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Pequeno Expediente Júlio Mendonça
29 de maio de 2024
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA (sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Deputado Wellington do Curso, Senhores Deputados e Senhoras Deputadas aqui presentes, internautas. Subo aqui à tribuna para falar de um assunto, Deputado Arnaldo Melo, que tem me preocupado cada vez mais. Nós estamos muito perto do Dia Mundial do Meio Ambiente, que é 5 de junho – se não me engano, é isso. E nós, a cada dia, além das informações dos órgãos que monitoram os indicadores do meio ambiente cada vez sendo divulgado de uma forma preocupante e que nós sentimos, no dia a dia. E podemos falar da nossa cidade, Deputada Andreia. São Luís do Maranhão cada vez mais quente. Podemos falar do nosso interior, da zona rural, do interior do estado qual é a cidade do Maranhão que não está cada vez mais quente. E eu que tenho pais idosos, quando chego na Baixada, quando chego em Viana, percebo que os idosos são as pessoas que mais sofrem, porque são as que menos se locomovem, as que menos têm capacidade de reagir a intempéries climáticas. Por último, temos agora estudos da Nasa que projeta o Maranhão, inclusive São Luís, entre outros municípios, como cidades que serão profundamente afetadas pelo aumento do nível das águas dos oceanos. Parece que tudo isso, todas essas informações estão num mundo subjetivo, num mundo abstrato. Até o calor que estamos sentindo no dia a dia do nosso estado, da nossa cidade, das nossas casas parece que se configuram em um mundo distante do que estamos vivendo no dia a dia, Deputado Eric. Parece que a sociedade ainda não acordou para esse momento que nós estamos vivendo. Parece que só acordaremos quando definitivamente não tiver mais nada a ser feito. O debate sobre o meio ambiente me parece que faz parte somente de uma casta literata, de uma caixa intelectual das academias. Isso é extremamente preocupante. Por último, o Congresso tende a aprovar uma lei que transforma a silvicultura, ou seja, a produção de eucalipto em atividade não poluidora. Corremos o risco de termos um deserto verde. Corremos o risco de continuarmos desmatando o cerrado como se nada estivesse acontecendo. Ainda está tudo normal. Parece que nada disso nos afeta. Fico extremamente preocupado e busco, no dia a dia, entender qual será o nosso futuro. Por isso faço um apelo aqui, nesse momento, nesta tribuna, para que nós possamos, nas nossas práticas do dia a dia, termos atitude mais sustentáveis. O Maranhão ainda é um estado, como tanto outros do país, com um dos menores indicadores de destino dos resíduos sólidos adequado. Não é um problema somente do governo Carlos Brandão. É um problema que se arrasta há décadas, mas que é uma necessidade, tendo em vista que os lixões são dos maiores poluidores, uma das maiores causas de produção de monóxido de carbono. Então, é necessário nós colocarmos a pauta do meio ambiente dentro do nosso dia a dia, dentro das nossas preocupações, dentro de atitudes que possam, de fato, canalizar, caminhar para reversibilidade desses indicadores. Talvez hoje seja apenas um desabafo diante do calor que estamos sentindo a cada dia, diante da apatia que vivemos, por isso talvez seja mais um desabafo, mais um lamento por mim colocado neste momento aqui para reflexão de todos e todas.