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Grande Expediente Neto Evangelista
24 de outubro de 2024
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO NETO EVANGELISTA (sem revisão do orador) – Senhora presidente, Senhores Deputados e Senhoras Deputadas, eu venho à tribuna hoje para relatar aos senhores um caso que eu estou acompanhando e que é de fundamental importância que este poder fique atento para que haja uma resposta o mais rápido possível pelo assassinato do Kylian Patrick, que aconteceu, nessa semana, aqui na cidade de São Luís. Um jovem de 29 anos de idade, que foi assassinado na porta da sua casa. Kylian sofre de esquizofrenia, já algumas vezes internado em algumas clínicas. Da última vez, dentro de casa teve um surto. A família, a mãe ligou para a clínica. A clínica, infelizmente, tomou a decisão equivocada de chamar a guarda municipal para ir junto para fazer a contenção daquele jovem. Acontece que alguns fatos estão sendo noticiados que não são verídicos. Naturalmente, o inquérito policial está acontecendo, a instrução está sendo feita em fase de inquérito policial, mas eu já vi alguns relatos de que o jovem foi com uma faca atacar o agente da guarda municipal, que caiu no chão, e o outro guarda fez o disparo para poder conter. Vamos lá. Em acesso ao inquérito não há nenhuma lâmina, não há nenhuma faca que tenha sido recolhida no local do crime, começa por aí. O que foi recolhido foi uma pedra e tesourinha de unha. Esses eram os instrumentos que Kylian Patrick tinha em mãos. Infelizmente, a demonstração de um despreparo na abordagem daquele jovem ceifou a vida dele. E por mais que digamos que o Kylian estivesse, sim, num surto e estivesse portando uma lâmina, uma faca, a forma como foi feita não foi a correta. O tiro foi no coração, o tiro foi para ceifar a vida do jovem. Se não estavam preparados para aquela situação, não iriam fazer aquela abordagem. Em outros momentos o jovem já teve também alguns surtos em casa e o Corpo de Bombeiros fez todo o procedimento de contenção para que ele fosse levado para uma clínica. De agora em diante, o Kylian Patrick jamais será levado para uma clínica, jamais será contido pelo Corpo de Bombeiros, jamais será visto novamente pela sua mãe e pelos seus familiares. O assassinato dele foi assistido pelos seus parentes, por seus vizinhos, testemunhas oculares de tudo aquilo que aconteceu. Eu venho aqui e faço esse levantamento para a Assembleia Legislativa, para as autoridades, já estou comunicando o secretário de segurança do estado do Maranhão para que o sistema saiba que aquele jovem não está sozinho, que aquela família não está sozinha e que as devidas providências terão que ser tomadas. Ainda faltam diversas pessoas serem ouvidas, que não foram ouvidas no plantão, porque apenas quem ouvido no plantão foi pura e simplesmente os agentes da Guarda Municipal. O outro lado da história não foi ouvido, que foram os familiares e os amigos que estavam presentes naquele assassinato. Portanto, eu venho aqui a esta Casa hoje dizer à família do Kylian Patrick, venho aqui dizer a tantas outras famílias de pessoas que passam pela situação que ele passa, de que esse caso não ficará impune, nós ficaremos atentos e alertas para todo o procedimento investigatório, para que seja feita justiça à vida daquele jovem. Já que não dá mais para retornar àquela vida, o que nos resta é fazer justiça, e nós faremos justiça, até porque eu acredito no nosso sistema de segurança, eu acredito na Justiça do nosso estado. Era isso, presidente.