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Pequeno Expediente Dr. Yglésio
18 de junho de 2024
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia, Presidente! Sentindo falta aqui da nossa Presidente Iracema, que completa mais um ano de vida, ficam aqui os registros nossos parabéns a ela. Começo aqui falando sobre esse evento do qual tive a honra de participar, que foi o Bogue Fight Championship, um evento de luta, aqui no estado do Maranhão. E trouxe apenas para mostrar a capacidade do esporte de capilarizar. Capilariza quando pessoas conhecidas entram, muitas vezes, na situação. Mas deixa invisibilizados aqueles que, muitas vezes, não têm condição de treinar. Aqui, nós temos atletas do nível do Altamiro, que é um cara que, se tivesse um apoio empresarial, chegaria a um combate de UFC, uma categoria de UFC, de tão preparado que é. Mas Altamiro tem que dividir o treinamento dele com a atividade de pedreiro. E pessoas assim lutaram nesse dia. A inclusão de pessoas com nanismo, por exemplo, que foi alvo aí de muita jocosidade dentro das redes sociais, também é outra coisa a se destacar. Todas as pessoas têm direito a realizar atividade esportiva, inclusive seus sonhos. Por isso, eu dedico esse cinturão aqui de campeão, não a mim, que fiz uma preparação de 30 dias, foi muito bom para minha saúde. Dedico a Alessandro Martins aqui, que se esforçou também, que melhorou a saúde dele nesse período, mas principalmente a todos esses atletas que são invisibilizados diariamente, nesses esportes marciais que não têm nenhum apoio empresarial e nem governamental no estado, infelizmente. Tirar aqui o cinto, um pouquinho, para não perder o foco do restante. A Câmara de São Luís aprovou uma lei e promulgou uma lei chamada Lei nº 7642, que trata do transporte público exclusivo para mulheres em São Luís. Gente, assédio se combate com punição, com medidas duras judiciais, repressivas, não com separação de transporte. O transporte de São Luís já não existe, público, à mercê de uma prefeitura fraca e de um empresariado que está aí, dizem ele, sem condições de fazer os investimentos. Então, ninguém resolve o problema do transporte. Vem a Câmara de São Luís e aprova um projeto em que das 6h às 9h e das 17h às 20h, exceto sábados, domingos e feriados, os ônibus, 20% dessa frota são só para mulher. Eu fico pensando quem vai fazer fiscalização de uma lei dessa. O homem não tem direito a chegar no horário de trabalho também? Nós não podemos criar uma situação em que, para combater assédio, se recorre a uma medida dessa completamente sem sentido e que não atinge o objetivo, que é de reduzir o assédio contra as mulheres, infelizmente. Então fica essa reflexão. Outras reflexões que precisam ser feitas sobre a cidade de São Luís: passa prefeito, volta prefeito, e não resolve o problema dos alagamentos. Coroado, Redenção, essa semana foi o que mostraram de maneira mais eficaz, mas vai bem ali na Cidade Operária para ver o que acontece. O prefeito que chega diz assim, todo tempo: “É responsabilidade do meu antecessor. Eu não tenho culpa.” Culpa e responsabilidade são entidades que filosoficamente, teleologicamente, têm situações bem distintas. O prefeito pode até não ser culpado por aquilo naquele momento existir, mas ele é responsável pela solução. E aí fica se arvorando hoje numa batalha de redes sociais em que se posta um problema da cidade e que em vez de chegar um homem que assumiu um cargo público de comandar uma cidade com mais de um milhão de pessoas, coloca um exército de funcionários e robozinhos e de milícia digital para dizer que “isso é culpa de Tadeu, é culpa de Castelo,.” Tira Castelo do túmulo, tira o doutor Jackson do túmulo, daqui a pouco, o Tadeu do túmulo, tira Edivaldo do ostracismo de dentro de casa, da administração da escola para resolver. Não, quem tem que resolver é quem assumiu a prefeitura. Então precisa fazer essa reflexão. Presidente, já adianto aqui o pedido de mais um minuto. Outro ponto importante do pronunciamento que não dá para deixar de colocar…
O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO FRANCISCO NAGIB – Mais um minuto, Deputado.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – É que o STF agora está criando um órgão de monitoramento de redes sociais. Vejam só: o STF, que deveria garantir liberdade de expressão, está criando um órgão de investigação privado para fazer monitoramento, para mandar inquéritos para a Polícia Federal, principalmente de quem ousa falar sobre os intocáveis do Supremo Tribunal Federal, dos intocáveis que levam seguranças e gastam R$ 39.000 em diárias para assistir final da Champions League, desses sujeitos que acham que estão acima do bem e do mal, e não estão. Então fica aqui meu completo repúdio a esse paisinho pequeno, que o país se tornou desde que o…
O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO FRANCISCO NAGIB – Conclua.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Desde que o ativismo judicial resolveu tomar de conta do país. Volto no Tempo dos Partidos e Blocos, porque ainda tem aqui mais três temas. Mas esse Big Brother, essa distopia realmente que o STF quis criar tem que ter todo nosso repúdio. A sociedade tem que se levantar contra isso. Eram essas palavras, muito obrigado.