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Tempo dos Blocos Mical Damasceno
19 de março de 2025
Transcrição
A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO (sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, nobres Deputados, mais uma vez, eu estou aqui na Tribuna, desta vez para falar numa visão do Evangelho, em uma visão cristã referente a tudo que eu for tratar aqui nesta Tribuna. Agradeço a Deus mais uma vez por estar aqui. Inicio minhas palavras, Senhores Deputados, com uma reflexão bíblica que todos conhecem, que diz assim: “Se alguém de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra.” Está escrito em João 8:7. E baseado nisso, eu, que nasci em berço cristão, sempre entendi que o evangelho é amor, o evangelho é perdão, o evangelho transforma a vida. E Jesus, quando veio a essa baixa Terra, ele veio com o propósito de salvar. Ele não veio para os bons. Ele veio para libertar aqueles que haviam se perdidos. Então, estamos em um mundo onde o julgamento humano muitas vezes é implacável. A sociedade, sem conhecer toda a história, aponta o dedo, condena sem dar espaço para o arrependimento e a transformação. E eu quero aqui falar sobre o nosso colega Deputado Dalton Arruda. Por que eu vim falar? Porque sou realmente conhecedora de que Jesus pode transformar. E o Deputado Dalton Arruda tem sido alvo de julgamentos pelo seu passado. No entanto, até o momento, a Justiça não o condenou e, mais do que isso, ele mesmo reconhece os seus erros. Deu um novo rumo à sua vida e hoje construiu uma nova história ao lado da sua esposa Poliana. Eu não tenho amizade com eles e vim ter contato com eles há pouco tempo. E ela me relatando “Mical, o meu esposo é um bom homem, é um bom pai. Durante esses anos que eu convivo com ele, nunca ele fez algum ato de violência contra mim.” Então, se ele fosse, Deputado Wellington, um homem que permanecesse no erro, talvez não estivesse aqui falando com vocês. Mas ele está, talvez ele esteja nos escutando lá no gabinete, e isso nos ensina algo fundamental: enquanto há vida, há esperança. Assim é o Evangelho de Cristo. Só não tem mais jeito depois que morre, mas, enquanto há vida, há esperança. A pessoa pode ser transformada, a pessoa pode ser mudada, porque Jesus pode transformar. O Evangelho de Cristo não se baseia apenas em justiça, mas também em amor, perdão e transformação. Se Deus, em sua infinita misericórdia, concede ao homem a oportunidade de recomeçar, quem somos nós? Quem somos nós para negar essa chance? É por isso que eu trouxe essa discussão para esta Casa hoje. Claro, ninguém está acima da lei, mas, até que haja uma sentença, é preciso lembrar que nossa função não é apenas apontar falhas, mas também reconhecer quando há arrependimento e mudança genuína. Foi o que me testemunhou e relatou a senhora Poliana. Não podemos esquecer, Senhores Deputados, que depois da morte vem o juízo. Mas, enquanto há vida, como eu já falei, há esperança. Que possamos agir com justiça, mas sem nos esquecer da compaixão e do ensinamento maior de Cristo, o amor que restaura e transforma a vida. Muito obrigada, Senhor Presidente.