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Pequeno Expediente Mical Damasceno
05 de novembro de 2024
Transcrição
A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO (sem revisão da oradora) – A Deus seja a glória! Senhora Presidente em exercício, Mesa Diretora, deputados e deputadas. Eu queria chamar a atenção dos meus colegas deputados porque hoje eu estou ainda mais feliz, com um sentimento de gratidão pelo que aconteceu na quinta-feira, em comemoração à Reforma Protestante. Eu, meu coração aqui enche de alegria e gratidão ao Deus dos Céus, porque na quinta-feira, esta Casa aqui, este Plenário, lotou de ministros dos Evangelhos, de missionárias, de missionários, de pastores, dirigentes e auxiliares de todas as denominações, sem placa denominacional. Nós estávamos aqui rememorando dia 31 de outubro, Dia da Reforma Protestante, para a glória do Senhor. Para juntos celebrarmos esta data em que foram comemorados os 507 anos da Reforma Protestante. E nós aproveitamos, colegas deputados, para também homenagear diversos líderes de várias denominações, onde nós tivemos o privilégio de honrar esses homens que têm contribuído, não somente espiritualmente, mas também no que tange ao social ajudando também o nosso estado. Inicialmente, eu gostaria de agradecer a Deus pela oportunidade que nos foi data de comemorarmos esses 507 anos. Agradecer à presidente Iracema, aos colegas deputados que também cooperaram na aprovação da maior Comenda da Casa, a Medalha Manuel Beckman. Então, meu coração é grato a todos colegas deputados, por sempre aprovar os meus projetos, os meus requerimentos. Eu só tenho a louvar a Deus. Eu sempre digo, presidente Iracema, que, naquela outra, no meu primeiro mandato, na outra Legislatura, eu era feliz, mas nesse aqui, eu sou ainda mais feliz, porque os meus colegas deputados têm um pensamento, assim, mais cordato, mais conservador, mais cristão. Então, eu louvo a Deus pela vida de cada colega deputado, aqui desta Casa. Então, comemorar os 507 anos é mais que uma lembrança religiosa, os 507 da Reforma Protestante. Foi o movimento, colegas deputados, que ultrapassou os limites da igreja, influenciando, profundamente, a sociedade. Ela não apenas renovou princípios teológicos, mas também revolucionou a forma como passamos a ver a educação, o trabalho e as liberdades individuais e coletivas. Antes da reforma, deputada Ana do Gás, era raríssimo os centros de ensino e se limitavam apenas aos mosteiros e a escolas palacianas. Com início da Reforma Protestante, um dos grandes objetivos era tornar a Bíblia acessível a todos. No entanto, como a maioria da população era analfabeta, tornou-se essencial para promover a educação. Dessa forma, Lutero, com apoio dos príncipes, propôs que ao lado de cada igreja, fosse construída uma escola financiada pelo estado. Os príncipes daquela época também deveriam retirar as crianças do campo e levá-las às escolas, para que aprendessem a ler, escrever e assim pudessem conhecer a bíblia sagrada. Assim, temos, na Reforma Protestante, o nascimento de uma educação pública, universal e compulsória, isto é, financiada pelo o Estado, acessível a homens e mulheres, ricos ou pobres, e obrigatória a todas as crianças. Vale lembrar, Senhores Deputados, que, pela primeira vez, as mulheres passaram a ter os mesmos direitos educacionais que os homens. A liberdade religiosa também foi profundamente impactada pela Reforma Protestante, que ela é base para a separação entre a Igreja e o Estado, liberdade de consciência, de crença e religiosa. Por fim, a Reforma Protestante também transformou a visão do trabalho na sociedade: antes dela, o trabalho, exceto o religioso, era visto de forma depreciativa. Martinho Lutero, com a doutrina do sacerdócio universal, de todos os crentes, trouxe uma nova perspectiva: todas as profissões podem ser vistas como vocações dignas e, quando exercidas, para a glória de Deus, tornam-se sagradas, como ensina em 1º Corinthians, capítulo 10, de 31, que eu li na quinta-feira. Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus. As contribuições da Reforma Protestante foram tão marcantes, que o autor da obra A ética protestante e o espírito do capitalismo aponta o protestantismo como peça-chave na valorização do trabalho e no surgimento do capitalismo moderno. Estou encerrando, Senhora Presidente. Decerto que as contribuições da Reforma nos alcançaram de maneira que hoje podemos desfrutar de uma sociedade mais justa, com direitos e garantias fundamentais, a exemplo da educação, do trabalho e das liberdades individuais e coletivas. Assim, como parlamentar e cristã e defensora dos direitos fundamentais que sou, reconheço as contribuições da Reforma para a nossa sociedade. E concluo minha fala dizendo que somente a fé, somente as Escrituras, somente Cristo, somente a Graça, somente a Deus seja a glória. Muito obrigada, Senhora Presidente.