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Pequeno Expediente Dr. Yglésio
17 de junho de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, a todas. Eu subo a Tribuna só para falar um pouquinho da importância… O que foi, Mical? Não, mas eu não falei a todes. Ah, tu queres que eu fale? Está te incomodando “a todes”? Pronto. Então, quero dar bom dia a todos, a todas que se encontram aqui nos assistindo neste momento. É importante falar dos últimos acontecimentos e, claro, do que tem sido trazido a esta Casa, como conversas e assuntos recorrentes que parece que não saem da espiral. Nós estamos falando aqui quando é seletivo, né? Nós estamos falando de carro de vereador, estamos falando desses juros de Fundef há praticamente um ano nessa mesma história, e isso é muito positivo, pois é sinal de que tem pouca coisa para estar colocando defeito diretamente. Porque, se a gente for, de fato, fazer conta, olhar o que aconteceu, os problemas que causaram eles mesmos, inclusive, nós vamos ficar muito preocupados com certas coisas que vêm por aí. Olha, o que eu soube semana passada? Nós vamos ter que restituir aos cofres do Governo Federal, Ministério de Portos, Aeroportos, Antac, a cifra de R$ 484 milhões, Presidente. Não é um trocado, é mais do que o que todo dia aqui tem Deputado que sobe para dizer: “Ah, porque o Fundef foi 480 milhões os juros, os juros, bi-bi-bi, pó-pó-pó”. É uma preocupação com esses juros que eu nunca vi na face da terra, e que não foi a preocupação quando tiraram R$ 1 bilhão do Fepa, secaram; quando tiraram dinheiro da Emap para o Tesouro. E a coisa tem requintes de crime de improbidade. Vou encaminhar uma representação, sabe por quê? Olha o que foi a história, para a Sra. ter noção. Olha o que é a imprensa, é bom prestar atenção quem está aí hoje, quem está assistindo. A Emap não poderia reverter seus recursos para os cofres do Tesouro Estadual para usar, Osmar, de maneira deliberada no que quisesse. Eles começaram a ficar desesperados porque gasta aqui, manda fazer conta ali, abre para lá, serviço, abre para cá, não tinha planejamento – comunista só sabe fazer coisa, contando com o dinheiro dos outros, tanto que tu não olhas nenhum em atividade empresarial, porque, se colocasse negócio, falência certa. Mas vamos lá: começaram, tira dinheiro da Emap, montaram o Conselho de Administração. Quem era? Secretário de Assuntos Políticos, procurador do Estado, ex-carregador de mala do PCdoB, que era lá da Seduc na época do Governo Edivaldo. Simplício não teve coragem de ficar, colocou um representante próximo. E aí começaram a aprovar no Conselho de Administração, Nagib, para tirar o dinheiro da Emap e colocar no cofre do Estado para gastar. Ted Lago foi informado de que isso era uma ilegalidade e se negou a assinar. Crise no Governo Flávio Dino, crise interna, se negou. O que seu Flávio Dino fez? Botou Neto Evangelista, ele e o Secretário da Casa Civil, para fazer um decreto criando um caixa único das empresas, das autarquias e empresas públicas estaduais, está tudo ali, daqui a pouco eu boto no grupo para o pessoal que gosta de ler, de dados, para eles verem. Vou já jogar no grupo. Aí o que acontece? A partir disto aí, ele começou a tirar o dinheiro da Emap, sem precisar passar, inclusive, pelo Conselho de Administração. Uma improbidade administrativa flagrante que a gente vai mandar até a semana que vem, que eu vou preparar um negócio bem legal, que eu não mando qualquer coisa, viu Othelino, para lá e, a partir daí, que o Ministério Público, acredito que até seja competência do federal isso aí, que eles gostam do MPF da PGR, talvez isso tenha inclusive que ter, ainda tenho que estudar isso, confesso que eu não tenho de cabeça, se é PGR ou se é o MPF, para investigar, porque comprovada esta improbidade, condenado o ex-governador do Estado, isso não prescreve. Então, não prescreve. Ele perde a função pública. Automaticamente, deixa de ser Ministro do STF. Por quê? Porque tem perda de direitos políticos e pessoas sem direitos políticos não pode ser Ministro do STF. Então, deixaram os dedões, os calcanhares até metade da batata da perna aberta aí, Fernando, com este negócio do Porto, pensaram que nunca iam ter que ajustar contas do passado, infelizmente…
A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Conclua, Deputado.
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Infelizmente, todo mundo precisa fazer ajuste com as contas do passado. Muito obrigado.