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Tempo dos Blocos Dr. Yglésio
04 de setembro de 2025
Transcrição
O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Ainda não foi para a televisão, começar com salve Bandeira e à bandeira, né? Bandeira, decano aqui da Mesa, pessoa com grande experiência, queridíssimo de todos os Deputados que ali acompanham os últimos moicanos que estão aqui, de maneira resiliente no Plenário, a minha gratidão a vocês por não se juntarem aos comuno-socialistas do eixo soviético na tentativa de esvaziar a Sessão para que nós não falássemos. Mas é assim mesmo, a gente entende, a verdade, ela tem o poder de afugentar, que é gigantesco. Olha, bom dia a todos! Primeiramente, eu quero comunicar à sociedade maranhense que foi vítima de usurpação de recursos da sua grandiosa e gloriosa Empresa Maranhense de Administração Portuária, que nós conseguimos 16 assinaturas, finalmente, todas aqui vão ser publicadas. Está sendo protocolada, hoje, a CPI da EMAP, imprensa, amigos, John Cutrim, John Cutrim, é importante isso aí entrar naquela lista de transmissão para chegar lá no queridíssimo ministro, de maneira presta, rápida, que vai investigar justamente por que que os recursos da EMAP que, legalmente, não poderiam sair da EMAP, eles foram desviados, tiveram desvio de finalidade. Eu não estou dizendo que foi para o bolso do Flávio Dino, estou dizendo que eles foram desviados do cofre da EMAP para o Tesouro Estadual para pagar contas eleitoreiras. Aí, eu vou dizer mais asfalto, em período de eleição, coisas como essa que fizeram sobreviver. Estamos em fase final de coleta também de mais 5 CPIs. A CPI da Comunicação no Governo Flávio Dino, onde foram gastos, em apenas um ano, e não apareceu a divulgação do Maranhão para o Brasil e para o mundo, mais de 88 milhões de reais em um ano, Edilázio. A CPI do FEPA que levou ao esvaziamento dos recursos estatais também das aposentadorias; a CPI dos Respiradores, na pandemia, assunto pelo qual a sociedade até hoje, Deputados, tem curiosidade intensa; e a CPI do Mais Asfalto também, que foram gastos bilhões de reais, em sete anos, supostamente de recursos em estradas e infraestrutura, que não apareceu, as MAs do Maranhão foram destruídas; e, claro, a CPI da Comilança sobre os buffets de Flávio Dino. Nós vamos descobrir para onde foi tanta comida, quem comeu tantos milhões de reais em apenas um ano. Então, teremos a CPI da Emap, já com as assinaturas, estamos com 12 na CPI da Comunicação, 11 na do Fepa, 9 já na CPI dos Respiradores, 13 na do Mais Asfalto e 8 ainda na da Comilança, que essa aqui eu estou explicando para os colegas aos poucos, então nós estamos ainda em construção. Nós estamos a caminho de fazer apurações que são pertinentes demais ao povo do Maranhão. Presidente, há necessidade de se explicar isso aí. O Maranhão precisa entender o que foi que aconteceu, por que se gastaram bilhões em estradas, se essas estradas não existiram, por que se gastaram milhões em comilança, quem comeu tanto neste Estado, que fome foi essa, que tanto buffet foi esse. A CPI da Emap, os recursos do nosso porto que foram usurpados, o futuro dos nossos aposentados com o esvaziamento do Fepa e o dinheiro dos respiradores que foi abafado nessa coisa de Consórcio do Nordeste, que nunca apareceram os respiradores. E claro, nesse caminho, quem sabe abrir aí também um campo para denúncias, receber denúncias da dona Clara Alcântara, porque aqui nós já temos o “bloco dos Claros”, que são agora os representantes que estão tentando substituir a Clara Alcântara, que eu já soube que está desesperada se escondendo dos depoimentos, porque foi utilizada como laranja do “grupo dos Claros”, dentro dos “Claros” tem o líder, que é quase albino, meu querido Deputado Othelino, é o mais claro de todos. E vamos ver o que a Clara tem a dizer, como a Clara teve esse interesse repentino nas questões do Maranhão. Dito isso, eu subo à tribuna também para manifestar a indignação que está acontecendo no julgamento do presidente Bolsonaro. Violações, em plena luz do dia, ontem, foram trazidas pelos advogados as defesas. Trucidaram qualquer tipo de argumentação da Procuradoria-Geral da República. Desnudaram a farsa de Alexandre de Moraes, juiz inquisidor, julgador inquisidor. Absurdos foram cometidos, provas foram forjadas, materiais foram buscados pelo juiz da causa e não pelo procurador da República. O ministro Alexandre de Moraes fez mais de 300 perguntas durante a inquirição das testemunhas e dos depoentes dos réus. A Procuradoria-Geral da República não fez 60. O juiz, em geral, pode complementar perguntas, esclarecer pontos, mas, quando nós pegamos os números, fica claro, o juiz perguntou mais de 300 vezes. Só para o Mauro Cid, o Alexandre de Moraes fez mais de 60 perguntas. Que interesse todo é esse que um juiz, um ministro do Supremo tem de ser promotor? Tudo bem, o Alexandre de Moraes começou como promotor em São Paulo, mas, na função de magistrado, ele não poderia fazer isso, as nulidades processuais são manifestas. Como imaginar um golpe em que o Presidente da República nomeia, ao final do mandato, os chefes de forças armadas do seu sucessor, a pedido do seu sucessor? Como dizer que houve um golpe em que Geraldo Alckmin foi recebido de maneira completamente cortês pelo Ministro Ciro Nogueira, que ficou encarregado de fazer com ele a transição? Dizer que existiu golpe de Estado, tentativa de golpe, de abolição do Estado Democrático, de abolição democrática, de abolição do Estado Democrático de Direito. A gente escuta tantos que, às vezes, até confunde. Como dizer que isso existiu, se Bolsonaro taxativamente em live repetiu: O mundo não vai acabar em 1º de janeiro, vamos seguir nossas vidas e retornar? O desespero do Supremo Tribunal Federal hoje é de que eles sabem, a anistia irá passar no Congresso, e eles já preparam as teses para tentar derrubar a anistia, afundar ainda mais o País no colapso econômico. Já foi dito, a dívida pública este ano será a maior da história. Já foi dito, em 2027 não haverá recursos para cumprimento dos pisos da educação e da saúde. Não há, no horizonte de curto e médio prazo, o espaço para redução das taxas de juros. Ano que vem, eles vão levantar todas as pautas para endividar ainda mais o País, para tentar ganhar, capitalizar eleitoralmente. É tentar mais uma vez reeditar o clima de pobres contra supostos ricos, chega a ser risível. Eles chamam esse governo de picareta, de bandidos, chamam de classe média quem ganha R$ 3.000, nós estamos falando menos de 600 dólares, é classe média para o PT. Dizer que a classe média aumentou no País é um verdadeiro deboche com a cara das pessoas, dizer que quem ganha R$ 3.000 é classe média, mas eles dizem. Enfim, em relação ao julgamento do Bolsonaro. E por último, aqui para finalizar, eu faço um apelo… Só tomar uma água aqui que me engasguei com a castanha ali da Presidência. É castanha, é barato. Ainda bem, não tem desperdício, é só para a glicemia segurar um pouquinho. Então, eu faço um apelo aqui hoje ao Procurador-Geral de Justiça, o Doutor Danilo. Por quê? Em Tarso Fragoso, houve um assassinato, mas a polícia não agiu a contento, infelizmente, nesse dia. Diante de tantos acertos que existem nas nossas Polícias Civil e Militar, neste dia houve uma falha gigantesca. Uma mulher foi encontrada morta, praticamente levada ao hospital com um hematoma gigantesco, uma mulher levada praticamente morta com um hematoma gigantesco na região temporal, um golpe, sem sinais evidentes de rolamento. Foi dito que ela se jogou de uma van. Nós sabemos que uma porta de uma van é extremamente pesada e que se a van estivesse em uma velocidade suficiente para que ela se jogasse e morresse, ela não teria força para abrir sozinha e rapidamente uma porta de uma van em movimento, pela própria selagem, pelo próprio efeito que o ar tem ali. Eles fizeram atendimento em relação a esse caso, não fizeram flagrante, não ficaram com a van. A van ficou dias em posse do suposto criminoso. Teve tempo de ser completamente lavada, provas devidamente ocultadas. E aí, a despeito de um laudo mais do que evidente de agressão física por objeto contundente, o Ministério Público, porque pegou uma investigação contaminada, pediu o arquivamento do caso sem indiciamento do suposto réu. É como se nós fôssemos deixar alguém matar uma pessoa e sair pela porta da frente. Estamos atuando em conjunto com a defesa, que pedirá ao Procurador-Geral de Justiça que faça a designação de outro promotor para reanalisar o caso. A gente espera um promotor fora da jurisdição de Tasso Fragoso, para que a justiça seja feita. Joelma era uma mulher de paz. A justiça precisa ser feita por Joelma. Ela era uma pessoa feliz, tinha uma vida boa e, infelizmente, viveu um relacionamento abusivo em que era perseguida por esse cidadão, que está prestes a sair pela porta da frente sem pagar pela morte. Ficou família, ficaram amigos, indignados, mas jamais vamos deixar de levantar a necessidade de apurar esse caso. Até as últimas instâncias. Infelizmente, nós vemos ainda no Estado que temos uma dificuldade grande de perícia técnica, que o interior passa por dificuldade de pessoal, a polícia, que às vezes as amizades sobrepõem aos interesses da verdadeira justiça. Mas não é por isso que nós ficaremos calados pela memória de Joelma e de tantas pessoas, homens e mulheres que são vítimas, injustiçados, assassinados e muitas vezes esquecidos pelo Poder Público, pelas autoridades judiciais. Não deixo de dizer: estão para condenar um ex-presidente da República sem nenhuma prova por um crime que não existiu. E eu vejo hoje um homem, que tem – eu diria com convicção – 99,9% de chance de ter cometido um homicídio contra a companheira, a namorada, e está prestes a sair completamente impune. Esse, infelizmente, é o Brasil que nós vivemos. Mas se depender do nosso silêncio, ele jamais prosperará. Muito obrigado.