‘Café com Notícias’ detalha campanha de conscientização sobre a hanseníase

Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

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No programa ‘Café com Notícias’ desta terça-feira (4), na TV Assembleia, o tema abordado foi o Janeiro Roxo, campanha de conscientização sobre a hanseníase realizada neste mês. A jornalista e apresentadora Elda Borges recebeu a supervisora de Enfermagem do Hospital Aquiles Lisboa, Cinthya Agostino.

O objetivo da campanha, segundo a gestora, é informar a população sobre a doença e incentivar o diagnóstico precoce. Atualmente, o Brasil ocupa a segunda posição mundial em número de novos casos de hanseníase diagnosticados anualmente.

Cinthya Agostino enfatizou que a hanseníase ainda é uma doença em que os acometidos sofrem muito preconceito e estigmas. Por isso, a importância de campanhas como o Janeiro Roxo.

Sobre os sintomas da doença, Cinthya Agostino destacou o aparecimento de manchas na pele, de cor esbranquiçada, avermelhada ou acastanhada; alteração de sensibilidade nas manchas; sensação de choque, dormência ou fisgada nos pés e mãos; a diminuição da força muscular das mãos, pés ou face e Nódulos (caroços) no corpo, avermelhados e dolorosos.

A supervisora de Enfermagem do Hospital Aquiles Lisboa alertou que, em alguns casos, os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, como má circulação e outros problemas vasculares.

A hanseníase é transmitida pelas vias aéreas superiores (espirro, tosse ou fala), geralmente após contato prolongado com pacientes não tratados na forma contagiosa (multibacilar). Objetos pessoais não transmitem a doença. 

Sobre o diagnóstico da doença, Cinthya Agostino explicou que é feito de forma clínica, através de exames dermatológicos e neurológicos. Ela reforçou que, após iniciado o tratamento, a transmissão é interrompida nos primeiros dias de uso de medicamentos.

“O tratamento é todo feito pelo SUS. O paciente recebe a medicação, gratuitamente, lá mesmo no Aquiles Lisboa. Quando o paciente é diagnosticado, de imediato, já inicia o tratamento, que pode durar de seis meses a um ano e quem vai determinar o tratamento é a médica e o estágio da doença”, ressaltou Cinthya Agostino.

O ‘Café com Notícias’ é exibido de segunda a sexta-feira, às 8h30, na TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309).

‘Saúde e Bem-Estar’ aborda o Janeiro Roxo de conscientização sobre a hanseníase

Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

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O programa ‘Saúde e Bem-Estar’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), conversou, nesta quarta-feira (29), com a supervisora de Enfermagem do Hospital Aquiles Lisboa, fisioterapeuta Cinthya Agostino. Ela abordou, dentre outros assuntos, sobre a campanha Janeiro Roxo, que é uma ação de conscientização sobre a hanseníase.

Cinthya Agostino esclareceu que a campanha Janeiro Roxo tem por objetivo combater o preconceito, alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da hanseníase.

“As pessoas mais vulneráveis, ou seja, as de baixa renda são as mais acometidas pela hanseníase. Em 2023, tivemos 130 casos novos e, em 2024, 85 casos. E acontece, as recidivas, que são as pessoas que já fizeram tratamento e voltam a ter a doença. Geralmente, voltam devido as pessoas não seguirem o tratamento correto. Por isso, é muito importante que o paciente faça, siga, rigorosamente o atendimento e faça uso da medicação correta”, destacou.

Atendimento

A supervisora disse que o Hospital Aquiles Lisboa oferece o tratamento completo para o paciente diagnosticado com a hanseníase.

“Contamos com uma equipe multidisciplinar de profissionais qualificados como, por exemplo, psicólogo, terapeuta ocupacional, podóloga, etc. Contamos, inclusive, com o setor de calçados, para atender aqueles pacientes que tiveram alguma deformidade nos pés, por conta dessa enfermidade, e que precisam de um calçado apropriado. Nós fabricamos esse calçado. Damos um atendimento completo aos pacientes”, assinalou.

Cinthya Agostino esclareceu que os pacientes recebem o medicamento gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Aquiles Lisboa.

“Quando a pessoa é diagnosticada com a hanseníase, lá mesmo ela é medicada e, de imediato, inicia o tratamento e já recebe uma dose, que chamamos de “dose supervisionada”, e depois ele leva a cartelinha e fica tomando a medicação mensalmente. O tempo de tratamento varia de seis meses a um ano, de acordo com o diagnóstico que identifica o tipo de hanseníase que o paciente apresenta, com a realização do exame clínico e do teste de sensibilidade”, explicou.

Por fim, Cinthya Agostino aconselhou as pessoas que tenham suspeita de estar com a doença a procurarem uma unidade de saúde para fazer os exames.

“É muito importante a pessoa buscar o tratamento logo, não deixar para depois. Quanto mais cedo for diagnosticado, mais fácil o tratamento. A hanseníase tem tratamento e tem cura. Infelizmente, ainda existe muito preconceito em relação à hanseníase”, enfatizou.

O programa ‘Saúde e Bem-Estar’ tem apresentação das radialistas Leda Lima e Marina Sousa. É veiculado toda quarta-feira, às 11h, transmitido ao vivo pelo YouTube da Rádio Assembleia, e conta com a participação dos ouvintes por meio do Whatsapp (3269-3009).