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Tempo dos Blocos Dr. Yglésio

05 de novembro de 2024

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, Senhoras e Senhores, a gente acompanha com muita preocupação o que vem acontecendo em Brasília, com a falta de comando do nosso governo federal e do ministro da Fazenda, que esta semana foi interrogado sobre o que ele faria para o país reduzir essa trajetória, deputado Arnaldo, de aumento desenfreado do dólar, ele que o tempo todo falou contra o Roberto Campos Neto, respondeu a quem lhe entrevistou o seguinte: “Isso é papel do banco. Eles têm autonomia para resolver”. Mas, ministro, quais são as medidas que estão sendo tomadas? É, veja bem, sobre as medidas que foram definidas pelo governo Lula, nunca se ouviu do governo Lula nenhuma palavra a respeito do que vai ser feito para combater a escalada da dívida pública. Não custa lembrar que, quanto maior a dívida pública, maior a tendência de aumentar os juros, por quê? Porque o governo procura pegar dinheiro em um valor maior, é forçado a isso, e lamentavelmente isso gera o quê? Menos crédito disponível. Hoje você tenta ir numa Caixa Econômica para fazer um financiamento imobiliário, e encontra dificuldade; hoje você vai a um Banco do Brasil pegar um empréstimo, mesmo consignado que seja, a pessoa enfrenta dificuldade, por quê? Porque os juros estão altos, e o dólar nunca esteve tão alto, lembrando que não estamos num período de pandemia, fica aqui a reflexão. O que esse pessoal está fazendo que não sabe, não tem ideia do que fazer para o país entrar nos trilhos, eles vão dizer que o desemprego reduziu. Eu vou dizer que é óbvio, é uma recuperação pós-pandemia. Eles vão dizer: a inflação está sob controle, mas o custo da construção civil já está acima da meta, há muito tempo, o aumento dos materiais. Aço, ferro, vidro, cimento, tudo que é utilizado na construção civil aumentou, veja os preços dos imóveis que estão sendo vendidos por aí, inclusive os mais modestos possíveis. Vá ali na Cohama hoje ver o que que é uma casa de um milhão, um milhão e meio que eles estão mostrando, e aquilo ali há cinco anos, valia trezentos, trezentos e cinquenta mil reais, e não é só especulação, são custos realmente. Então é preocupante, um governo que não consegue fazer ajuste fiscal, é um governo que não sabe para aonde vai caminhar. Fui antecedido aqui por um deputado que falou dos avanços educacionais no Maranhão, eu digo com preocupação: A educação no Maranhão está andando para trás, o que aconteceu na semana passada, no Liceu Maranhense, tem que ser trazido novamente esta semana, porque não se recebeu em nenhum momento resposta alguma da direção da escola sobre o acontecido. Nós temos que averiguar o que está acontecendo no Liceu, situação estrutural, disseram que tem falta de professores, disseram que tem aluno usando droga, dentro da escola, eu já tive toda a sorte de notícias em relação à escola. E o que eu tive quando perguntei para o diretor foi a chateação dele em dizer que estava triste, não pela situação, mas pelo fato dela ter sido exposta. Que errado estava quem colocou a situação nas redes sociais para que fosse visto. Esse pessoal quer colocar tudo debaixo do tapete e fingir que não está acontecendo, uma verdadeira desmorfização do ensino. Olha isso aí se fosse uma escola privada era o maior problema, tinha tido mudança de direção, de professor, aluno tinha sido expulso. Na época que eu fiz escola teve aluno que saiu da escola, porque andava de mão dada no recreio que, naquele período, escola era para estudar. Hoje, estão romantizando, estão dizendo que nós temos que ter paciência com os estudantes, estão tentando relativizar uma barbaridade, dentro do ambiente escolar, e eu fico me perguntando: Para aonde nós vamos? Hoje, dia cinco de novembro, eu faço a pergunta: para onde não nós vamos? Hoje cinco de novembro lá nos Estados Unidos está tendo uma eleição, deputado Arnaldo, deputado Aluízio, que ela vai mudar muita coisa aqui no Brasil. Caso se confirme, a iminente vitória do Donald Trump lá vai ser uma vitória aqui também no país. Uma vitória da volta das liberdades individuais. Uma vitória da volta da liberdade de discurso da não perseguição, da não perseguição de parlamentares. Semana passada teve censura de livro. O ministro Flávio Dino tirou quatro livros, quatro obras de direito de circulação. Eu concordo que o teor das falas é inadequado, eu jamais apoiaria aquilo ali escrito num livro, mas o que está escrito se combate com outra coisa escrita, e não com a retirada, porque hoje começa retirando porque aquilo era uma escabrosidade, aí daqui a pouco está tirando de circulação só porque a ideia é diferente. Eles podem inclusive responder, e responderam em relação a danos coletivos, danos morais coletivos, R$150 mil. Acredito que esteja certo em relação à multa, mas em relação à retirada de obra literária de circulação, eu fico preocupado. Porque, a partir do momento em que Ministro do STF começa a ter direito de fazer tudo, até mesmo, presidente, de querer colocar deputado desta Casa em inquérito que não é nem de competência originária do STF, aí coloca Assembleia Legislativa, que não é parte, aí coloca os deputados do Maranhão, que não são testemunhas, e a gente sabe a grande concertação que está envolvida nisso aí e quem está por trás disso. Eu fico muito preocupado, eu fico preocupado quando o pseudomoralismo quer corrigir o que não lhe pertence mais, e que por isso não é mais válido, mas ele continua a errar quando tem parente seu, esposa nomeados num gabinete parlamentar. Se os Poderes são independentes e harmônicos, a primeira coisa que o Ministro do Supremo deveria é não ter a esposa como SP 25 no gabinete de um parlamentar aliado, que foi companheiro de partido o tempo todo, a vida toda, de um companheiro de partido da vida toda! Nominalmente: Márcio Jerry Saraiva Barroso. É uma vergonha subir à tribuna para falar de quem quer que seja e ter nomeado a esposa dum ministro do STF no gabinete. Não tem separação de Poderes? Eles não defendem o tempo todo isso aí? Então, assim, é sempre essa covardia institucional. Essa semana, teve uma situação aí no Fantástico – só para terminar, presidente, para não dizer que eu não falei das flores aqui, das espinhosas –, teve uma situação em São Benedito do Rio Preto: prefeito eleito, ele responde por ele; os veículos jornalísticos ligados aos mesmos; segundo colocado, imagina, tirar um do Republicano e colocar um do PT, imagina a desgraça que iria ser. Candidato do Márcio Jerry. Aí começa, do nada, a dizer que é candidato aqui de deputado da Casa. Eu fico constrangido, porque, todo o mundo que é razoável, deputado Aluísio sabe, é casado com uma prefeita, quem governa lá é a prefeita, o deputado Aluísio, que é marido, eu tenho certeza que às vezes ele é utilizado assim para dar um conselho, para dizer assim: “olha eu faria diferente nesse caso aqui”. Mas daí a achar que um prefeito que está fazendo coisas estranhas, muito estranhas, faz isso, e tentar culpabilizar que não tem nada a ver com a história, é coisa realmente de comunista, eu digo. Márcio Jerry, você, para ter qualquer condição de abrir sua boca, até pra escovar os dentes, exonere a Daniella do seu gabinete, porque, senão, você vai estar o tempo todo, porque ela não trabalha lá, você sabe, sei e todo mundo aqui sabe. Exonere aí o ministro para poder falar do Bolsonaro, para poder falar daqui dos deputados da Assembleia, para poder falar de quem quer que seja. Esse é meu pedido a você.