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Grande Expediente Fred Maia
23 de outubro de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, senhores e senhoras aqui presentes, Senhor Presidente, Senhores nobres Deputados, que estão aqui hoje, nesta quinta-feira, 23 de outubro. Em virtude do que a gente viu e presencia, eu também me inscrevi hoje cedo para fazer parte deste Grande Expediente exatamente por isso, porque não poderia deixar de mencionar também a minha preocupação e mostrar também que eu acho que o que é justo e verdadeiro tem que ser mostrado. Nosso País vem passando por uma situação delicada em termos de segurança pública, devido não, eu tenho consciência disso, soldado Leite, à coragem das entidades e dos policiais de enfrentar a bandidagem, mas devido à lei que hoje nós temos e que está retrógrada, onde o bandido está tendo mais vantagem do que nós, cidadãos de bem. Então, nós aqui, como os Deputados estaduais, nós não podemos mexer lá em cima, mas eu acho que nós podemos também levantar nossas vozes para convocar os nossos Deputados federais para que façam alguma, uma mudança radical nas leis que hoje nós temos em nível nacional, para poder endurecer cada vez mais a questão da bandidagem no nosso País. O que a gente está vendo é um crime organizado, muito organizado e, principalmente, muito bem financeiramente. As investigações da polícia vão para cima, Deputada Fabiana, prende armamentos, fuzis, tudo no mundo, e, às vezes, na audiência de custódia, o bandido é solto. Às vezes, o juiz pergunta para ele assim: “O senhor foi maltratado?”. O juiz tem que perguntar “o senhor”, aí o “cabra” que o pai lá pegou um tiro, que está lá, sobre a bala. O policial que arriscou sua vida e deixou sua família em casa, às vezes, é mais condenado do que o próprio bandido. A gente vê as coisas acontecendo e não consegue entender a magnitude que tudo isso cresceu. Eu estava assistindo agora há pouco ao trabalho do delegado Charles, lá do Draco, lá de Teresina, onde ele apreendeu 246 kg de maconha, só num ônibus que vinha de São Paulo, 246 kg de maconha. Eu acho que o “cabra” disse que era para consumo próprio. Aí prende, quando dá 30 dias, o traficante está solto, e o policial tem que estar respondendo. Eu volto aqui para nossa realidade, como está acontecendo na cidade de Pedreiras. O negócio desandou, desandou, e eu, em cima, cobrando, desde o final do ano eu cobrando, cobrando, cobrando. Eu sei que chegou um ponto que foi trocado o comando, falei com o Secretário Maurício, disse que nós vamos trocar o comando, trocou o comando da Polícia, colocou lá o coronel Brandão. O coronel Brandão chegou, na primeira semana fez uma operação com o pessoal do Cosar de Bacabal. Não é que a Polícia foi matar, mas que os “cabras” são “morredores”, pegaram uns tirinhos e morreram, matou três, morreu três. Aí resolveu, limpou, ficou assim o sossego a cidade. A Polícia não vai para matar ninguém, ela vai lá, agora, se o cara vai atirar no policial, o policial não pode ficar esperando. Então, o trabalho da Polícia tem que ser constante, Polícia não é para chegar no meio de rua falando sim ou não com bandido, não. Bandido só atende na ponta da pistola, na ponta do fuzil, ou vai para cima para resolver ou não adianta. O que nós temos hoje aqui, o que está acontecendo aqui é que o que a gente vê dos investimentos que o Governo do Estado está fazendo. A gente vê que os resultados estão aparecendo, o comandante geral, coronel Wallace, junto com o Secretário Mauricio, fez a operação só agora, dentro de um mês, foram presas 1.300 pessoas aqui, só na região de São Luís, 1.300. Mas tu sabes, desses 1.300, quantos já pariram? Quantos já cresceram? Um bocado, porque vem o outro e assume o que aquele que está preso fazia. Então, o que a gente vê, o investimento que o Governo do Estado faz na segurança. Só agora foram entregues 740 viaturas para as forças de segurança, Polícia Militar, Bombeiros, Perícia Criminal, um lote de mais 60 viaturas que estão chegando agora, o maior plano de reestruturação de delegacias do Estado do Maranhão, 140 delegacias já foram contempladas. Eu lhe digo de passagem que a de Pedreiras ainda não foi, mas semana passada eu estive lá na Segov, Deputado Cláudio, pedindo agilidade lá do nosso secretário para começar a reforma da delegacia lá de Pedreiras, porque Pedreiras é uma região que tem a delegacia regional, compete aquela região todinha, e todas as ocorrências vêm para Pedreiras. Então, são com trabalhos como esse, que estava sem o plantão policial, que estava tendo que levar um bandido até Caxias. Entrei em contato com o secretário há 15 dias, contei para ele a situação. Ele: “Vamos mandar resolver”. Já foi resolvido. Hoje, Pedreiras não precisa mais a noite ter que deslocar uma viatura até Caxias para poder fazer a ocorrência de um detido. Ontem mesmo, estivemos aqui junto com a Presidência, a Presidente recebeu todos no seu gabinete, o pessoal do concurso. O governador chamou já um monte de gente, quer chamar este pessoal aí, mas tem o que no meio? O MP, todo mundo sabe como é a situação para se trabalhar com o Ministério Público, tem que ter um parecer, tem que ter um entendimento, porque se é de fazer o concurso agora vamos chamar esse pessoal que está aí. O Deputado Wellington estava com o pessoal, fomos lá com o Deputado Davi, Deputado Florêncio, deputada Ana, fomos lá junto com a Presidente, com o Deputado Antônio Pereira, recebemos este pessoal no gabinete. A Presidência se prontificou em conversar, fazer o diálogo entre a Assembleia, Governo do Estado e o Ministério Público para que o governador possa nomear estas pessoas. O governador, Deputado Arnaldo Melo, ele quer chamar. O governador quer chamar mais gente, mas sempre tem um embargo da questão da Justiça. Nós sabemos que tem um passo a passo a se fazer. Nem todas as vezes que o governador ou o prefeito quer fazer, é da vontade dele. No Ministério Público, tem um tal chamado do TAC eu chamo de “taca”, porque depois que o prefeito assina um tal de TAC daquele nunca mais ele tem paz na vida dele. É um inferno. É TAC para cá, TAC para lá, é só taca, porque tudo no mundo quer colocar para que a prefeitura assuma. A prefeitura tem que tomar conta disso, mas isso não é obra da prefeitura, não é condição da prefeitura. Não, mas a prefeitura tem que ver isso. Então, estas são as realidades. Hoje, o Estado do Ceará hoje está perdido para os bandidos. O governo do Ceará perdeu o Estado para os bandidos. O Governo do Ceará hoje está perdido, mandaram fechar uma cidade no Estado do Ceará e eu tenho fé em Deus que isso aqui, no Maranhão, não vai acontecer. Porque, por meio do Governador Carlos Brandão junto com o Secretário Maurício, não vai deixar isso acontecer. Mas para isso que não aconteça, a gente tem que ter homens na rua, vamos ajudar a polícia, vamos colocar emendas para a Secretaria de Segurança para colocar mais viaturas nas ruas. Os deputados têm que colocar emendas para Secretaria de Segurança vamos comprar motos porque a moto do grupo Águia, ela tem a efetividade maior no interior. A polícia chega mais rápida, lá na ponta, agora mesmo, a gente conseguiu mais duas motos para Pedreiras e o efetivo melhorou muito no combate a assalto. Porque a moto dá a resposta rápido porque os meninos danados, eles pegam a Pop, tiram o filtro de ar, uma Pop dá 130, que a Pop foi o diabo que inventou, porque não se acaba não! Vão fazer parada, pega e passam a noite arregaçando, fazendo zoada, andando em um pneu e o que a polícia tem que fazer? Abordar. A polícia é para abordar mesmo, é como eu digo, a polícia foi feita para abordar. Ah, mas eu sou cidadão de bem, ninguém tem na testa dizendo que é cidadão de bem. Você chega, se identifica e deixa a polícia fazer o trabalho dela, se você for um cidadão de bem, ela vai lhe tratar como cidadão de bem; agora, se não for tem que ir para a regra da lei. E hoje, o que eu vejo no Estado do Maranhão o trabalho que está sendo feito não é fácil, por quê? Porque estava um pouco desgastado, a gente sabe dessas situações como estava e como estão hoje. A gente tem consciência do trabalho que o Governo do Estado está fazendo. E volto a dizer, quem está lá na ponta, que está no interior, que conhece a realidade, que fala com povo, que sabe, a coisa melhor do mundo é quando eu chego no mercado, dia de domingo e o caboclo vem dizer: rapaz, a polícia estava virada num Tracke esse final de semana”. Aí está bom, desse jeito é que eu gosto. A polícia faz o trabalho dela, deixa a polícia trabalhar. Automaticamente, quando você quer politizar a polícia, não dá certo. Muitas vezes, no interior, acontece a politização do comando da polícia.
O SENHOR DEPUTADO FLORÊNCIO NETO – Deputado Fred, quando possível, me conceda um aparte.
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Arrocha, diga aí.
O SENHOR DEPUTADO FLORÊNCIO NETO (aparte) – Deputado Fred, agradecer a V. Exa. por me conceder um aparte. Traz hoje aqui à nossa Casa um tema importante, que está sendo discutido aqui por nós, mas que é falado também pelo cidadão, pelo maranhense. E me preocupa, Deputado Fred, quando eu vejo um tema dessa relevância ser possivelmente abordado com viés político. Eu vou lhe dizer por que eu estou afirmando isso. Afirmo isso porque o problema de segurança pública não é um problema do Maranhão especificamente, o problema de segurança pública é um problema nacionalizado, que está muito além de cor partidária, de partido de esquerda, de partido de direita, ou de viés ideológico “a”, ou de viés ideológico “b”. V. Exa. trouxe aqui a realidade de alguns Estados. Se fosse um problema específico alojado no Maranhão, talvez fosse um discurso que coubesse, que eu ouviria e talvez não me manifestaria. O que a gente precisa fazer é o que V.Exa. trouxe aqui, discutir e de maneira efetiva propor soluções para um problema grave que atinge todos nós, e que atinge o Brasil de uma maneira geral. E eu quero dizer a V. Exa. que eu não tenho visto acomodação por parte do governo, eu não tenho visto desleixo do governo, eu não tenho visto afrouxamento do governo, ao contrário, convocação de novos policiais, possibilidade de novos concursos, novas viaturas sendo entregues, novas delegacias sendo reformadas em todo o Estado do Maranhão, convocação também da Polícia Civil, reforçando esse aparelhamento. É claro que nós temos um déficit de muito tempo, mas é um tema que deve ser tratado afastando coloração partidária, Deputado Fred, é um tema que tem que ser tratado sem olhar outubro de 2026. Fred, é um tema muito importante que V. Exa. traz aqui e engradece a nossa Casa com um debate tão importante como esse. Agradeço o aparte concedi a mim por V. Exa.
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Obrigado, Deputado Florêncio. Isso tudo que eu falo aqui, Deputado, é com conhecimento de causa pessoal, Deputado Lula. Eu fui assaltado em 2010, no Rio Grande do Norte, na minha casa de praia lá, porque eu sou de lá, todo final de ano vou para lá, fui assaltado, me levaram tudo, com arma na cabeça, minha mãe, meus irmãos – e renovaram o assalto em 2020. Duas vezes a mesma casa de praia da gente. Na outra, roubaram até o meu carro. A minha mãe nesse dia enfartou, foi o pior dia da minha vida. O crime organizado no Rio Grande do Norte ultrapassou o do Ceará, Deputado Lula.
O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (aparte) – Deputado Fred, eu lhe agradeço o aparte e acredito que até as palavras do Deputado Florêncio estão corretas no sentido de dizer que a segurança pública não deve ser politizada. Então, é exatamente o caminho oposto que trilhou o Governo do Estado do Maranhão. Quem sabe o que acontece hoje no interior do Estado do Maranhão é exatamente que as policias foram politizadas. É a pior coisa que se podia fazer. E até debater isso com dados sérios: dois Estados apenas apontam para o crescimento de crime intencional ou crime contra a vida, homicídio, para ficar mais claro para quem está nos ouvindo, assassinato, só tem dois estados com tendência de crescimento em 2023, o anuário de ano a ano, 2003 e 2024, perdão. Dois estados só, o maior deles é o Maranhão. No Brasil inteiro, está decaindo. Veja, o problema de segurança pública de fato é um problema nacional, ele não é um problema local, ele não é um problema de São Luís. Ele é um problema a se enfrentar no país inteiro. Apesar dos dados, hoje, de violência serem melhores que os dados de 20 anos atrás, o Brasil melhorou, portanto, mas há uma tendência que o Maranhão não tem seguido. E aqui se, em 2024, a gente teve aumento, em 2025 vai ser um absurdo de aumento, porque eu não quero saber se é guerra de facção, Deputado Fred. Eu quero saber se eu me sinto seguro para estar em casa com minha família. Então, é muito triste eu ter que dizer para minha filha: “Olha, esquece saída hoje à noite, da faculdade tu vens para casa. Vai ficar em casa porque não está seguro.” É triste eu ter que dar palestra ontem e estranhar a faculdade vazia, com a inscrição absurda, de pessoas, e perguntar: Por quê? É que as pessoas não vieram por medo, porque têm que voltar de ônibus para casa e estão com medo. Então, é preciso debater, de fato, sim segurança pública, despolitizando isso. Não é com olhos em 2026, não é. Mas a gente tem um problema gravíssimo de segurança pública no Maranhão. Quem diz isso não é o Deputado Carlos Lula, são os números. Se em 2024 aumentou, em 2025 piorou. Então, Deputado Fred, já para encerrar o aparte, eu acredito que é hora de o governador tomar providência, como Vossa Excelência toma lá, quando tomou, era Vossa Excelência pessoalmente comandando lá em Trizidela. É a Prefeita Vanessa comandando lá em Pedreiras, pessoalmente, reune com a guarda e dizendo como que deve fazer. Então, cadê o governador, no meio dessa confusão? Está em Brasília, está em São Paulo, está não sei onde. Não, ele tem que estar aqui. Aqui, comandando a guarda, comandando a Secretaria de Segurança, dizendo como é que vai se proceder, organizando a Polícia Civil, com Polícia Militar, cumprindo os mandados de prisão em aberto. Quantas armas se apreenderam ontem? Não adianta fazer ação só para postar em rede social, isso não vai resolver o problema. Eu acho que o ponto é esse, V. Exa. está certíssimo. O problema de segurança é grave, gravíssimo, e deve ser tratado com seriedade. Obrigado, Deputado Fred.
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Obrigado, Deputado. Só a título de informação, somente essa semana foram realizadas 18 prisões na região leste da Ilha de São Luís e apreendidas 21 armas de fogo, 4 simulacros recuperados e 16 veículos roubados e furtados.
O SENHOR DEPUTADO NETO EVANGELISTA – Deputado Fred.
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Pois não, Deputado Neto.
O SENHOR DEPUTADO NETO EVANGELISTA (aparte) – Pensei que Vossa Excelência ia dizer: “Arrocha”.
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – “Tora” aí, bota para moer.
O SENHOR DEPUTADO NETO EVANGELISTA (aparte) – Deputado Fred, assim, Vossa Excelência traz de forma responsável um tema que deve ser tratado com responsabilidade. Vossa Excelência traz dados, Vossa Excelência traz o serviço que o Estado tem feito na questão da segurança pública. Vossa Excelência traz uma informação que, pela primeira vez, eu ouço aqui agora, um Deputado da bancada de oposição, o Deputado Carlos Lula falando que segurança pública é um problema hoje nacional; me aponte um estado, com exceção do Goiás, onde não tenha um problema grave de facção? É um problema nacional, um problema nacional que o Governo Federal, não só esse, mas o anterior também, que falava muito de segurança pública e nada fez na realidade também, não trata o principal problema da segurança pública como deve ser tratado, que inicialmente é de responsabilidade do Governo Federal, porque o maior problema da segurança pública é o tráfico de drogas, e as drogas entram no país, vindo de outros países, a maior parte das drogas. A gente não pode politizar um assunto sério como este, não pode politizar, o tempo que não pode tocar o terror como estão tentando tocar o terror. Terror no Maranhão, nós já vivemos, na questão da segurança pública, no ano de 2014, era a cabeça sendo decepada no sistema prisional, este problema foi resolvido, continua resolvido, o sistema prisional vive na maior tranquilidade que tem aqui no Estado, diferente de outros estados. Hoje, os presos, no Maranhão, trabalham, hoje vários deputados colocam recurso aqui para presos fazerem equipagem, bloquete. Ontem eu estava no município de Coroatá, antes de ontem, no município de Coroatá, entregando os móveis da Casa de Betânia, que é uma casa da Igreja Católica, que cuida de idosos esses móveis feitos no sistema prisional, porque aloquei recursos para que estes móveis fossem feitos.
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Eu fui lá e olhei a fábrica, é impressionante.
O SENHOR DEPUTADO NETO EVANGELISTA – É impressionante o serviço que está sendo feito e está sendo ampliado cada vez mais, a gente sabe o momento conturbado da política que nós estamos vivendo no Maranhão, o que me parece que a bancada de oposição tenta fazer neste momento é tentar botar uma cortina de fumaça para que este assunto deixe de ser debatido, porque o que está acontecendo hoje aqui não é diferente do que acontecia dias atrás, não é diferente do que acontecia anos atrás, nós tivemos em outros governos toque de recolher. Nós não vimos agora toque de recolher, a não ser feito pela oposição, porque quer politizar o assunto. O Governador Carlos Brandão viajou ontem, salvo engano, foi ontem, estava aqui no Maranhão coordenando esta situação junto com o secretário de Segurança. Ah, mas eu quero ver o governador na rede social falando. Não, você não tem que ditar como o governador tem que fazer o trabalho dele, ele sabe o trabalho que ele tem que fazer, ele coordena a Secretaria de Segurança, ele é o principal chefe das polícias, e ele está fazendo isso junto com o secretário Maurício, que está cumprindo com o seu papel. Agora, o que nós ouvimos em todo lugar e aí não só no Maranhão no Brasil todo, que é o seguinte: a polícia prende, a Justiça solta.
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – E o ministro da Justiça não disse que tem que se desencarcerar. Lewandowski disse que tem que se encarcerar.
O SENHOR DEPUTADO NETO EVANGELISTA – Aí o que eu acho, Deputado Fred, e aí eu vou fazer este requerimento, aqui na Casa, é que nós possamos fazer um requerimento conjunto, aí eu convido a Casa para que nós possamos fazer, para entender o que o Sistema de Segurança está prendendo, o que a Justiça está soltando, para ver primeiro: se esta fala faz sentido. Nós temos que averiguar isso com dados, se esta fala faz sentido. Se faz sentido, por que isso está acontecendo? Eu acho que se nós nos sentarmos numa mesa e tentarmos ajudar, a segurança melhora.
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Este é meu ponto de vista.
O SENHOR DEPUTADO NETO EVANGELISTA – Mas só para estar subindo aí, para estar querendo politizar a segurança pública e querer colocar um problema nacional no colo do governador e criar o terror na cidade de São Luís, não ajuda, não ajuda. Portanto, eu convido aos colegas deputados que nós possamos nos juntar, fazermos aqui pegar a Comissão de Segurança irmos até a Corregedoria do Tribunal de Justiça junto com o secretário de Segurança para tentar entender isso que está acontecendo que nós ouvimos falar, para que nós possamos tentar ajudar. Se for o caso os deputados se unirem colocarem mais recursos no sistema carcerário do Estado do Maranhão, mas uma solução tem que ter e não é politizar a segurança pública que vai dar a solução.
O SENHOR DEPUTADO FRED MAIA – Obrigado, Deputado Neto. Eu digo o seguinte: eu fui à Secretaria e vi o trabalho que é feito; os móveis que são produzidos, os fardamentos que são produzidos. Em Pedreiras, tem a Apac, e a prefeitura está recebendo os bloquetes para fazer vias urbanas fabricado lá na Apac. E eu volto a dizer isso aí, Deputado Neto, porque o que a gente vê é a politização todo tempo de querer colocar bandido na rua. O bandido hoje está, como os policiais chegam e dizem: rapaz, a gente está enxugando gelo. É o tempo todo enxugando gelo: prende, a polícia prende o cara, quando dá meio-dia o cara está solto – às vezes, o policial está lá na delegacia ainda preenchendo os papéis. Lá em Pedreiras, teve um caso de um policial, aconteceu lá, e o meliante faleceu. O policial foi afastado, passou 60 dias sem poder trabalhar, entregou a arma, porque um menor de alta periculosidade… Entrega a arma, passa 60 dias administrativamente, quer dizer, nós tiramos um policial combatente da rua porque ele estava combatendo o crime. E depois é criminalizado o policial que estava combatendo o crime. Então, como é que nós queremos? Ah, governador, coloque o policial. Pode colocar um bilhão de policiais, mas do jeito que está o policial vai fazer como? Se a lei não está deixando a polícia trabalhar com segurança. Se tudo no mundo é criminalizado. Você liga a televisão, antes de dizer que o cara… Porque para mim as mortes que estão acontecendo aí, para mim não valem nada, porque eles estão se matando entre eles, facção contra facção. Se matem. Agora, se matar um cidadão de bem, aí tudo bem, aí a gente tem que ter essa preponderância. Agora, se a facção “a” está brigando com a facção “b”, eles que briguem para lá, eles vão se matar, porque eles estão querendo, sempre querendo mais espaço para poder vender as drogas. Então, a gente sabe de tudo isso que acontece. Um Estado que nem o Maranhão, que tem uma fronteira marítima, fluvial e terrestre do tamanho que tem, a entrada das drogas vindo ali toda semana, os ônibus que vêm de São Paulo, de Goiânia, esses ônibus turísticos, a gente sabe que vem muita coisa. Então, é a polícia enrijecer. O Deputado Eric sabe que lá, em Barra do Corda, a Polícia Rodoviária, em Barra do Corda, já prendeu um dia desses uma quantidade absurda de cocaína, de maconha. Então o que a gente precisa? E aí, Deputado Lula… Dos Deputados que eu respeito mais dentro desta Casa aqui, é o Lula, porque eu ligava muito para ele, ele me atendia, quando da Covid nós comemos tampado. E aí o bicho é inteligente, eu fui ali, ele lançou vídeo ali, ele dá uma aula, quando você fala de Direito, a gente chega murchar a orelha o escutando falar. E eu respeito o Lula porque ele tem conhecimento, mas eu digo para o senhor, o senhor sabe, o senhor já foi secretário, ninguém é onipresente o tempo todo, só o nosso Senhor Jesus Cristo está aqui, está acolá, está em todo canto, protegendo “nós tudinho”. Não é não, Deputada Mical? Ele nos vê de todo canto. Mas o governador, eu estive com ele terça-feira, lá no Programa “Juros Zero”, um programa excelente, mas, infelizmente, a responsabilidade do cargo, Deputado Arnaldo, faz com que você ande demais; se você não andar, você também não traz para o Estado. Ontem eu vi o governador no navio plataforma, que está aí, que vai estudar a Margem Equatorial, desde lá do Estado, onde eu nasci, até na Ponta do Amapá. É dinheiro que nós, menino, doutor, não contamos naquelas máquinas, como furar esses portos de petróleo aí, do pré-sal da Margem Equatorial. Será uma riqueza, vai tirar aquele Estado do Amapá do atraso. Por quê? Porque vai ter investimento, vai ter recurso para que possa ajudar aquelas famílias, da maneira que eles são lá, não devastando a floresta deles, porque eles vivem daquilo dali. Cada qual vive em sua região, Arnaldo Melo vive lá no Sertão, eu vivo lá no Médio Mearim, a Presidente vive na região de Barreirinhas, ali de Urbano de Santos, cada um tem suas peculiaridades. E nós temos que respeitar cada peculiaridade de cada um. Então, hoje, o que eu vejo é que nós temos respostas rápidas, mas eu acho que nós, como Deputados aqui, e aí a iniciativa do Deputado Neto é muito louvável, e aí eu já peço ao Deputado Neto que, juntamente com o Deputado Lula, que é um grande jurista, que a gente veja tudo isso, porque eu acho que nosso compromisso aqui é procurar entender para entregar o melhor à população do Maranhão. Eu tenho certeza de que o que a gente chegar de solução para o governador, ele vai dar a canetada para fazer, porque, diga-se de passagem, não tem uma cidade no Estado do Maranhão que não tenha obras, no mínimo três obras do Governo do Estado, de três a quatro obras do Governo do Estado. E essa que está chegando também para Pedreiras, a reforma da delegacia e do quartel da Polícia Militar, que foi um pedido nosso, que está sendo concluído a planta lá na Segov, para dar autorização no serviço, será mais um aprimoramento para a segurança da região do Médio Mearim. E aqui, na capital, agora com o coronel Wallace, como comandante geral, que eu fui fazer uma visita para ele. Ele disse: “Me deram a missão”. E eu conheço o Wallace, o Wallace passou enchente de 2009, nós passamos 45 dias lá dentro d’água, eu, ele, Honório e Gardênia. A maior enchente desde 74, em 2009, que teve em Trizidela, e nós passamos 45 dias com Trizidela alagada e lutando lá com gente demais. E o Wallace é operacional, ele tem sangue no olho, ele vai para cima, e o resultado está aparecendo. E eu fico olhando, aí o Deputado Antônio Pereira acha bom, porque eu vejo hoje que a Região Tocantina, que era uma região difícil, longe. O Maranhão é grande, daqui para Parnaíba dá 1.100 km, como daqui… Eu saio de casa para ir ver mamãe, lá no Rio Grande do Norte, é um dia de viagem, 1.100 km para ver mamãe, para dar a bênção a ela, eu vou satisfeito. Lá em Balsas, tem uma base com helicóptero, lá em Presidente Dutra tem base com helicóptero, fizeram uma triangulação para quê? Para acabar os assaltos a bancos, que o Maranhão era um paraíso para vir assaltar banco. Então, essa triangulação, que foi feita para colocar os helicópteros em locais-base, faz com que o bandido recue um pouco: “Rapaz, o negócio lá estreitou um pouco, não está muito fácil não”. Então assim, esse é o nosso trabalho, esse é o nosso dever. A questão da segurança pública, a bandeira tem que ser verde e amarela, é do nosso país, não tem cor. E a gente tem que estar aqui para ajudar o povo, eu tenho certeza de que o que a gente levar de demandas ao Governo do Estado, através da Assembleia Legislativa, do comando da nossa Presidente aqui, junto com nós Deputados, eu tenho certeza de que a resposta será rápida, porque nós temos pessoas competentes. Tenho certeza de que o Secretário Maurício, eu estive com ele terça-feira, e estava sendo feito todo o trabalho, todo o monitoramento, e o coronel Wallace do mesmo jeito. Então, eu agradeço aqui, muito obrigado pelo espaço, e digo, vamos à luta, vamos trabalhar todos juntos para que cada vez mais a gente possa ter o Estado melhor. Muito obrigado, porque, se Deus é por nós, quem será contra nós?