Transcrição

A SENHORA DEPUTADA ANDREIA MARTINS REZENDE (sem revisão da oradora) – Um bom dia a todos e a todas. Quero cumprimentar a Presidência dessa Casa, meu querido Wellington. Quero cumprimentar todos os colegas, toda a imprensa, e dizer da minha felicidade de, mais uma vez, estar aqui. Eu estava ouvindo atentamente a palavra dos colegas que me antecederam e realmente me preocupei deveras com a saúde de Balsas. Foi relatado que o Hospital Regional não está conseguindo atender. Eu queria listar para vocês obrigações que o município de Balsas tem em relação à saúde e que não estão sendo cumpridas. Balsas se trata de um município polo, tem, portanto, que fazer a atenção de média complexidade aos 14 municípios daquela regional. E, pasmem, meus colegas, nunca mais foi feita nenhuma cesariana no Hospital Municipal de Balsas. A atenção básica está abandonada. Com postos sucateados e fechados, falta profissionais nos postos de saúde, o HBU, Hospital Balsas Urgente, passou por uma reforma durante um ano. E, até hoje, quando chove, a fossa ainda deságua e os pacientes são obrigados a conviver com isso. Foi feita uma centralização dos exames de imagem, dos exames laboratoriais. E exames que antes eram feitos em 24h, em 48h, estão esperando meses nas filas para serem executados. Fico muito triste com uma situação que me toca na alma: as crianças autistas de Balsas estão sem atendimento de fonos, de psicólogos e de psiquiatras. O serviço de fisioterapia tem uma fila de seis meses. Nós estamos, em Balsas, com 7 anos sem referência na pediatria, e as crianças desassistidas totalmente. O pré-natal é fragilizado porque as pessoas não conseguem marcar os exames, porque as pessoas não conseguem o atendimento com o obstetra. Segundo um médico cirurgião, que foi às redes sociais suas, o Hospital Balsas Urgente ainda opera como na época do Dr. Rosy, e isso, meus amigos, se trata da década de 70, se eu não estou enganada. Nenhuma tecnologia, nenhum investimento, nada foi feito no Hospital Regional de Balsas. Pelo Previne do Ministério da Saúde, Balsas é o 3º pior município em atenção básica no Maranhão. É essa a realidade da saúde no município que tem o terceiro PIB do estado do Maranhão. E aqui o que estão fazendo? Tentando denegrir a imagem dos gestores do Hospital de Balsas quando, na verdade, querem falar do governador. O que estão fazendo é uma cortina de fumaça. Wellington, eu vou precisar de mais dois minutos, por favor.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO – Mais dois minutos, Deputada Andreia.

A SENHORA DEPUTADA ANDREIA MARTINS REZENDE – O que estão fazendo é uma cortina de fumaça, porque um escândalo foi mostrado à população de Balsas. E não querendo responder ao escândalo que foi mostrado à população de Balsas no dia anterior, foram até as redes sociais falar do regional de Balsas. O regional está em reforma. O governador tem tido um carinho grande pelo regional, que vai sim ser reformado e vai sim voltar a atender a população como todos nós gostaríamos. E engana-se quem falou aqui, não me lembro se o colega Othelino ou se a Deputada Dra. Vivianne, mas falou aqui que só estava resumido a partos, à maternidade. Eu quero dizer que o Hospital Regional de Balsas, apesar da reforma, atende à neurocirurgia, à cirurgia vascular, à psiquiatria e ao laboratório, porque, em Balsas, para você conseguir fazer um exame de sangue, meu amigo, você vai enfrentar uma fila grande, centralizada. E essa coisa toda das pessoas que, na rede social do meu colega Othelino, estão falando foram gravadas por câmeras de alta resolução de uma equipe de marketing de grande porte. Eu me preocupo muito com quem estará enviando essas imagens para o Deputado Othelino porque me parece ser coisa de gente grande, não me parece que seja a população carente e necessitada daquele município que esteja enviando essas imagens, as gravações foram muito bem feitas, mas nós também temos condições de fazer gravações e lhe mandar, colega, e eu espero que sejam também colocadas nas redes sociais o que está acontecendo na saúde do Hospital Balsas Urgente, que é para atender aos 14 municípios, inclusive com cesarianas. Eu estou muito triste com essa situação, já participei ao Governador Brandão que, muito solícito, me garantiu que as coisas vão ser resolvidas. E é muito difícil a gente fazer um trabalho digno, um trabalho decente, porque nós aqui deveríamos estar unidos para aumentar os leitos no Hospital Regional de Balsas, porque já é um hospital pequeno para atender aquela população. Mas, ao contrário, tem gente que quer voltar é o Eliabe que não foi colocado por ela, mas que hoje é funcionário da Prefeitura Municipal de Balsas. São essas as minhas palavras, a minha indignação. E quero dizer que eu estou, sim, numa cadeira de rodas, mas que a minha língua ninguém segura. E eu vou defender tudo que eu acreditar. Obrigada.