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Pequeno Expediente Júlio Mendonça

23 de outubro de 2025

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA (sem revisão do orador) – Senhores Deputados, Senhora Presidente Deputada Iracema, demais membros da Mesa, companheiro Fred, venho aqui também à tribuna, nesta quinta-feira, com o sentimento de extrema preocupação com a situação que vive hoje especialmente a nossa capital São Luís, que é a realidade também, Deputado Rodrigo, de muitas e muitas outras cidades, inclusive na Baixada. Eu gostaria muito que de fato o que está acontecendo aqui em São Luís não fosse uma chaga que hoje perturba a vida das famílias do Estado do Maranhão. Eu, ontem, meu filho que faz aniversário na sexta-feira me perguntou: “Pai, eu devo cancelar a minha saída com meus amigos na sexta-feira?” E eu fiquei pensando, de fato, o que dizer, mas diante dos acontecimentos, Soldado Leite, meu querido Deputado Soldado Leite, diante dos acontecimentos que vêm surgindo, nas últimas 24 horas, nas últimas 48 horas, o que que nós devemos dizer para os nossos filhos, Deputado Ricardo Rios? O que é que as famílias, principalmente nos bairros Janaína, Cidade Olímpica, Cidade Operária, Vila Bacanga, o que os pais vão dizer para os seus filhos? É uma tristeza, de fato, e, infelizmente, vem um filme de 2014, onde ônibus queimados, pessoas sendo fuziladas no meio da rua, e depois o caos que se instalou em Pedrinhas. Será que nós vamos ter que reviver tudo isso? É necessário que o Governo do Estado se posicione. Que o governador assuma, de fato, o comando desta situação. Ele, que é comandante em chefe da Polícia Militar e de todas as Polícias do Estado do Maranhão. Não cabe só uma nota, cabe um posicionamento firme assumir a responsabilidade e dar o comando para que, de fato, a população sinta que tem um governador no comando. Mas aí nós temos que entender qual é a prioridade. Se é cuidar das pessoas. Se é cuidar das pessoas que, de fato, estão entregues às facções ou se é fazer um governo de propaganda. É necessário que esta Casa aqui, de fato, se comprometa, não vire as costas, fale do problema, denuncie, fale de sugestão, para que a gente cumpra o nosso papel como parlamentar. Nós não podemos vir para cá para a tribuna e se omitindo o que está acontecendo bem aqui, na frente da Assembleia, o que está acontecendo nos bairros. Nós não moramos dentro da Assembleia, nossas famílias, nossos amigos, as pessoas mais vulneráveis não moram aqui dentro da Assembleia, não moram dentro do Palácio, elas moram e estão pedindo socorro. E nós temos que ser a voz destas pessoas. Não podemos ser covardes, não podemos ser omissos. E este é um papel que, de fato, eu luto muito para não ser. Eu muito luto para ter, de fato, cumprir o meu papel aqui dentro, até o último dia do nosso mandato, para que eu tenha condições de chegar em casa, olhar meus filhos e dizer: eu cumpri com a minha tarefa, que é cobrar, de fato, políticas públicas sérias para que o nosso povo saia da violência, do medo. E aí eu torço muito para que, de fato, o governo tome uma atitude, uma atitude séria, use a inteligência da polícia. Use e canalize seus esforços, não só para São Luís, tenha atitudes preventivas e a gente possa, de fato, viver com mais segurança. Era isso, Senhora Presidente.