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Pequeno Expediente Neto Evangelista

16 de maio de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO NETO EVANGELISTA (sem revisão do orador) – Senhora Presidente, senhores deputados, senhoras deputadas, eu venho a esta tribuna falar de uma situação grave que tem ocorrido, no município de Cururupu, com relação a feminicídios. Deputado Júlio, eu queria chamar atenção desta Casa porque, num pequeno espaço de tempo, nós temos três feminicídios na cidade de Cururupu. Foi a Yasmin, depois foi a Jéssica, depois a Luandra, que perderam a sua vida ceifada pelo seu companheiro. Vou fazer um alerta inicialmente e um apelo a todas as famílias que passam por essa situação, deputado Roberto, que se vislumbrar algum tipo de violência contra a mulher, não hesite em procurar o sistema de segurança, não hesite em pedir uma medida protetiva, porque aqui no estado do Maranhão, deputado Ricardo Arruda, nenhuma mulher com medida protetiva de urgência teve a sua vida ceifada. O sistema de segurança, através da Patrulha Maria da Penha, deputado Soldado Leite, tem funcionado na garantia da ordem e da segurança dessas mulheres que têm medida protetiva de urgência. Quando acontece um feminicídio, na maioria das vezes, o primeiro nunca é o feminicídio. Começa por um desrespeito verbal, por uma violência psicológica, por um tapa, passa à agressão física e termina com o feminicídio. Deputado Leandro, em via de regra, esse é o roteiro que acontece. E se nós, deputado Rodrigo, tivermos a capacidade de pedir, de apelar, de informar, de insistir para que as famílias não permitam que as mulheres passem por isso, procurem, logo de imediato, desde a primeira violência psicológica, desde o primeiro xingamento ofensivo, um sistema de segurança; naturalmente, o número de feminicídio diminui. E eu volto agora para a cidade de Cururupu: a Yasmim, que teve a sua vida ceifada, já tem quase dois anos, salvo engano, que o processo ainda rola. O processo ainda caminha para a marcação do júri popular. Por último, a Defensoria Pública recorreu da pronúncia aqui para o Tribunal de Justiça. O Tribunal de Justiça manteve a pronúncia feita pelo juiz de base, e nós estamos aguardando agora para que possa ser marcado o júri. Esse eu vou fazer pessoalmente, deputado Júlio. Vou defender a vida da Yasmin pessoalmente. Deputada Mical, nós vamos dar exemplo na condenação do assassino da Yasmin, já vamos preparar o terreno para os assassinos da Luandra e para o assassino da Jéssica, porque, lá em Cururupu, feminicida não vai se criar, como no Maranhão também não. E eu falo de lá especificamente por este número elevado agora. Quero deixar um recado naquela cidade para todos aqueles que acham que podem tocar o dedo em uma mulher. O feminicida da Yasmim vai ser condenado e vai servir de exemplo para vocês que acham que podem tocar o dedo em uma mulher. Fica aqui a minha mensagem, deputada Fabiana, o meu apelo, para que todos nós possamos disseminar essa ideia de que nenhuma família aceite nenhum tipo de violência contra a mulher. Como disse inicialmente, eu encerro: é um roteiro, não começa pelo feminicídio, começa por uma violência moral, uma violência psicológica, depois uma pequena violência física, até chegar no feminicídio. Não permitamos que isso aconteça mais nas famílias maranhenses.