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Pequeno Expediente Dr. Yglésio
12 de junho de 2024
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, senhoras e senhores. Eu trago três pontos aqui para reflexão. O primeiro ponto foi trazido pela colega Deputada Mical, o leilão do arroz do Governo Federal, o chamado arroz “Tio Ladrão” ou Dona Janja, 300 mil toneladas que seriam compradas supostamente para estabilizar o preço do arroz no mercado brasileiro, coisa realmente de governo petista que quer roubar a todo custo. Ficou muito claro, inclusive, com o leilão, o jogo de cartas marcadas, o direcionamento de empresas, as empresas sem capacidade de atender à demanda e, claro, a suspeita grave de que seria paga propina de 15 dólares por tonelada de arroz, nada mais petista do que acontecer uma coisa como essa. Prática clara, conhecida, reconhecida dos governos do PT. Felizmente a mobilização da direita conseguiu pôr fim a esse leilão, e eu tenho certeza de que isso aí, ó, vão ser águas passadas, tendo em vista que a safra brasileira vai bem e irá ainda muito melhor até o final do ano. Segundo ponto: falar sobre o que acontece em relação aos funcionários do Socorrão I, que reclamam o tempo todo de perseguição pela direção, sai direção, entra direção, parece que só vai piorando, e o salário, oh, desse tamanhinho. É um dos hospitais, é uma das repartições públicas, é a autarquia municipal que, provavelmente, tem a maior quantidade de servidores, do tipo, serviço prestado. Para quem não sabe, Deputado Davi Brandão, são pessoas que recebem, em média, R$ 1000, R$ 1200, R$ 1400, por mês, para trabalhar num dos locais mais insalubres que o serviço público pode gerar, que se chama Hospital Municipal Djalma Marques. Então, fica aqui o nosso repúdio ao Prefeito Eduardo Braide, à secretária de Saúde, e à atual direção do hospital, que tem pressionado, cada vez mais, os funcionários que vivem em um estado de stress constante e que num ambiente de trabalho deveriam ter calmaria, encontram, dia após dia, perseguição. O terceiro ponto: olha, eu já vi situações em que a gente tenta muitas vezes aí, e isso acontecia muito na legislatura passada, alguma coisa de uma pessoa famosa acontecia e, às vezes, um colega deputado, normalmente, era só um colega deputado, que não está mais aqui, que está em Brasília, e ele gostava de pegar carona. Era com Nelsinho Piquet, era com Thaynara OG, com esse pessoal todo, ele gostava, para ver se ia na rabeta da mídia, no vácuo da mídia. Aqui aconteceu, tenho certeza que o colega não fez com essa intenção, mas a gente precisa, nesse momento, fazer uma reflexão sobre o que é Patrimônio imaterial de um povo. Gente, São João da Thay não é Patrimônio Imaterial do Maranhão e nunca vai ser. Primeiro: Patrimônio Imaterial pressupõe oito pontos; significado cultural, tem que dizer alguma coisa para o povo, precisa significar alguma coisa que só aquele evento tem; agregar. Ponto 2: transmissão e tradição, tem que sair, tem que ter a garantia de o São João da Thay vai ser continuado pelas não Thay’s, aqui do Maranhão, não é evento familiar. Ponto 3 – diversidade cultural, não promove a diversidade cultural do povo do Maranhão. O que nós vimos recentemente foi um espetáculo aí pornográfico por alguns convidados, inclusive, lá dentro muita coisa estranha acontecendo. A autenticidade, a originalidade, não tem, apesar de ser um evento que tem sua importância midiática, principalmente para quem faz, tendo em vista que o recurso que vai não é para as crianças acidentadas no Maranhão, para as crianças doentes, abandonadas no Maranhão, vai para o Criança Esperança da Rede Globo, que é para ter espaço na Rede Globo, fazer gesto para Rede Globo. Então, não tem; participação comunitária, não tem participação da comunidade na organização e na estruturação, pelo contrário, ela deu reportagem, deu matéria jornalística, fez fala para matéria dizendo que tinha dificuldade, inclusive de organizar as coisas com os fornecedores locais, só para finalizar, presidente, peço mais um minuto. Então, colocou que os fornecedores locais não resolvem, então, não tem nem participação comunitária sustentabilidade, visibilidade. Aqui pode até se discutir a visibilidade, mas a sustentabilidade de jeito nenhum. Sabem por quê? Porque é um evento caríssimo, custou cerca de 8 milhões de reais. Não é fácil a reprodução dele, então ele não é evento sustentável. A população, o povo do Maranhão não consegue fazer o São João da Thay sozinho. Reconhecimento e apoio local até que tem, porque, nesse período aí em que essas modinhas acontecem, realmente vai ter apoio. Teve, inclusive, apoio do Governo. E, por último, documentação e pesquisa. A manifestação deve ser passível de ser documentada e estudada. Realmente, bestialidades como a que Pablo Vittar fez em cima do palco, simulando um ato masturbatório com um cadeirante, uma pessoa com deficiência, realmente merece estudo. Então, esse ponto oitavo talvez seja atendido. Então…
A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Conclua, Deputado.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Fica aqui o registro do meu protesto em relação a esse projeto de lei. Espero que seja discutido na CCJ e que nós cheguemos à conclusão de que ele não atende a nenhum dos oito pontos mínimos que levam um projeto a ser tratado como patrimônio imaterial do povo do Maranhão, porque certamente este São João não é.
A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Só para informar o Deputado Yglésio e os demais deputados da Casa que nós dialogamos com o propositor da ação, Deputado Juscelino, e existem critérios para se tornar patrimônio cultural e imaterial, e realmente não atende, apesar de ser um movimento muito importante para o estado, porque atrai investimentos, o povo gosta, dá visibilidade para o estado a nível nacional. E a gente não quer desmerecer o São João da Thay, porque é uma coisa importante também para nós, para a nossa cidade, para o estado, porém, como não atende os pré-requisitos necessários, o nosso Deputado Juscelino compreendeu e retirou o processo, então. E como retirou o projeto, eu só quero informar aos colegas que esse é um assunto vencido. Muito obrigada.