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Pequeno Expediente Othelino Neto
18 de junho de 2024
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO (sem revisão do orador) – Senhores deputados, senhoras deputadas, Senhor Presidente em exercício nesta sessão, inicialmente cumprimento o Deputado Adelmo, bem-vindo de volta. Deputado Miltinho, prazer vê-lo aqui. Que Vossas Excelências possam colaborar muito com o parlamento e com o Maranhão. Mas o que me traz novamente à tribuna hoje é mais um capítulo da novela “governo do calote”, em capítulos sucessivos. Não fosse trágico, seria cômico, porque, a cada dia, chega uma nova denúncia. Quando recebi essa denúncia, há alguns dias, eu fiquei me lembrando do que um querido colega, na tentativa de defender o Governo, disse: que a culpa era do prestador de serviço. Eu digo: ‘bom, o sujeito aluga o seu imóvel, não recebe e ainda é culpado’. Deveria ser preso, então, porque alguma coisa está fora da ordem. Mas falando do caso concreto, eu me refiro ao senhor José Carlos Machado, ele tem 70 anos, Deputado Rildo, ele tem 70 anos e aluga há vários anos, um prédio para o Governo do Estado. O valor do aluguel é R$ 6.500, valor que pode parecer reduzido, para muitos ou para poucos, mas para milhares é um valor muito importante. E ele está, deputados que compõem a Mesa nesta Sessão, ele está há 10 meses sem receber pelo aluguel. E pior, ele está sem contrato. Porque sequer o governo assinou a renovação, o aditivo no contrato. Mas, querem saber onde é? É lá na cidade de Presidente Dutra onde funciona a sede do Ciretran. Então, para aqueles que fazem esse um esforço muito grande para defender o governo, basta aqueles que não militam na região, mas os que passam sempre por Presidente Dutra, vão saber bem disso, Deputado Eric. Basta passar lá, olhar o prediozinho do Ciretran, prestando serviços à população, os serviços estão funcionando. Mas, já sem paciência, querida Deputada Andreia o proprietário do prédio entrou com uma ação de despejo. E hoje, de manhã, vindo para a Assembleia, ele me ligou, Deputado Ariston, Vossa Excelência que paga sempre suas contas em dia, o senhor me ligou e disse que estava com dificuldade de pagar as prestações das faculdades das filhas. As duas fazem Medicina, Deputada Andreia. E é um curso caro, mensalidade cara, manter os filhos em outros municípios que não são os que residem também impõem despesas e ele diz que não está conseguindo pagar. E que, portanto, ele não quer mais alugar para o Governo do Estado. Entrou com uma ação de despejo que ele espera que seja deferida pelo Poder Judiciário. E o que é que vai acontecer? Se a Justiça der a decisão, a ordem de despejo? As pessoas vão ficar sem o serviço ou o governo após a denúncia vai resolver pagar. Porque o governo Brandão, ele funciona assim: tem a cobrança, tem a denúncia, ele resolve, manda correr atrás para pagar, porque a regra é o não pagamento. Este caso do senhor José Carlos, colegas deputados, o problema que ele não é um caso isolado, ele é a regra. E eu vou dizer, novamente: aqueles que tiverem com esses problemas podem me procurar, por meio das redes sociais, que eu farei questão de cobrar. Pode ser que, assim, consigam receber, após o constrangimento público do governo. Mas, infelizmente, essa é a regra, o governo não paga ninguém. Vejam o episódio das bandeirinhas, lá do Centro Histórico. As bandeirinhas foram colocadas no fim de semana, depois de muita cobrança. Cobrança da imprensa, até um estudante de Direito, aliás, eu nem sabia do vídeo, mas depois que eu vi que o secretário de Cultura fez uma queixa-crime contra ele, eu fiquei sabendo do vídeo. De fato, o rapaz foi mal educado no vídeo, não precisava dizer aquelas palavras grosseiras com relação ao governador, ao vice-governador ou ao secretário de Cultura. Já estou finalizando, senhor presidente. Não prestava dizer palavras daquele tipo, bastava fazer a cobrança, que era muito justa. Mas ouvi dizer que aquelas bandeirolas que tanto enfeitam o nosso Centro Histórico, elas não tinham sido colocadas porque o senhorzinho de outro estado veio, em 2023, colocar as bandeirolas aqui e não recebeu o dinheiro dele, aí, quando ele foi contactado de novo, ele disse “não vou, só se pagar a conta anterior, do ano passado, que não pagaram ainda”. Enfim, senhoras e senhores, esse é o Governo do Maranhão, e eu acabei de relatar, em breves palavras, mais um capítulo desta novela, “O governo do calote”.