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Pequeno Expediente Dr. Yglésio
09 de dezembro de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, senhoras e senhores. Eu vou tratar de dois temas. Um deles foi esta polêmica que nós tivemos esta semana em relação a um suposto pedido de cassação do prefeito de São Luís. Olha, eu já tinha visto coisa na minha vida, mas o desespero de certas pessoas para tentar se pegar em alguma saia, de alguma forma, ficou uma coisa feia. Porque criaram até mentira para poder tentar capitalizar. É aquela coisa, eu estou chegando ali perto daquela mulher, que está no centro das atenções, ela não quer dar bola para ninguém, mas eu estou ali tentando, tentando, tentando. Chega um momento que a coisa fica constrangedora. E eu digo assim, do fundo do meu coração. Cadê o Fernando? Fernando, olha este teu irmão, o cara ficou bom, esse negócio de equipe de João Campos com ele, meu amigo, o cara ficou um mestre, um ninja nesse negócio de narrativa. Ficou bom, porque pegar a lei que a Câmara fez para que 400 auditores não perdessem R$ 10 mil. Imagina todo mundo aqui, neste plenário, perder do nada dez mil do seu salário, iam ficar zangados, né? Para vocês terem noção, há três meses, o pessoal conversava comigo, eu digo: “Olha, procure o caminho da justiça. Esse caminho político não adianta”. O prefeito agora entrou numa onda de vitimização que, se ele bater numa criança no meio da rua, vão dizer que a culpa é do menino, do jeito que ele está, e essa é a grande verdade. É tão assim que até os mais empedernidos, admiradores do comunismo, agora eles se tornaram uma coisa complexa. Eles têm cabeça de camarão com rabo de árabe, virou um ser híbrido, como se fosse uma quimera, uma medusa, um centauro, uma coisa misturada que não dá para entender. Aí, o que acontece? O prefeito vem dizer que pediu, a Câmara pediu a cassação dele, porque ele quer reduzir o salário dele. Rapaz, a cara de pau é grande, a cara de pau é grande! E o pior, ele conseguiu convencer 90% da população de que isso é verdade, quando a grande verdade foi que um aposentado, revoltado com a perda do direito adquirido do seu salário, que pegou uma facada de R$ 10 mil no bolso, Deputado Adelmo, por mês, entrou com uma representação na Câmara por descumprimento de uma lei em vigência, portanto, um crime de improbidade manifesto. Isso aí seria, Deputado Ricardinho, apreciado pelo prefeito e pela Câmara. Ele se apressou, ficou com medo. Agora eu vi pela primeira vez que ele sentiu a pancada porque até emenda de vereador, que estava há um tempão sem receber, ele pagou – cash, pix. A velha política, Deputado Fernando, aquela política que tem gente que sobe aqui para dizer que é só o Brandão que faz, que é o retrocesso. Rapaz, eu fiquei impressionado, mas o mais impressionante mesmo são os atores. Eu nunca imaginei na minha vida uma solidarização de Márcio Jerry, Saraiva Barroso e Eduardo Braide. Cousas do tempo, como dizia Machado de Assi, Deputado Ricardinho, cousas do tempo. “Dá-se-lhe um pouco de lodo, ele o restitui em diamantes; quando menos, em cascalho”. O Deputado Catulé que gosta dessas citações, ele é um literário nato, ele gosta. Então, cousas do tempo. Para finalizar esses 30 segundos, eu vim só protestar aqui também, Presidente, dizer que nós estamos lascados neste país. Lascados! Por favor, não retire da nota da Taquigrafia porque tem a ver com lascas. Lascados quando o Dias Toffoli vai assistir a um jogo do Palmeiras com o advogado do Banco Master, que pede na véspera para que o caso fique no STF por supostamente um Deputado, que não assinou nenhum documento, estar ligado ao caso, sem nenhuma materialidade, e decretar sigilo nível 3. Nós estamos lascados, porque a mulher do Xandão recebia 3,6 milhões de reais por mês, um contrato de 124 milhões de reais para o STF ficar caladinho com a maior roubalheira do Fundo Garantidor de Crédito que já existiu no país, 17 bilhões de reais. Nós estamos lascados quando uma Eliziane Gama vota para não convocar Lulinha para uma CPI, denunciado por receber mensalinho de 300 mil por mês. E vocês estão caladinhos, seus apontadores de dedo, para depois pedir democracia. Criem vergonha.