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Pequeno Expediente Othelino Neto
28 de outubro de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO (sem revisão do orador) – Senhor Presidente em exercício Deputado Antônio Pereira, Senhoras e Senhores Deputados. Semana passada, nós acompanhamos estarrecidos a situação da segurança pública no Maranhão. Eu não pude estar presente aqui nas sessões, mas obviamente acompanhei e me manifestei através das minhas redes sociais. E aquela sensação de que nós, que o Maranhão é um barco, um navio cujo comandante ficou em terra firme e o navio está no alto mar, ela se confirmou. Mas ela se confirmou da pior forma, a sensação absoluta de insegurança. E essa insegurança, alguém pode perguntar quem é o culpado, quem são os culpados. São os policiais militares? São os policiais civis? Alguém andou insinuando que as leis seriam as culpadas. Mas, o culpado para esta semana difícil, e registre-se, o problema da segurança pública não foi um problema e não é de uma semana, é um problema crônico que qualquer pesquisa identifica como o maior problema para o povo do Maranhão hoje. E isto tem um culpado, e esse culpado tem nome, e tem sobrenome, e chama-se Carlos Brandão. Esse senhor que não governa o Maranhão, que entregou o Maranhão ao irmão e à cunhada e que, na semana passada, simplesmente desapareceu. E aí, quando se esperava uma explicação e se perguntava: cadê o governador?, o governador, Deputado Rodrigo, estava em local desconhecido. Aí se pensou: não, mas ele e o sobrinho, que é pré-candidato a governador, talvez vão aparecer. Apareceu em Fernando de Noronha, fazendo um brinde talvez àquela situação de terror pela qual vários, milhares de maranhenses estavam passando. Depois tentaram justificar, porque o Governador Brandão agora fralda até férias, inventou umas férias de três dias para tentar justificar o que não tem justificativa. Mas o culpado para esta situação chama-se Carlos Brandão, alguém que não governa o Maranhão, que terceiriza o Estado, que é irresponsável, fujão e que apareceu, domingo à noite, e que espantou a todos quando reapareceu, que por uma coincidência até faltou luz na cidade inteira, quando daquela aparição do governador numa fala carregada, meio que desconexa, tentando justificar o que aconteceu durante a semana e a absoluta ausência. E depois alguém querer dizer que aquela onda de violência era fake news. Como assim, gente? Cidadão morreu, outros foram baleados, as pessoas ficaram sem poder sair de casa, as universidades suspenderam as atividades, escolas fecharam as suas portas, como é que isso é fake news? Fake News é o governo da propaganda do Senhor Carlos Brandão, que não faz nada, que é omisso, que é irresponsável, que é incompetente, que fica zombando da população como se estivesse fazendo alguma coisa que prestasse. Se o governador assumisse a liderança dele no primeiro dia da crise, ele teria reunido o comitê de crise. Como ele fingiu fazer domingo à noite, reunido com o secretário de Segurança, chefe da Polícia Militar, delegado-geral, convidado Tribunal de Justiça, Ministério Público, a própria Assembleia para traçar as estratégias conjuntas e identificar onde cada um pode colaborar. Mas o Estado ficou solto, e não ficou pior porque as Polícias Militar e Civil, apesar de serem maltratadas, desvalorizadas, estavam cumprindo com seu papel na rua. Então, este episódio só demonstra a quadra triste por que passa o Maranhão – um governador politiqueiro, que só pensa na campanha do sobrinho, que não está ligado nos temas importantes para o Estado. E a população, que além de ver que os recursos arrecadados com os impostos, que o Maranhão é o que mais arrecada no Brasil proporcionalmente, são aplicados de maneira que ninguém sabe, aliás, nós sabemos onde estão indo parar, mas não é para promover políticas públicas. Então, além de acompanhar a falta de transparência, o muito provável desvio de milhões de recursos do Maranhão, ainda tem que viver com a insegurança e ainda tem que conviver com a ironia, com o tabefe no rosto do governador querer dizer que não está tendo problema de violência, que é coisa pontual, e que ele ter passado uma semana desaparecido, não teve uma foto, eu desafio alguém que mostre uma foto do governador reunido com alguém para tratar da crise da segurança pública no Maranhão. Não fez, estava em local desconhecido, escondido da crise, porque não tinha o que dizer, porque só sabe mentir, porque só sabe inventar, porque só sabe terceirizar o governo para o irmão e para a cunhada, e todo mundo aqui sabe que se não for através do irmão e da cunhada não se consegue nada no governo. Então, meus amigos, registro aqui, nesta tribuna, que nós vamos continuar cobrando para que o governador, se ele não vai trabalhar para cumprir o papel dele, a obrigação dele, mas nós vamos cobrar todo dia. Eu sei que ele não se constrange…
O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA – Peço que libere o microfone do Deputado para que ele possa concluir o pronunciamento.
O SENHOR DEPUTADO OTHELINO NETO – Vou concluir, Deputado Antônio. Eu sei que o Governador Brandão não se constrange porque esse tipo de coisa, constrangimento, padrão ético, são características que o Governador Brandão não tem, mas ele vai ser cobrado todo dia e ele vai ficar, Deputado Júlio, o Governador Carlos Brandão vai ficar para a história como o pior governador que passou por este estado. Como um governador que construiu um estado patrimonialista para formar fortuna para a família e deixando os maranhenses jogados, deixando os maranhenses subordinados às piores coisas. Nós vamos fazer, todos os dias, aqui, não adianta fazer cara de zangado, dar uma de coronel, ligar para os aliados da gente dizendo que se votar na gente não vai ter nada no município, porque, Governador Brandão, eu disse, repito e enfatizo: o seu poder é frágil, o seu palácio é de areia e o senhor, em breve, estará só, porque ninguém gosta de estar mal acompanhado. Muito obrigado.