Transcrição

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia, senhoras e senhores. Eu subo à tribuna hoje para nós, primeiro, retomarmos o que foi começado, hoje pela manhã, na entrevista da TV Mirante, que nós tivemos aqui no Estado do Maranhão: um escândalo político da maior gravidade possível e que tem sido enterrado, porque, logo depois que nós começamos com a repercussão nacional em relação à pauta dos áudios nos quais Márcio Jerry, Rubens Júnior e Diego Galdino literalmente achacam o Governo do Maranhão, por conta de duas prefeituras usando o nome do Ministro Flávio Dino. E eu fico impressionado – um homem desse, que podia ter sido um presidenciável, colocar a credibilidade, jogar a credibilidade dele na lata de lixo da história do Supremo Tribunal Federal por conta de Colinas e por conta de Barreirinhas. No final, terminou sendo só por conta de Colinas, porque o irmão de criação afetivo, eu não estou dizendo homoafetivo, para depois não estarem me interpelando judicialmente para dizer o que eu fiz, eu estou dizendo irmão afetivo, está certo? Para deixar muito claro para todo mundo. Porque o irmão queria tomar de conta da Prefeitura de Colinas. Os interlocutores do Ministro chegaram ao Governo do Estado dizendo que ele ou entregavam Colinas para ele, que ele só queria isso, ou não caminhariam as ações lá no STF em relação ao TCE. Estranhamente, logo depois, todo dia nós temos aqui em São Luís praticamente um problema, um assassinato, um assalto, porque o crime é muito forte aqui no Maranhão. E quem ajudou, Fred, a dar esses privilégios e regalias ao crime foi o ex-governador Flávio Dino. Eu aprovei aqui na Assembleia, logo que cheguei, a Lei da Recompensa para fazer com que o Estado pudesse pagar por informações contra o crime organizado. Para não passar vergonha, o Flávio Dino não vetou, mas nunca regulamentou, ou seja, é uma lei natimorta. Por quê? Porque pegaram pressão das facções criminosas: “Olha, nós não queremos isso aqui.”  E acreditem: eles têm interlocução com essas pessoas, caso contrário, não entrariam, como ele entrou quando era Ministro da Justiça, no Complexo da Maré. Tem interlocução.  Eu não estou dizendo que ele é um criminoso, que ele é um faccionado, mas ele tem diálogo com as lideranças dessas pessoas, como o PT também tem. Lula consegue entrar nos complexos sem segurança em áreas onde o BOPE tem medo de entrar.  Então, esse pessoal tem essas relações infelizmente. Então, estavam sendo cometidos crimes aqui no Estado do Maranhão, pressões, tráfico de influência, tudo. E logo quando isso estourou, começou, áudio fake de Bonde dos 40. E sabe o que aconteceu, Edilázio? Nadinha. No sábado que ia ter uma carnificina, que fez com que meus filhos não fossem para aula, porque a escola cancelou, que Olimpíadas de Matemática de jovens fosse canceladas, de patrões que ficaram sem seus funcionários, trabalhando, por conta disso, de medo, eles pararam a cidade para tentar fazer a história do Flávio Dino pressionando o Governo do Estado morrer. Toda vez fazem isso quando tem alguma coisa nesse sentido. Não é mera coincidência. Da mesma forma que o sistema de distribuição do STF precisa ser analisado. De 10 ações que correm relacionadas ao Estado do Maranhão, Flávio Dino responde por 5 delas, Fred, contra Deputados do Maranhão, contra a TCE, Federação Maranhense de Futebol. Sabe com a possibilidade matemática disso acontecer? 1,42% de 10 ações ele relatar 5 ações. Então, é óbvio que o sistema de distribuição do STF está viciado. Nós estamos sendo vítimas aqui no Estado de um governo paralelo, de uma tentativa de governo paralelo, que cada vez mais nos constrange, porque nós queremos um ministro exercitando o papel dele, no STF, traduzindo errado as Sagradas Escrituras, citando Israel no lugar de Isaac, demonstrando que o conhecimento bíblico dele, é da profundidade de um pires decorado previamente aos discursos, mas ele tem o direito, ele foi nomeado pelo presidente da República, o presidente da República que disse, os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários, a operação que o governador Cláudio Castro, não foi uma operação, foi uma matança, eles chamam de meninos, dentro da imprensa alinhada ao PT e à esquerda, eles chamam que morreram pessoas lá, eles têm vergonha de utilizar a palavra criminosos, quatro horas da manhã, no meio da mata, dando tiro em polícia, é cidadão de bem, não é bandido? Da mesma forma que o Wellington trouxe assalto ao banco Bradesco no interior, Zé Jorge, tem trabalho no Maranhão, tenta fazer uma obra, em Barreirinhas, para construir uma casa, tu não achas um pedreiro, aqui em São Luís, tu não achas um carpinteiro para fazer forma de caixa, mas para assaltar banco, tem gente para assaltar banco. Então não é falta de oportunidade este discurso, Arnaldo Melo, demagógico, de que só existe para o crime, porque a sociedade não dá oportunidade. É digno trabalhar como carpinteiro, é digno fazer obra, é digno varrer o chão, é digno catar o lixo, mas, realmente, é mais fácil conseguir uma arma e colocar na cabeça da pessoa e me dizer me dá tudo que tu tens, o teu celular, as tuas economias, é mais fácil. E é esse pessoal que a esquerda protege. Lula disse que: “Ah, enviamos um Projeto Antifacção, que vai ser esse, sim, vai resolver o crime”. A primeira coisa que tem no projeto, Deputado, é reduzir de 3 anos para 1 ano e 8 meses o faccionado que supostamente tiver bons antecedentes. Se tivesse bons antecedentes, não estava numa facção. É isso que eles querem, eles querem evitar que se comparem facções, criminosos, a terroristas, mas tem as mesmíssimas motivações. Ou alguém acha que um grupo que explode uma bomba, ele está ali apenas por ideologia, ele não quer mexer ali na cotação do barril de petróleo para alguém ganhar e alguém perder, só a falta de conhecimento absurda, não consegue ver que hoje essas organizações criminosas, faccionadas, são paramilitares, paramilitares com bomba, com drone, com 91 fuzis encontrados. E aí eles querem dizer, não, o crime está na Faria Lima, o crime está não sei onde, é o braço financeiro. Não existiria o dinheiro na Faria Lima, animais, se não estivessem dispostas a empunhar facas, pistolas, revólveres e fuzis às pessoas na ponta. Porque o que domina e garante a prosperidade financeira das facções é o medo, e o medo gera dinheiro, e não o contrário, mas a esquerda é imbecil demais para ter essas conversas, muito obrigado.