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Pequeno Expediente Rodrigo Lago

26 de março de 2025

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, membros da imprensa, pessoas que nos acompanham pelos canais da TV Assembleia, servidores desta Casa, povo do Maranhão. Hoje, iniciará, se assim decidir o Supremo Tribunal Federal, a Ação Penal que pretende responsabilizar verdadeiramente aqueles que planejaram um golpe contra nossa nação. Relembro aqui o dia em que foi promulgada nossa Constituição da República Federativa do Brasil, a Constituição Cidadã, a Constituição de 1988. No seu histórico discurso, o saudoso Dr. Ulisses Guimarães disse, com muita propriedade: “Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito, rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério”. Era tudo que não queria aquela Assembleia Nacional Constituinte ao “reproclamar” a nossa República. E eu digo “reproclamar”, porque não há república numa ditadura. A república é sinônimo de democracia. E o que se viu, no ano de 2022, foi tudo menos o jogo verdadeiramente democrático jogado por quem ocupava interinamente, graças a Deus e graças às instituições que sobreviveram, o Palácio do Planalto da nossa República. O que pretendeu o presidente, o então Presidente Jair Bolsonaro e sua equipe de governo era dar um golpe na Constituição, era se perpetuar no poder à revelia do povo, era suplantar a soberania popular para fazer valer a sua própria vontade. E foi contra isso que resistiram bravamente as instituições brasileiras. O Ministro Alexandre de Moraes, que não foi nomeado por um governo do PT, não foi nomeado por um governo de esquerda, ele foi secretário do governo Tucano, em São Paulo, foi depois nomeado pelo Presidente Michel Temer, exatamente aquele que havia sido algoz da Presidente Dilma, mas ele estava lá e resistiu junto com outros brasileiros, outros bravos brasileiros. O então Ministro da Justiça Flávio Dino, que estava no Ministério naquele fatídico dia 8 de janeiro, quando tentaram concretizar o golpe que vinha sendo arquitetado, e já não era de 2022. O golpe vinha sendo planejado desde antes. Havia um plano de golpe. Havia plano para matar autoridades brasileiras, mas havia um plano para matar a nossa nação e estes traidores têm agora um encontro marcado com o Sistema de Justiça. Quem traiu a Constituição vai ter que responder perante o Sistema Judiciário Brasileiro. E que bom que tenha o devido processo legal e a ampla defesa, porque, ao final do processo receberão, eu tenho convicção disso porque nós todos acompanhamos aquele fatídico 08 de janeiro e depois as revelações que vieram em seguida. Tem mensagens, tem diálogos, tem plano, tem minuta de golpe. E o que se dizia é que estava dentro das quatro linhas, mas não era da Constituição. Eram as quatro linhas da traição, como disse o doutor Ulisses Guimarães: ‘traidor da Constituição é traidor da Pátria’. Conhecemos o caminho maldito e estas pessoas, se o Sistema de Justiça assim verificar as provas, apresentará o que é o caminho maldito para estas pessoas. Como também disse Ulisses Guimarães e nós tivemos a feliz coincidência de ser agora lançado um filme nacional: “Ainda Estamos Aqui”. O doutor Ulisses Guimarães disse: a sociedade foi Rubens Paiva. Não os facínoras que a mataram, pois os facínoras que tentaram matar nossa Democracia que paguem perante o Sistema de Justiça nem um dia a mais, mas também nem um dia a menos de pena para os traidores da Pátria. Muito obrigado, Presidente!