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Pequeno Expediente Júlio Mendonça
18 de novembro de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA (sem revisão do orador) – Senhora Presidente Deputada Iracema, demais membros da Mesa, Deputado Davi, Deputado Yglésio, Deputado Wellington, queridas e queridos Deputados e Deputadas, internautas, servidores desta Casa. Hoje retomamos nossa atividade plenária. De fato, estamos todos um pouco tristes com o falecimento do nosso querido Chiquinho. No entanto, é necessário tocarmos a vida com fé, com coragem, com muito amor no coração e responsabilidade com o nosso amado Maranhão. Trago aqui, neste momento, na tribuna, mais uma vez, o tema que hoje reina na grande mídia dada a importância que é a COP30, que ainda está acontecendo em Belém, onde eu tive a alegria e a honra de poder participar de algumas plenárias, visitei as feiras, muitos maranhenses de movimentos sociais presentes, vi o governador, inclusive, parte do governo do Maranhão sei que esteve por lá, no entanto, quero aqui ressaltar dois pontos que eu acho fundamentais. O primeiro é a necessidade, e aí eu quero destacar a fala do Presidente Lula, a sua liderança. Hoje a COP está sendo realizada no coração da Amazônia com alguns desafios, mas, acima de tudo, dentro de uma grande coragem estratégica de mostrar para o mundo a Amazônia, por isso meus parabéns ao governo federal, ao governo do Estado do Pará. Mas o que eu quero falar, primeiro ponto, é a necessidade de todos nós combatermos o negacionismo climático. O negacionismo climático é uma praga, que, de fato, propositadamente, é difundida para negar o que vem acontecendo, já com evidências científicas, no mundo, fazendo com que a maior parte das pessoas, principalmente as mais desinformadas, achem que tudo que está acontecendo é normal. Eu vi o Deputado Fred Maia aqui falando da água de Pedreiras, e nós sabemos que hoje água, é um dos principais problemas de todas as cidades do Maranhão, a minha cidade talvez seja a cidade que tenha mais água no período chuvoso, e, até hoje, ainda sofre com água, inclusive com promessa do Governador Carlos Brandão, não cumpridas, mas o que eu quero destacar aqui, é a necessidade de combatermos o negacionismo climático, porque ele mata, e está matando, isso parece muito com o negacionismo na época da propaganda dos tabacos, dos cigarros, do glamour que era cercado fumar o cigarro, e as empresas produtoras de tabaco, faziam propagandas acintosas e quando começou a haver as evidências, que o tabaco matava por meio do câncer de pulmão e outras enfermidades e aí isso começou, a mídia, patrocinada pelas grandes empresas, começaram a relativizar o problema, e agora depois de inegavelmente, inexoravelmente, constatar o problema que o tabaco faz, as mortes e o prejuízo que traz para a população mundial, não tem como negar mais isso. E aí, a mesma coisa que está acontecendo com o negacionismo climático, as pessoas, os grandes produtores, grandes poluidores, começam a divulgar propaganda de propósito, nas redes e na grande imprensa dizendo que não existe problema, que isso é uma coisa natural, que este processo todo não afeta a humanidade, mas cada vez mais e a tendência é esta, de fato, as evidências se tornarem mais claras, só que isso, infelizmente, a custa de muitas vidas, o negacionismo mata, e nós precisamos combater todos os dias. E por fim, dentro desta concepção, eu escutei uma fala do Governador Carlos Brandão que o Maranhão saiu maior na época. Eu não sei como é que o Maranhão saiu do maior da COP, eu gostaria até de entender. Mas eu espero que a COP sirva, de fato, para que se estabeleça uma política de seriedade, de preservação, de combate ao desmatamento no nosso Estado, porque ainda somos o Estado que mais desmata o Cerrado no país. E eu não sou contra o agronegócio, eu sou a favor do agronegócio responsável. Eu sou a favor da preservação, da agricultura com tecnologia, gerando emprego e renda, mas, acima de tudo, imaginando que se nós não fizermos nada, Deputado Arnaldo, daqui cada vez mais fica mais difícil produzir um bezerro, produzir soja, produzir nesse Estado. Por isso, espero que a COP, de fato, faça uma reflexão e o Governo do Estado assuma a responsabilidade de encarar com seriedade uma política de preservação e desenvolvimento.