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Tempo dos Blocos Dra. Vivianne

27 de agosto de 2024

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Transcrição

A SENHORA DEPUTADA DRA. VIVIANNE (sem revisão da oradora) – Bom dia a todas e a todos! Queria cumprimentar aqui a Mesa; Deputado Ricardo, ali na Presidência; os colegas deputados que ainda estão aqui hoje; imprensa; rádio; e TV Assembleia. E queria aqui subir e vim aqui a essa tribuna hoje, gente, para falar de uma lei de minha autoria, Lei n.º 12.192, que cria a Semana de Conscientização e Combate ao Uso do Cigarro Eletrônico. Eu acredito que eu fui muito feliz; desde o ano passado, essa lei foi sancionada pelo nosso Governador Carlos Brandão, em dezembro do ano passado, e eu agradeço muito a sensibilidade, porque esse tema está cada vez mais atual e na mídia. Queria agradecer também aos nossos colegas, que eu tenho certeza que 100% aqui dessa Assembleia apoia essa lei. Gente, como profissional da área de saúde, figura pública, deputada, mãe de dois rapazes de 21 e de 25 anos, eu não poderia tapar os olhos ao que está acontecendo quanto à disseminação dessa droga, que é o cigarro eletrônico. Inicialmente, surgiu como uma alternativa menos maléfica ao cigarro comum, foi isso que alegou a indústria, uma indústria que, com certeza, deve ter um lobby muito grande, e que tem perdido, ao longo dos anos, o seu poder de lobby, porque, com certeza, é visível, na nossa sociedade, que, nos últimos anos, o cigarro perdeu, o cigarro comum perdeu a sua força, sobretudo na nossa juventude, que considerava o cigarro uma coisa fedida, uma coisa cafona, uma coisa ultrapassada e que só fazia mal à saúde. Mas veio que a indústria, surgiu essa armadilha, dizendo que tinha um dispositivo que não fazia tanto mal à saúde, que é cheiroso, que tem aroma, que é agradável e que é moda hoje para os nossos jovens. Assim como o cigarro comum foi há muito tempo atrás, botavam profissionais do cinema, artistas para fumar, como se fosse uma coisa, uma moda, como se fosse uma coisa, digamos, elitizada. Enfim, um modismo. E os nossos jovens, infelizmente, estão caindo nesta armadilha, e é preciso nós, adultos, figuras públicas, fazermos essa conscientização, porque eles não vão se viciar porque eles querem, eles vão se viciar porque, nesse cigarro eletrônico, existe uma substância que existe no cigarro normal, que é a nicotina, que é uma droga psicoativa altamente viciante. Estudos mostram que talvez seja tão viciante quanto a cocaína, e os nossos jovens vão se viciar no cigarro eletrônico, disso aí vocês não tenham dúvida. Começaram a dizer que não vicia, que não faz mal à saúde, e isso é uma grande mentira gente, e a gente não pode classificar as drogas, a que faz mais mal e a que faz menos mal. Faz mal, sim, à saúde. É proibida no Brasil. E agora a gente está vendo até na mídia nacional, o Congresso está discutindo a hipótese de regulamentar ela, aí vai ser outro debate, porque a gente sabe que ela está sendo vendida, está sendo comercializada aí, como se a venda não fosse proibida. Eu tenho certeza que todos sabem disso. Então, vai ser outra discussão, porque, da maneira também que está acontecendo aqui no nosso país, a gente não sabe mais o que é que vai ser bom, se vai ser regulamentar, porque alguns dizem que está entrando de todas as maneiras, com todo tipo de substâncias colocado, dessa maneira que ela está comercializada. Mas é preciso que a gente tenha atenção para essa conscientização contra essa droga que está tomando conta da nossa juventude. Eu tenho certeza que todos vocês sabem; muitas vezes, os pais não sabem, é um dispositivo pequeno, que não tem cheiro, os alunos estão levando e fumando dentro das escolas, ninguém fica sabendo, dentro dos banheiros da escola, porque é muito fácil esconder, não tem cheiro. Eles estão sendo iludidos e cabe a nós, Poder Público, fazer campanhas, pelo menos, de conscientização dos nossos jovens, para dizer para eles que eles vão se viciar, sim, porque no cigarro eletrônico pode não ter o alcatrão, pode não ter as drogas que são eliminadas pela combustão do uso do cigarro comum, mas tem a nicotina e tem os aerossóis que, hoje, já existem até uma Síndrome Evali, que é um tipo de pneumonia causada pelos aerossóis que têm nessas drogas, que é uma pneumonia grave, que já está acontecendo e que já está sendo associada ao uso desses cigarros. Eu acredito que nós, como Poder Público, temos a obrigação de fazer esse alerta, fazer essa campanha de conscientização contra o uso do cigarro eletrônico e o combate ao uso. E principalmente conscientizar, porque, repito, eles introduziram como se fosse uma coisa que não faz mal, que tem um cheiro bom e que veio para substituir o cigarro, digamos, tradicional. E pegou a moda e o nossos jovens que eram totalmente avessos a usar um dispositivo que tem uma das substâncias mais viciantes, uma das drogas mais viciantes, que é a nicotina, hoje, estão fazendo o uso e voltando a se viciar nessa droga, que é a nicotina. Então, esse ano, eu ainda não pude ter, a lei foi sancionada, em dezembro do ano passado, ainda não consegui dar essa campanha a importância, a divulgação que ela merece ter, mas eu espero que, a partir do ano que vem, eu vou conversar tanto com nosso Secretário de Saúde como com secretário de Educação para que a gente faça campanhas educativas de palestras de profissionais de saúde nas escolas públicas, sobretudo, da rede estadual, que é onde funciona o ensino médio dos nossos jovens. Mas peço apoio de todos, todos os deputados, todos nós aqui que temos a saúde como bandeira, todos nós aqui que temos filhos que a gente olhe é com atenção para essa lei, para essa campanha de conscientização. Porque eu tenho certeza que a gente está regredindo, a gente está dando um passo atrás, por falta de conscientização dos nossos jovens, por falta de divulgação da verdade sobre o uso e dos malefícios que esse dispositivo traz para saúde dos nossos jovens. Eram essas minhas palavras, agradecer e agradecer também mais uma vez a sensibilidade do Governador de ter sancionado essa lei n° 12.192, de minha autoria. Muito obrigada a todos!