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Pequeno Expediente Dr. Yglésio

05 de junho de 2025

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, Senhoras e Senhores! Eu subo à tribuna para fazer uma breve reflexão que, infelizmente, de fato, a política do Maranhão, ela ainda precisa evoluir muito, do ponto de vista da comunicação, do ponto de vista da institucionalidade, do ponto de vista dos respeitos às normas constitucionais, que sejam elas, o Artigo 37 que fala aí sobre legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, tudo isso aí, da mesma forma que os colegas deveriam observar também tudo que pressupõe o respeito às imunidades parlamentares, que são institutos que visam justamente fortalecer a própria população que tem na imunidade do seu deputado, a possibilidade de falar, através dele, contra as injustiças. E é por isso que tem escrito no 53 que os deputados são invioláveis civil e penalmente, por quaisquer palavras, votos e opiniões. Não tem lá, pelas que o Supremo Tribunal Federal quiser ou disser, ou que a Polícia Federal achar que tem ou não. Lá está escrito quaisquer palavras, opiniões e votos. Justamente, para todo dia as pessoas terem direito de representar a população, acertarem, Deputada Mical, e, às vezes, errarem querendo acertar e, infelizmente, nisso, às vezes, até quem quer errar sabendo que está errando para fazer o mal, também tem este direito. Por quê? Porque tem a possibilidade de o colega vir depois e desmontar toda a falácia. Então assim, está sendo falado sobre um balão, um escândalo por conta de um blimp com o nome do Orleans Brandão, que assim, o espírito de puxa-saquismo que existe no Maranhão fez com que um vereador colocasse lá um blimp para fazer graça para o Orleans, para puxar saco mesmo. Infelizmente, ainda existe esta cultura de puxação de saco aqui, e que complica. Quantas vezes aí o Deputado Othelino não deve ter tido no interior, eu já tive, eu peço para não colocarem. Pessoal faz uma equipagem de futebol, Catulé, coloca o nome aqui, Deputado Othelino Neto, Deputado Yglésio, Catulé, talvez já tenham colocado o nome dele, Leandro Bello, Cláudia Coutinho. Eu nunca pedia, mas, às vezes, as pessoas querem colocar para agradar, para fazer um gesto. David Brandão ali é cheio, o pessoal faz porque ele é um apoiador dos esportes, é um querido, é um grande craque. Aí um vereador colocou este blimp e virou um escândalo em uma festa que até onde sei não tinha recurso público. Mas eu quero fazer uma reflexão aqui, momento túnel do tempo. Coloca primeira, por favor! Vamos falar sobre cores. Cromoterapia, o estudo de como as cores elas interferem no comportamento humano. As cores vermelhas e amarelas, utilizadas em hospital, elas são desestimuladas pela RDC 50 de 2002. O que que diz? Que as cores devem ser nos hospitais, nas fachadas, utilizadas de maneira a trazer conforto emocional ao paciente. E qualquer estudo científico básico mostra que o vermelho é um estado que ele traz agitação, ele convida a uma certa dose de ansiedade, nervosismo e até agressividade. O amarelo é uma cor que coloca os pacientes em estado de alerta. Portanto, ela deve ser utilizada no ambiente hospitalar, Antônio Pereira, com parcimônia. Mas olha, por sete anos, os hospitais do Maranhão foram pintados de vermelho, de amarelo. Isso era para dar conforto aos pacientes? Não. Desrespeitar o normativo, como a RDC 50 de 2002. Eu tenho certeza de que deliberadamente não era o foco da engenharia hospitalar da Secretaria Estadual de Saúde. Vamos passar à próxima imagem. Seria para fazer alguma apologia ao McDonald’s? Não. Essas cores também, vermelho e amarelo, elas lembram ketchup e mostarda, induzem naturalmente a pessoa a um estado de fome, mas eu tenho certeza de que o Governador Flávio Dino não quis fazer isso, até porque ele é um consabido anticapitalista, anti-imperialista, e colocar as cores do McDonald’s nos hospitais seria, de fato, praticamente, um crime de lesa-pátria, no entendimento do mesmo. Então, só me resta, ao final, entender, com a próxima imagem, que se tratava aqui de uma propaganda escancarada, política do PCdoB, seu partido por longos anos, e do PSB depois, que também as cores são parecidas, e que utilizava os hospitais públicos do Maranhão, todos, como instrumento de propaganda subliminar. Agora, por conta de um blimp, de uma puxação de saco de Vereador, o pessoal fazer um escândalo. Gente, nós temos mais o que fazer nesta Casa legislativa, por favor.