Projeto de Carlos Lula garante alimentação nas férias para alunos da rede pública estadual

Assecom / Dep. Carlos Lula

Diante de uma realidade alarmante, em que mais de um quarto dos lares brasileiros enfrenta algum nível de insegurança alimentar, segundo dados do IBGE, o Maranhão busca alternativas para mitigar a fome. Nesta quinta-feira (7), a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei 404/2023, de autoria do deputado estadual Carlos Lula (PSB), que cria uma política de combate à fome destinada a alunos da rede pública estadual no período de férias escolares. O projeto segue para sanção do governador Carlos Brandão.

Carlos Lula destacou o papel social da escola como mais do que um espaço de aprendizado. “Sabemos que a escola é também um espaço de equidade social. Especialmente com o ensino em tempo integral, muitos alunos têm acesso a uma alimentação que talvez não encontrariam em casa. No período de férias, porém, essa segurança alimentar desaparece. Com a aprovação deste projeto, a ideia é que as escolas continuem a oferecer esse suporte essencial nas férias”, afirmou o deputado.

Para estudantes como Ítalo de Oliveira, de 16 anos, a medida é fundamental. “Muitos alunos consideram a merenda como uma refeição crucial no dia, não só um lanche. Quando vêm as férias, fica difícil para famílias que já enfrentam dificuldades financeiras”, comentou Ítalo, que cursa o primeiro ano do ensino médio na escola Dr. Clarindo Santiago, no bairro Olho D’Água.

A nova política beneficiará alunos cujas famílias estão inscritas no CadÚnico e recebam o Bolsa Família, com pelo menos 85% de frequência escolar e uma renda familiar per capita mensal de até R$ 218,00. Segundo Carlos Lula, o projeto não apenas atende uma necessidade, mas também coloca o Maranhão como exemplo para outros estados e municípios. “Queremos que o Maranhão lidere esta iniciativa, mostrando ao Brasil que é possível garantir a alimentação das crianças e jovens mesmo fora do período letivo”, concluiu.

A proposta de Carlos Lula reforça políticas de segurança alimentar, garantindo que os estudantes da rede pública tenham suas necessidades básicas atendidas, independentemente do calendário escolar.

‘Pautas Femininas’ debate garantia do direito à alimentação e benefícios para a saúde humana

Agência Assembleia

O programa ‘Pautas Femininas’, que foi ao ar nesta segunda-feira (21), pela Rádio Assembleia (96,9 FM), conversou com a botânica e pesquisadora em biodiversidade alimentícia Mahedy Passos. Na ocasião, a entrevistada falou sobre a garantia do direito à alimentação e benefícios para a saúde humana.

Comandado pelas apresentadoras Josélia Fonseca e Régina Santana, o ‘Pautas Femininas’ destacou, entre os assuntos abordados, as chamadas Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs).

“Temos um país e um estado biodiverso, com muitas espécies de plantas comestíveis não convencionais, que são desconhecidas, ou negligenciadas ou subutilizadas. É importante que as pessoas conheçam este potencial para que a gente não ouça mais falar que o Maranhão tenha problemas relacionados à fome ou à insegurança alimentar”, destacou a pesquisadora.

Mahedy Passos ressaltou a importância de uma alimentação biodiversa, que proporcione todos os benefícios que as plantas podem oferecer, tendo sempre atenção para o fato de que umas podem ser consumidas in natura e outras não.

A pesquisadora é autora do livro ‘PANC é Pop: Plantas Alimentícias Não Convencionais’, no qual traz um estudo sobre PANC e seus usos, com lista de espécies, aspectos gerais e receitas ilustradas.

Para tornar as PANCs mais conhecidas, a pesquisadora aponta como um dos caminhos a base educacional, nas salas de aula, bem como a conscientização dos agricultores. “Se começarmos na sala de aula e também em casa, vamos repensar nossos hábitos alimentares até mesmo por conta das mudanças climáticas. Também é necessário que os agricultores detenham este conhecimento, que, na maioria das vezes, estamos resgatando, porque já existem”.