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Pequeno Expediente Carlos Lula

10 de junho de 2025

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (sem revisão do orador) – Exmo. Senhor Presidente, Senhor Deputado Osmar Filho. Muito bom vê-lo nessa posição, Deputado Osmar. Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, eu quero aqui me somar às palavras do Deputado Rodrigo Lago. Como ficou demonstrado de maneira muito clara, o Governo do Estado do Maranhão, Deputado Wellington, nunca teve tanto dinheiro em caixa, nunca teve tanto recurso, nunca arrecadou tanto: R$ 7 bilhões a mais só em comparação a 2024 e 2023 para 2025. Muito provavelmente, a gente vai ter um excesso ainda maior, de modo que nada justifica, Deputado Neto, V. Exa. como líder do Governo – e eu quero que leve essa palavra ao Governador –, nada justifica o Governador ficar de olhos vendados para a realidade, para os problemas que as pessoas enfrentam. Ontem, eu pude ver os servidores da Sinfra, inclusive um servidor de uma das construtoras que estão fazendo as obras da estrada, chegaram de helicóptero ao local onde estava havendo protesto, protesto real de pessoas, protesto de quem enfrenta aquele dilema todos os dias; protesto de quem precisa do ferro e não consegue; de quem precisa atravessar a estrada, ir de um município para outro, e não consegue; de quem quebra todo dia seu carro para tentar trabalhar ali de taxista ou de mototaxista, ou de van. Muitos já desistindo até porque a condição das estradas é inviável. E isso, não venham aqui dizer que é por falta de recurso, não é, há recurso suficiente em caixa. E aí, Deputado Neto, eu subo aqui para, a partir desse contexto, fazer um apelo ao Governador exatamente em relação à obra da Avenida Litorânea. Está havendo expansão da Avenida Litorânea, é uma expansão importante, necessária, com a ajuda fundamental do Governo Federal, mas é preciso escutar a realidade das pessoas. Deputado Fernando Braide, V. Exa. que tem um cuidado, sobretudo, com o comércio, ali naquela extensão envolvendo a Praia do Araçagi e a Praia do Meio, há quase dois mil trabalhadores, Deputado Osmar, envolvendo apenas aqueles bares que, logicamente, no período das obras, vão ter de paralisar suas atividades. É uma constatação óbvia. Mas qual o pedido que eu faço, Deputado Adelmo, Deputado Catulé, V. Exa. que consegue ainda dialogar com o Governo? O pedido que a gente faz é que o Governo possa estabelecer uma espécie de seguro-defeso, tal como acontece com os pescadores por imposição do Estado quando é vedado a esses trabalhadores continuar trabalhando – cria-se o seguro-defeso para que ninguém morra de fome. É possível instituir um auxílio exatamente a esses trabalhadores, porque ali não são só os empresários, os donos dos bares, mas, sobretudo, quem trabalha como garçom, quem trabalha em algum outro tipo de atividade. Repito, são mais de dois mil trabalhadores envolvidos. E é necessário ao Governo do Estado poder ter atenção, cuidado com essas pessoas, escutar essas pessoas. Não custa muito ao Estado impor, durante o período das obras, esse auxílio emergencial para esses trabalhadores e essas trabalhadoras. E, mais do que isso, Deputado Neto, se for possível, esse período que se aproxima é o período que provavelmente há o maior lucro. Porque a gente vai ter festa junina, a gente vai ter um número muito grande de turistas chegando à nossa capital. E a gente faz o pedido também para que a interrupção desses bares se dê após o período de festividade junina. É um pedido que a gente faz dirigido tanto à Araçagi quanto à praia do Meio. E a gente faz esse pedido aqui, esse pleito ao Governador Carlos Brandão. Sai um pouquinho do palácio, olha os problemas reais das pessoas. Eles estão enfrentando um dilema, e um dilema que pode ser resolvido pelo Governo do Estado do Maranhão. E o pedido que a gente faz: Governador, encaminhe um projeto de lei a esta Casa, crie o Auxílio Emergencial aos trabalhadores tanto da praia do Araçagi quanto da praia do Meio, que terão sua vida impactada pela extensão da Litorânea. Essa é a indicação que a gente já propôs nesta Casa. Obrigado, Senhor Presidente.