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Tempo dos Blocos Ricardo Arruda

09 de julho de 2025

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Transcrição

O SENHOR DEPUTADO RICARDO ARRUDA (sem revisão do orador) – Bom dia a todas e a todos! Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, servidores da Casa, imprensa, povo do Maranhão. Deputado Antônio Pereira, veja como são as coisas, geralmente, a Oposição cobra a ausência de obras, o Governo não fez isso, o Governo deixou de fazer aquilo, determinada necessidade do Estado não foi atendida pelo Governo do Estado. Mas qual a nossa surpresa, Deputado, que as cobranças que têm sido reiteradas, aqui na Casa, são justamente para apressar a conclusão das obras. Ninguém questiona que o Governador Carlos Brandão está ampliando a quantidade de Centros de Hemodiálise, mas a Oposição cobra que concluam o mais rápido possível o Centro de Hemodiálise de Santa Inês. Ninguém questiona a importância da conclusão e da construção de um hospital de alta complexidade na Região Tocantina. A Oposição não nega que está sendo construído pelo Governo do Estado, a Oposição cobra que se conclua o mais rápido possível. Veja, Deputado, como o Governo Brandão está no caminho correto, ruim seria se a Oposição estivesse aqui apontando a necessidade de se ampliar a quantidade de Centros de Hemodiálise, que a Oposição estivesse aqui dizendo que a Região Tocantina precisa de um hospital de alta complexidade, de fato precisa, Deputado Eric. Mas a Oposição vem dizer o quê? Precisa concluir. De fato, precisa concluir, Deputado Othelino, de fato, precisa concluir. Mas eu acompanhei muito, de perto, a implantação do Centro de Hemodiálise de Grajaú e lá eu por acompanhar, de perto. Eu sei que existem vários procedimentos que devem ser adotados para se garantir que o serviço seja implantado com segurança, Deputado Edilázio, e é isso que o Governo está fazendo, concluindo as obras para que elas possam prestar serviço com segurança e com qualidade. E no caso específico do Hospital da Região Tocantina, Deputada Cláudia Coutinho, ainda não foi concluído, porque a resolutividade do hospital está aumentando. Aquele projeto inicial que previa uma quantidade de leitos, uma capacidade de atendimento, isso está sendo ampliado, por conta disso, ainda não foi posto em funcionamento, Deputada Iracema Vale. Então, veja como é a situação do Governo Carlos Brandão, está sendo cobrado para que apresse, para que disponibilize o mais rápido possível aquilo que o governo está fazendo. Veja como é que são as coisas, e o quanto o Governo Carlos Brandão está no caminho correto. Foi falado aqui também, o Deputado Fernando Braide, sobre a questão do Hospital da Ilha para que funcione de porta aberta. Deputado Fernando, eu fico pensando o que seria da Ilha de São Luís se não tivesse as UPAs mantidas pelo Governo do Estado. Nós sabemos que o atendimento ambulatorial é responsabilidade do município, nós sabemos disso, mas vamos pensar a Ilha de São Luís sem as seis unidades de pronto-atendimento que são mantidas pelo Governo do Estado. O que seria do atendimento ambulatorial no município de São Luís e na Grande Ilha? Só as três UPAs que estão no território do município de São Luís, Deputado Fernando, atendem mais de 480 procedimentos no mês de março. No mês de março, foram 484.000 atendimentos, procedimentos realizados nas UPAs do município de São Luís. Se nós pegarmos esses procedimentos e expandirmos para seis unidades básicas da Grande Ilha, será muito superior essa quantidade. Agora, Deputado Florêncio, imagina a gente tirar isso, essas unidades que são porta aberta, que são responsabilidade do município, imagine se o Estado não disponibilizasse esse serviço. Então, a gente precisa colocar as coisas, Deputado Antônio Pereira, e aí parabenizo V. Exa. pela coragem de vir aqui a esta tribuna e trazer tantos temas relevantes. Nós precisamos colocar as coisas como, de fato, elas são. E V. Exa. foi até generoso, Deputado Antônio Pereira, quando tratou da sucessão estadual, e disse que o Prefeito Eduardo Braide não está tratando sobre isso. Ele pode não estar tratando, Deputado Fernando, e V. Exa. sabe a amizade, a consideração que eu tenho por V. Exa. e também pelo prefeito, ele pode não estar tratando publicamente, mas está articulando sim, se não estivesse articulando, ele não estaria promovendo tratativas na Região Tocantina. Se ele não estivesse vislumbrando uma candidatura ao Governo do Estado ano que vem, ele não estaria levando a estrutura da Prefeitura de São Luís para a AgroBalsas. Para quê? Qual a necessidade, Deputado Antônio Pereira? Se ele não estivesse vislumbrando um eventual projeto político para o ano que vem, será que, se ele não tivesse esse interesse, ele não desautorizaria todos esses debates, dizendo: “Não, eu sou prefeito de São Luís, fui eleito pelo povo de São Luís e vou levar meu mandato até o final”. Se ele não tivesse esse interesse, e veja, Deputado Rodrigo, que contradição, está se questionando o governador, Deputado Davi, porque está tratando da sucessão, Deputado Edilázio. O  Governo Carlos Brandão encerra ano que vem, é natural que ele trate da sucessão dele, claro que é natural. O que eu não considero natural é um prefeito recém-eleito já estar pensando em outro mandato lá na frente. Não digo que não é legítimo, mas que desse modo não se aponte o dedo para o Governador Carlos Brandão , dizer que ele está tratando do “paco”, de não sei o quê. Será que na sucessão do Prefeito Braide, quando estiver faltando um ano, ele não vai estar tratando sobre sucessão? Então, essa contradição, eu diria até hipocrisia, que às vezes irrita. O governador que está encerrando o mandato ano que vem não pode tratar de sucessão, não pode apontar alguém que ele prefira, que ele tenha mais simpatia de indicar para sua sucessão.

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO – Deputado Ricardo, se possível, V. Exa. me conceda um aparte.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO ARRUDA – Só um segundo, Deputado, concedo com todo prazer. Então, essa é que é a contradição que existe. E eu fico muito feliz de fazer parte de um Governo que está tratando sobre sucessão no tempo certo. O tempo é agora. E nós sabemos, Deputado Soldado Leite, que a política não tem vácuo. Ou o Governador ocupa esse espaço e assume a condução do processo político no âmbito do seu grupo político, ou outros farão, ou ele vai ser levado a reboque. Quem não faria isso? Eu tenho certeza de que qualquer Deputado da Oposição se estivesse na posição do Governador Carlos Brandão, estaria, sim, tratando de sucessão, estaria sim, trabalhando para construir um nome no qual ele tivesse confiança e que seria garantia da continuidade do Governo que ele vem realizando. E, por último, e já ouço, Deputado Rodrigo Lago, Deputado Othelino Neto, fala de compromissos que não teriam sido cumpridos. Que compromissos são esses, Deputado? Vossa Excelência falou sobre compromisso com o povo. Será que os principais programas sociais do Governo Flávio Dino não estão sendo mantidos e ampliados? Os IEMAS não estão sendo ampliados? Os restaurantes populares foram praticamente duplicados. As escolas dignas foram ampliadas também. A hemodiálise, que é um compromisso do Governador Flávio Dino com a Saúde, foi duplicada. Então, não falemos de políticas públicas que não tiveram continuidade. Todas tiveram, sim, Deputado Antônio Pereira, todas tiveram continuidade e foram ampliadas. Pode pegar todos os carros-chefes do Governo anterior, todos eles foram ampliados no Governo Carlos Brandão. E se não são os projetos sociais, e se não são os programas de saúde, quais são os compromissos que não foram cumpridos? Então, nós precisamos pontuar as situações, Deputada Iracema Vale, Presidente Iracema Vale. E eu acho que esse é que é o debate que nós temos que trazer para a Casa. E é muito importante que a população do Maranhão saiba o que está sendo feito e as narrativas que estão tentando construir. Ouço o Deputado Rodrigo Lago e já peço, de antemão, os cinco minutos da Liderança do Bloco para que ele possa concluir após o aparte do nobre colega Deputado Rodrigo.

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (aparte) – Deputado Ricardo Arruda, eu até concordo. Acho que o governante pode e deve tratar da sua sucessão sempre que assim desejar. Mas quem disse que ele não trataria este ano foi o próprio Governador Carlos Brandão. Disse várias vezes que ele só tratará de eleição em 2026. O que Vossa Excelência sustenta, hoje, defendendo a posição que ele já está tratando, e é correto e é legítimo que trata, Vossa Excelência está desmentindo o Governador. Aí já não sou eu. Eu venho aqui e sustento que quando o Governo mente e tem mentido sistematicamente, eu vou para a tribuna e digo “o governo da mentira” e trago geralmente documentos e provas da mentira. Mas vejo que Vossa Excelência já se associa a mim a denominar o Governo da mentira, porque está Vossa Excelência tratando o Governador como tendo feito, como tendo dito uma mentira.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO ARRUDA – Deputado, não tente colocar palavras na minha boca. Eu estou dizendo que ano que vem haverá uma sucessão e é natural que a sucessão seja tratada. E seria hipócrita dizer que não há tratativas, que não há conversas, articulações, claro que há, como haveria em qualquer governo. Agora o tempo do Governador de definir é o tempo dele, porque o governador já teria que bater o martelo com relação. Eu já tratei sobre isso aqui na tribuna dessa Casa anteriormente. Vossa Excelência acompanhou quando eu tratei sobre isso. Por que o tempo do governador tem que ser pautado? Peço, Presidente Davi, que me conceda os cinco minutos da Liderança, por favor! Não usarei nem os cinco minutos. Sem apartes, conforme determina o Regimento. Então, Deputado Rodrigo, não tente colocar palavras na minha boca. Eu não estou dizendo que o governador está encampando a situação. Eu estou dizendo que é natural que se ocorram articulações. Agora também não se pode pautar o tempo do governador, Deputado Florêncio. Não se pode pautar. Por que o governador já tem que bater o martelo e dizer: “O candidato a governador é fulano e o vice é o cicrano”? Isso é que, às vezes, a Oposição tenta fazer e que eu já disse isso nessa mesma tribuna, na semana passada, eu disse a mesma coisa. O governador tem o tempo dele e ele deve avançar, conforme ao entendimento dele. E nós, enquanto grupo político, nós temos que seguir a orientação e o comando do Governador com relação à sua sucessão. Eu já disse isso semana passada, Flávio Dino, que, hoje, está no Supremo Tribunal Federal, na época, ele conduziu a sucessão e todos os movimentos políticos, ele empreendeu no momento em que ele achou mais conveniente dentro do cálculo político, da estratégia política que ele montou. E o Governador Carlos Brandão não pode, Deputado Antônio Pereira, ser negado a ele essa mesma prerrogativa, porque o Governador é ele e quem conduz o processo político no âmbito do grupo que o apoia é o Governador. Mas é isso, Senhor Presidente, que eu queria trazer, parabenizar, mais uma vez, o Deputado Antônio Pereira pela coragem de trazer tantos temas importantes aqui para esta tribuna e fico feliz de poder também contribuir com mais estas informações ao pronunciamento que o Deputado Antônio Pereira trouxe para este Grande Expediente. Muito obrigado, Senhor Presidente.