as regionais. Para a mim, a regional é de Timon, e a gente está nessa caminhada, e você pode ter certeza de que seu pronunciamento aqui hoje é muito oportuno, e a gente se associa e quero lhe parabenizar.

O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Seguindo aqui, eu queria dizer, nobre Deputado, que essa mesma coisa que aconteceu lá. Eu era prefeito de Trizidela do Vale, consegui uma escola de seis salas para fazer no povoado de Morro dos Caboclo, Deputado Antônio. E o prefeito que consegue concluir uma obra do FNDE, ele tem que ganhar uma estátua, ou então um troféu, porque o FNDE chama-se desmoralizador de prefeitos, porque o dinheiro mais difícil que existe para receber no mundo é para você conseguir arrancar um recurso do FNDE. E eu, com muita luta, consegui fazer a escola belíssima do povoado Morro dos Caboclo. Aí você climatiza a escola, vai inaugurar a escola, aí: “Não, a energia do povoado não suporta”. Sim, e aí? Quer dizer que eu fiz essa escola bonita, com o sofrimento maior do mundo para fazer, e agora a escola climatizada não vai ligar o ar-condicionado, porque a Equatorial não tem energia? Aí eu fiz o quê? Peguei um gerador, aluguei um gerador grande, coloquei lá dentro da escola e liguei o gerador, passou 15 dias queimando óleo diesel lá, e eu entrei com um processo contra a Equatorial para ela pagar a despesa do gerador. Aí eles foram lá e fizeram a troca de transformador do povoado. Hoje a escola está lá, continua bonita, foi o Fred Maia que construiu, inaugurou e climatizou. Lá em Pedreiras, tem um amigo meu, Zé da Cruz, o cara era servente de pedreiro, passou a ser pedreiro e depois mestre de obra, e muito inteligente. Hoje, ele é dono de um pré-moldado grande que nós temos na cidade, ele comprou umas máquinas novas para fazer aduelas maiores de 1,5m, nobre Deputado, e aquela aduela de boca para fazer passagem em estradas que requerem mais peso em cima das aduelas. E passou um ano e meio a Equatorial para poder ligar a energia dele, porque ele tinha que fazer uma derivação de 300m. E eu fui para cima brigando, reclamando, mostrando, e precisando do material que ele faz, e o cara sem poder produzir, porque não tinha energia. Isso é um verdadeiro absurdo. Em Pedreiras, hoje está sendo construído um dos maiores frigoríficos que vai ter também no Estado do Maranhão, o Agrosítio, previsão inicial de matar 100 bois por dia e para mais de 500 suínos, que a parte forte vai ser a parte de suínos e embutidos. O que a Equatorial já exigiu que o Bruno lá, a proprietária fizesse lá para ela poder colocar energia, já está passando em torno de R$ 2 milhões de investimento só para poder ter a energia, porque eles dizem que você que tem que fazer isso, você tem que fazer aquilo. Então, isso é o que é revoltante, hoje o empresário quer investir numa cidade, chega, mas não tem energia boa. Hoje o prefeito coloca um ar-condicionado na escola, mas não pode ligar, porque não tem energia para sustentar os ares-condicionados. Essa é a nossa situação. Vi agora, na Igreja de Santa Teresinha, foi feita a doação de dois ares-condicionados, os fiéis todos felizes, o padre rindo com os dentes tudo para o lado de fora, meu amigo. Aí, quando foi no dia da missa da inauguração, quem disse que o ar-condicionado funcionou. Não, a rede não puxou. Então, assim, eu acho que chegou a hora, Senhor Presidente, para que a gente possa fazer um requerimento aqui nesta Casa, convocando quem realmente pode dar satisfações para que a gente possa resolver esse problema da energia, do fornecimento da Equatorial e o tratamento para com os consumidores. Então, eu agradeço a atenção de todos. Quero dizer que para mim é um motivo de alegria. Quero aqui também agradecer ao coronel Célio Roberto, que ontem eu estava vindo para cá, em Pedreiras e Trizidela, o caminhão ABT de apagar incêndio, que a questão de incêndio urbano hoje está uma loucura. O pessoal vai limpar o quintal, toca fogo ali, quando pensa que não, queimam a quinta, atrás da casa, aquela loucura. E ontem eu liguei e automaticamente ele garantiu que hoje mandaria outro carro lá para o Corpo de Bombeiros de Trizidela do Vale, que também foi na nossa gestão que inauguramos esse Corpo de Bombeiros, foi um ganho para a região de Médio Mearim, que está precisando de uma atenção melhor, mas, imediatamente, o coronel Célio disse que iria mandar outro carro para lá para poder dar o suporte. E ontem teve um incêndio grande lá na vegetação, e o único carro que estava tendo lá era uma L200 com tanque de 500 litros para os bombeiros poderem apagar um incêndio de grande proporção. Aí vai para onde? Para a prefeitura, que tem que mandar os carros-pipa, que é o carro-pipa que leva água, mas tem que ir lá para ajudar a apagar o incêndio. Então, a gente fica feliz em saber que a gente liga para as autoridades, as autoridades imediatamente atendem. Também agradecer ao Secretário Orleans Brandão, porque eu estava no meu gabinete e chegaram três alunos: “A gente queria falar com o senhor”. Eu disse: “Pois não”. Os alunos fardados: “É porque nós viemos aqui pedir para o senhor falar com o governador”. Eu disse: “Podem falar”. “A gente quer uma escola para estudar. A gente não aguenta mais”. E eu não sabia porque eu fui votar, Deputado Antônio, lá e fui na cadeira de rodas, quase que eu não entro na sala de votação porque o piso era arrancado, um negócio feio, um negócio desmantelado. Eu liguei para o Orleans, eu disse: “Eu vou ligar aqui, vou queimar o cartucho aqui, ver se o cabra me atende”. Deu duas tocadas, e ele atendeu. Eu disse: “Orleans, eu estou aqui com três alunos do Colégio Oscar Galvão, e eles estão pedindo aqui para começar a reforma da escola, que não tem mais condições”. Ele disse assim: “Fred, nós estamos sabendo o estado em que está a escola. Pode garantir para eles… Eles iam fazer uma paralisação na quinta-feira. “Garanta para eles que, na quarta-feira, a obra começará imediatamente”. Na quarta-feira, a obra começou, e hoje a escola ficou um espetáculo, é uma escola do Governo do Estado. Fiz aqui o requerimento pedindo, outros também pediram, e o mérito é de quem? Do governador por ter atendido aquelas crianças. Eu fiquei tão impressionado que eles são três jovens, e os cabras entendidos conversando com eles, puxando assunto com eles, a conversa aprumada, não era aquele menino velho e besta, não. E aí eles disseram tal e tal, Orleans vai fazer. Hoje a escola está praticamente terminada a reforma, toda muito bem-feita. Eu acompanhei, fiz três visitas a essa escola e eu só tenho a parabenizar o Governo do Estado, o Orleans, ao Secretário Maurício, ao coronel Célio, e também à Secretaria de Educação e, especialmente, ao Dr. Aparício, que não tem medido de esforço também para mudar a logística do Estado do Maranhão, fazendo o que ele está fazendo. Muito obrigado. Que Deus abençoe a todos, porque se Deus é por nós, quem será contra nós.