Início -> Discursos

Pequeno Expediente Mical Damasceno

27 de fevereiro de 2025

Download do audio
Transcrição

A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO (sem revisão da oradora) – A Deus seja a Glória. Senhor Presidente em exercício, colegas Deputados, funcionários da Casa, imprensa, meus amigos da galeria, povo maranhense que nos ouve, que nos assiste, Deus abençoe a cada um. Eu venho mais uma vez a essa Tribuna para tratar, para falar de um assunto que é uma preocupação de todos nós conservadores, patriotas, os que defendem a família, os bons princípios cristãos. É um assunto nacional que eu gostaria que o Deputado Wellington do Curso falasse aqui, é a preocupação de todos nós. Existe o discurso de que todo o mundo conhece do Presidente do STF quando ele disse assim: “Essa é a democracia que nós conquistamos, nós derrotamos o Bolsonarismo”, assim disse o Presidente do STF, Luís Roberto Barroso. E qual é a nossa preocupação, a preocupação de todos os conservadores eleitores brasileiros: que, em 18 de fevereiro, a PGR ofereceu ao STF denúncia contra Bolsonaro, e com ela veio à tona uma inquietante realidade para todos nós, Bolsonaro será julgado pela Primeira Turma do STF, composta por Ministros cujas declarações e históricos levantam sérias dúvidas sobre o quê? Sobre a imparcialidade do julgamento. Não se trata, Senhores Deputados, de apenas a composição da turma, mas do que cada um desses Ministros já disse, ou fez relação, alguma declaração contra Bolsonaro. Alexandre de Moraes, por exemplo, ao colher depoimentos de Mauro Cid, ele fez o quê? Fez ameaça, dizendo “ou você fala ou você vai ser preso”. Ameaçou até prender também a filha dele. Levantou sérios questionamentos sobre sua imparcialidade na condução desse caso. E, se o cenário não mudar, que essa é, na verdade, a nossa preocupação, o julgamento será conduzido por um inimigo também declarado de Bolsonaro, o Ex-Governador Flávio Dino. Por sua vez, antes de ser indicado por Lula, declarou, em podcast, que o representante do diabo no processo eleitoral se chama Bolsonaro. Para além disso, colegas Deputados, todos devem lembrar que Flávio Dino, enquanto Governador aqui no Maranhão, era um crítico ferrenho constante de Jair Bolsonaro, a ponto de esquecer até de trabalhar pelo Maranhão. Ele abusava tanto em suas redes sociais, que, às vezes, os internautas chegavam a dizer: “Governador, vai trabalhar”. Porque era uma obsessão por Bolsonaro. Cristiano Zanin, também indicado por Lula, assinou uma queixa-crime contra Bolsonaro quando ainda advogava para Lula, adversário político direto de Bolsonaro. Luiz Fux, indicado por Dilma Roussef. Carmen Lúcia, indicada por Lula, completam o grupo de Ministro que decidirá o destino de Bolsonaro. E como é que nós não vamos nos preocupar? Seria cômico se não fosse trágico, mas, pasmem, Senhores Deputados, esta composição do Tribunal que julgará Bolsonaro e aqui fica a pergunta: Quem gostaria de ser julgado por um juiz que já chamou de “representante do diabo”? Que colheu depoimento sob ameaça anteriormente? Apresentou queixa-crime contra você e por um Tribunal cujo Presidente declarou ter lhe derrotado? Eu tenho certeza que nenhum de Vossas Excelências aqui queria ser julgado por um juiz assim. Por fim, eu concluo a minha fala dizendo, com as sábias falas de um pastor chamado Martin Niemöller, que foi um combatente ao nazismo que nos lembra da importância de nos posicionar, mesmo quando a injustiça não nos atinge diretamente. Primeiro, eles vieram buscar o socialista, eu fiquei calado, porque não era socialista. Então, vieram buscar os sindicalistas e eu fiquei calado porque não era sindicalista. Em seguida, vieram buscar os judeus, ele ficou calado porque ele não era judeu. Foi então que eles vieram me buscar e já não havia mais ninguém para me defender. Muito obrigada, Senhor Presidente.