Início -> Discursos
Pequeno Expediente Othelino Neto
22 de maio de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO (sem revisão do orador) – Senhor Presidente Antônio Pereira, obrigado pela benevolência de ainda permitir minha inscrição, aqui no Pequeno Expediente. Senhoras Deputadas, Senhores Deputados. Cheguei aqui um pouquinho atrasado porque eu estava lá no Hospital Raimundo Lima, ali no Monte Castelo. Fui a convite de alguns pacientes que têm enfrentado dificuldades. E, por dever de justiça, Deputado Presidente Antônio, os pacientes me disseram que lá no Hospital Raimundo Lima estão sendo bem atendidos, acredite, há um hospital no estado que atende bem os pacientes. Mas lá é um hospital de estabilização, Deputado Eric, e os pacientes estão alguns, há um mês, alguns há dois, esperando para fazer um exame e não fizeram porque o equipamento está ou estava quebrado. E alguns dependem deste exame. Um deles é uma angioplastia; o outro é um nome mais técnico, eu não me recordo, dependem para fazer a cirurgia. Estão naquele hospital, Senhoras e Senhores, pacientes que precisam fazer intervenções cirúrgicas para evitar problemas mais graves; inclusive risco de morte e também a perda por conta de problema de circulação, a perda de membros do corpo. Então é muito comum no Hospital Raimundo Lima, você encontrar pacientes que estão na expectativa de fazer uma cirurgia que vão ter dedos ou um pedaço do pé amputado. Enfim e também quem já fez a cirurgia e precisa novamente fazer o exame para que o médico possa diagnosticar, dar alta ou manter a internação. Então, lá tem pacientes que estão, como eu disse, já há dois meses esperando para fazer este exame. Não fizeram porque o equipamento, lá no hospital Carlos Macieira, está quebrado. Agora, senhoras e senhores, este Estado, que recebe muitos milhões de reais para a saúde, não ter peças para reposição, não ter um equipamento a mais, ter um só equipamento para atender várias demandas de várias regiões do Estado é um absurdo, porque, como todo equipamento do mais simples ao mais complexo, ele precisa de manutenção, ele quebra e, quando ele quebra, as pessoas ficam esperando para fazer um exame e, neste intervalo, podem perder, alguém que poderia não perder um membro do corpo pode passar a perder; alguém que teria, por uma infelicidade, que tirar, extrair um dedo vai ter, Deputado Rodrigo, pode perder o pé. E aí, para os insensíveis do Governo do Maranhão, isso é muito natural, aquelas pessoas que não têm condições de pagar para fazer uma cirurgia ficarem dois meses. Só que dois meses podem custar um pé, podem custar uma perna, podem custar uma vida. Mas no Governo Carlos Brandão não existe sensibilidade para isso. A rede de saúde pública do Maranhão foi sucateada. Se eu fosse cada vez que alguém me chama para ir a uma unidade de saúde porque não consegue atendimento, eu teria que dedicar os sete dias da semana para fazer isso. Eu não conseguiria nem vir à Assembleia. Eu fui cedo a essa unidade, e as pessoas, sabe aquelas pessoas sofridas, Deputado Carlos Lula, V. Exa. que fez um trabalho dedicado, construindo o sistema de saúde pública do Estado do Maranhão. Aquelas pessoas sofridas, mais resignadas dizem: “Eu só queria ter o meu atendimento”. “Eu queria fazer um exame para que possivelmente seja liberado para ir pra casa e para liberar o leito naquele hospital.” O outro para poder fazer a cirurgia. Eu estive lá, Deputado Rodrigo, há alguns meses. Tinha uma senhora que já estava há uns seis meses esperando por uma cirurgia e ela me disse conformada: “Deputado, vim para cá. Sou trabalhadora rural e eu já perdi um dedo, mas eu acho que eu vou perder o meu pé. E eu já não queria era perder a minha vida.” Olhe o que disse esta senhora: Eu perdi um dedo, acho que vou perder o pé, mas eu não queria perder a minha vida. Mas os arrogantes do Governo Brandão acham que está tudo bem, porque eles devem morar no Maranhão da propaganda, o Maranhão perfeito, aquele que a gente olha na televisão. E eu fico tentando entender onde é aquele Estado, onde fica aquele Governo. Meus amigos, o Maranhão recebe milhões, mas como eu tenho dito, o Maranhão virou um negócio de família. Os recursos não chegam na sociedade, quer sejam na educação, quer sejam na saúde, quer sejam nas rodovias estaduais. Os serviços não acontecem. Todo mundo está vendo o que está acontecendo, mas, mais uma vez, eu trago esse assunto à tribuna da Assembleia. Não é possível, e nós vamos mostrar as imagens, hoje, Deputado Antônio Pereira, V. Exa. que é médico, é um profissional da área de saúde. Nós vamos mostrar as imagens dos pacientes esperando lá no hospital Raimundo Lima, esperando que o Governo do Estado cumpra com o seu dever. Aquelas pessoas simples aguardando a mão solidária do Estado. Eu vou mostrar nas minhas redes sociais. Talvez chegue naquelas vistas turvas do Governador Brandão para que algum momento, ele se sensibilize.
O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Liberar o microfone do orador da tribuna, Deputado Othelino Neto, para que ele possa concluir vosso pronunciamento.
O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – Estou concluindo, Deputado Antônio. Para que o Governador tenha piedade, para ele ver o mal que ele está fazendo para as pessoas. São pessoas anônimas que não têm a quem recorrer, que o Governador, lá no seu conforto, ele não sente, ele não ouve, ele não percebe. O Governador está cego, surdo e mudo, porque ele está envolvido por pessoas que só pensam em aparelhar o Governo do Maranhão. Que só pensam em fazer negócios com o Governo do Maranhão. Governador, bote a mão na consciência, saiba que tudo que o senhor está fazendo de mal para o Maranhão, isso o senhor vai colher como frutos um dia. Pode ser agora, pode ser depois, pode ser mais na frente, mas o senhor vai prestar contas. Vai prestar contas aqui na Terra e vai prestar conta com Deus porque o senhor está fazendo um grande mal para a população sofrida do nosso Estado. Muito obrigado.