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Tempo dos Blocos Carlos Lula

15 de agosto de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (sem revisão do orador) – Senhor Presidente, bom dia, mais uma vez. Serei breve, porque, de fato, estou preocupado com o Deputado Dr. Yglésio, ele saiu, mas, de fato, se a gente olha a fala dele, não tem começo, nem meio, nem fim, e lamento muito, há coisas que a gente tem de lamentar na vida. Eu peço até desculpas para a sociedade, porque esse tipo de cena não é cena do parlamento, mas não é a primeira, não é a segunda, nem é a terceira vez que o Deputado Dr. Yglésio dá esse tipo de show, de chilique. Ele já brigou com o Deputado Vinícius, já brigou com outros deputados em outros mandatos, já brigou com diversos deputados nessa legislatura. Infelizmente é a conduta dele. Ele sempre faz isso e sempre sai, porque é covarde. Não tem outra palavra para dizer para o Deputado doutor Yglésio: é covarde, não tem coragem sequer de assumir o que faz. E vai falar palavras de baixo calão fora do microfone. Fora do microfone ,porque não tem coragem de assumir o que faz, do que disse a mim, inclusive, sentado ali ao lado. Lamento muito. Lamento, inclusive, até de conviver com pessoas desse nível, completamente desnecessário. Ele está completamente transtornado não sei por qual motivo. Porque se ele tem provas de crime, crimes cometidos por ministros do Supremo Tribunal Federal, que encaminhe isso à justiça. Ninguém está aqui tutelando o que ele vai falar ou deixar de falar. Agora a acusação é grave. Ele está dizendo que há um conluio arquitetado por um ministro do Supremo Tribunal Federal, que arquitetou operações policiais ontem e arquitetarão operações policiais para o futuro. Isso é gravíssimo, ou a gente vai estar levando a tribuna dessa Casa com brincadeira. A gente não pode simplesmente subir à tribuna da Casa, fazer uma acusação desse nível e achar que vai sair impune. Eu estou pedindo a medida. Eu podia fazer o requerimento do meu gabinete, só que não é esse o sentido. O sentido é que a Casa tem a responsabilidade, porque é a instituição que fala, não é o deputado que fala. Não é o Deputado Ricardo, não é o Carlos Lula, não é Deputado Soldado Leite, não é a Deputada Mical, é a instituição que tem que falar. Se a gente sobe à tribuna e faz a imputação de um crime gravíssimo como esse, gravíssimo e dizer que teve sentido, porque é por interesses políticos de outrem. Não, espera aí. Vamos agir com o mínimo de sobriedade necessário, o mínimo de responsabilidade sobre as palavras ditas. Imunidade parlamentar não é para estar se utilizando a tribuna da Casa para ofender outrem; é para ser usado com responsabilidade, com seriedade. Talvez o Deputado Yglésio tenha faltado essas aulas. Ele que diz aí que recebeu já sua carteirinha da OAB, é advogado como eu. Recomendo aqui estudar um pouquinho mais de Direito Constitucional, lá no capítulo que fala de imunidade parlamentar, estudar as decisões do Supremo. Talvez ele melhore sua vinda à tribuna. Não dá simplesmente para imputar… Peço, inclusive, à Mesa, fiz o requerimento à Mesa. Queria ver respondido se sim ou se não, transcrever a fala do Deputado, e encaminhar ao Supremo Tribunal Federal. Não é contra o Deputado. Eu não estou imputando crime ao Deputado. Eu estou levando ao Supremo uma denúncia gravíssima feita aqui na tribuna da Casa. A gente tem que ter responsabilidade, deixar de achar que a gente vai subir aqui na tribuna da Casa para ficar lacrando, fazendo corte em rede social, lamento muito pelo Deputado doutor Yglésio, porque ele não tem coragem, é covarde. Ele sai da tribuna, ele faz a denúncia, não tem coragem de assumir as consequências da denúncia que faz. Dá chilique quando a gente pede as consequências legais da denúncia que ele fez e depois vem para tribuna se vitimizar: Ah! É porque o deputado falou. Espero muito que Vossa Excelência tome seu remédio mesmo, porque está descontrolado. E remédio serve para cuidar das pessoas. Que tome, de fato, porque sei o que é dificuldade de ter gente com problema de saúde mental. Já trouxe esse tema várias vezes, aqui à tribuna da Casa, e trato com responsabilidade. Agora, esse tipo de chilique dado, aqui no Plenário da casa, diante de um requerimento simples, feito à Mesa, não pode ser de alguém que está no seu normal, não pode ser de alguém que está medicado ou que tenha condições de conviver em sociedade. Seria até bom, já que Vossa Excelência vai ser candidato a prefeito fazer exame de sanidade mental, saber se tem condições, de fato, reais, de exercer a sua candidatura, porque me parece que não tem nem pro exercício do mandato parlamentar, porque não consegue sequer conviver com outras pessoas, com outros deputados. Vossa Excelência, de fato, tem meu total desprezo, desprezo, desprezo, enquanto pessoa, desprezo enquanto parlamentar, desprezo enquanto político. Vossa Excelência me enoja, mas, ainda assim, eu respeito seu direito de vir, aqui à tribuna, falar o que achar que deve falar. Agora, assuma e tenha a responsabilidade sobre seus atos. se vem à tribuna fazer imputação de crime a determinadas pessoas assuma as consequências de seus atos. Não saia correndo, da forma covarde que você sempre sai. Eram essas palavras, Senhor Presidente.