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Pequeno Expediente Adelmo Soares

13 de agosto de 2025

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO ADELMO SOARES (sem revisão do orador) – Senhor Presidente Deputado Antônio Pereira, Senhores Deputados e Deputadas aqui presentes, minha fala hoje é para ecoar junto com a fala da Deputada Mical e Deputada Daniella, sobre esse episódio do município de Afonso Cunha. E o que, de fato, me deixa mais assustado nessa história toda, Deputado Fernando Braide, é que se tivesse ocorrido as filmagens, as câmeras tivessem feito as imagens, se tivesse tido muito soco como aqueles 61 socos que o rapaz deu, ou até mesmo, ao final, a morte da jovem, talvez a repercussão tenha sido gigante. Mas parece que cai, Deputado Glalbert Cutrim, na mesmice: “Ah! Que besteira. Isso acontece e tal”. E como bem falou aqui a Deputada Daniella, o opressor ou agressor passa a ser defendido e a acusada passa a ter uma dúvida sobre ela. A Vereadora Júlia, e eu conheço a Vereadora Júlia, fez boletim de ocorrência. Ela foi às redes sociais, Deputado Arnaldo Melo. Ela fez exame de corpo delito e comprovou as acusações. E nós, essa Casa, as mulheres, as Deputadas dessa Casa, que estão já defendendo, precisam ajudá-la, não só ela. Nós estamos vivendo o Agosto Lilás, que é um mês de combate à violência contra as mulheres. E toda hora, na televisão, os homens – que dizem que é por amor, mas a gente sabe que isso é machismo, é egoísmo, é posse, é possessão e nunca vai ser amor – agredindo as mulheres em todas as ruas, em casa, em frente aos filhos, destruindo as famílias. Esse mês também é o mês referente à família. Então, Senhores Deputados e Deputadas, eu gostaria muito que essa Casa acolhesse não só a Júlia, mas todas as mulheres que sofrem agressão, seja física, seja psicológica, seja por intimidação, mas que nós não podemos, Deputado, deixar passar um caso desse. Não por ela ser uma parlamentar de um município pequeno do Estado do Maranhão, mas por ela ser mulher, representante do povo, eleita pelo povo, a mais bem votada, presidente da Câmara, e nós não nos calarmos. Senhor Presidente, esta Casa precisa, com certeza, eu até conversei ontem com a nossa Presidente Iracema, fazer um manifesto, uma nota em defesa dessa jovem e de todas aquelas que são acusadas. E o pior, e o pior disso tudo é às vezes a gente não ver uma repercussão, e aí amedronta as mulheres e elas não falam, sofrem agressão e ficam caladas até acontecer uma tragédia. Essa é a minha primeira parte da fala. A segunda parte, Senhor Presidente, amanhã, queria aproveitar o momento e convidar os Deputados e Deputadas, em especial a Bancada de Caxias, Deputada Daniella, Deputado Catulé Júnior, Deputada Cláudia Coutinho. Amanhã, na sessão solene, vamos fazer a entrega das Medalhas Manuel Beckman a três grandes personalidades caxienses. Deputado Arnaldo conhece o Antônio Apolônio, pai do ex-presidente da Câmara Municipal de Caxias, Antônio Apolônio. A primeira enfermeira da cidade de Caxias, 52 anos de exercício da profissão de enfermagem, a enfermeira Celeste, e ao grande Armando, seu Zé Dois Irmãos, comerciante histórico da cidade de Caxias, que ajudou na construção e na edificação dos valores morais de trabalho e de família naquele município. Aproveito a oportunidade para convidar aqueles que estiverem na Casa que possam prestigiar esse momento, são três grandes maranhenses. Além disso, entregaremos à Academia Caxiense de Letras, à Procissão do Fogaréu e à Procissão do Mastro São Sebastião uma medalha, uma placa comemorativa por se tornarem Patrimônio Imaterial Cultural do Maranhão. Era só isso, Senhor Presidente. Muito obrigado.