‘Diário da Manhã’ – Especialista alerta sobre uso excessivo de celular e jogos online 

Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

Assista ao programa na íntegra

A psicóloga Evelyn Lindholm, especialista em comportamento, relacionamento e sexualidade, com pós em Psicologia Forense e Criminal, falou sobre o Janeiro Branco, em entrevista no ‘Diário da Manhã’ desta quinta-feira (30), com transmissão pela Rádio Assembleia (96,9 FM) e TV Assembleia. Ela alertou sobre o crescimento do vício em telas e jogos online, principalmente entre jovens e adolescentes.

No bate-papo com o jornalista e apresentador Ronald Segundo, a psicóloga afirmou, nesta reta final da passagem do Janeiro Branco, que busca conscientizar sobre saúde mental, que já existe uma geração de viciados em telas, no sentido literal.

“Já temos uma geração com estas características e cada vez mais um número crescente de jovens, no sentido literal, viciados. Vício não é só roubo para manter o uso de drogas, mas também são comportamentais. Temos que mudar isso e sair do prazer no like. As redes sociais estão cada vez especialistas em te entregar aquilo que você gosta. Por isso, é preciso estabelecer limites no uso de celular”, recomendou.

De acordo com a especialista, é preciso estabelecer limites no uso de telas, como agora na proibição de celulares nas escolas; e frisou que o uso excessivo de telas, celulares, jogos online por jovens, adultos e idosos e, principalmente, crianças e adolescentes, precisa ser enfrentado.

“Nós corremos risco de ter uma população, crianças, adolescentes e jovens que, na fase adulta, vai ter menos imaginação, criatividade e menos iniciativa, pois vão ter menos ação e estar menos passivo e precisar cada vez mais de estímulos para fazer alguma coisa. Isso só prejudica a saúde financeira, mental e até física, pelo uso excessivo”, disse.

Em transmissão simultânea e ao vivo, o ‘Diário da Manhã’ pode ser acompanhado de segunda a sexta-feira, das 9h às 9h30, pela Rádio Assembleia (96.9 FM) e pela TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309), além do canal do Youtube.

Alema promove programação em alusão à Campanha Janeiro Branco 

Agência Assembleia

A Diretoria de Saúde e Medicina Ocupacional (DSMO) da Assembleia Legislativa do Maranhão está promovendo uma programação alusiva ao “Janeiro Branco,” campanha que visa conscientizar sobre a saúde mental e emocional.

A programação acontece  neste mês, de terças-feiras as quintas-feiras, pela manha e tarde, na sala de espera do Setor Médico, onde especialistas orientam os servidores sobre saúde mental e emocional e diversos outros cuidados

“Trabalhar a saúde mental é tão Importante quanto trabalhar a saúde física. Com a campanha, estamos buscando trabalhar a prevenção que inclui um conjunto de ações combinadas, como por exemplo, a terapia, medicação e atividade física”, afirmou a diretora da DSMO, Ana Lúcia Rocha.

Durante a palestra desta terça-feira (21), o técnico de Segurança do Trabalho da DSMO, Danilo Castro, reforçou aos servidores a importância de cuidar da saúde mental e deu dicas que ajudam nesse desenvolvimento.

“Tenha uma rotina relaxante no seu ambiente de trabalho, expresse seus sentimentos, desenvolva a resiliência, confie mais na sua competência, faça pequenas pausas e aprenda a respeitar seus limites. Além disso, cuide da sua saúde dentro e fora do trabalho”, disse Danilo Castro. 

O Setor Médico da Alema conta com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogas, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas e nutricionistas, capacitada para oferecer o suporte necessário aos servidores.

Janeiro Branco – Carlos Lula propõe novas leis de prevenção ao suicídio no Maranhão

Assecom Dep. Carlos Lula

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas que vivem com problemas relacionados à saúde mental estão sem nenhum tipo de tratamento qualificado para o cuidado. Além disso, dados da Organização Pan-Americana da Saúde indicam que cerca de 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano, sendo 58% desses por pessoas com menos de 50 anos.

Para alertar sobre a necessidade dos cuidados com a saúde mental, desde o ano de 2014, é realizada a Campanha Janeiro Branco e, em alusão ao tema, o deputado estadual Carlos Lula (PSB) propôs duas novas leis. A primeira se refere à criação da política de atenção à saúde mental de profissionais da segurança pública. Já a segunda, cria a política pública voltada para a prevenção ao suicídio e promoção do direito aos serviços de saúde mental para a população LGBTQIAPN+.

“Esse tipo de situação atinge de forma indiscriminada toda a categoria de policiais e, dessa forma, precisa ser enfrentada com responsabilidade e seriedade. A instituição de uma política em prol da saúde mental dos policiais é fundamental para tentar criar soluções para o problema, pois temos que cuidar da saúde mental de quem cuida da segurança de todos os nossos maranhenses”, explica o parlamentar.

O Projeto de Lei abrange a atenção à saúde mental de Policiais Civis, Policiais Militares, Bombeiros Militares, Policiais Penais e demais profissionais da Segurança Pública do Estado do Maranhão. O objetivo é garantir a atenção integral à saúde mental dos servidores a fim de promover bem-estar mental e proteção da saúde individual e coletiva.

Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a exposição ao risco e violência causa nos agentes de segurança, leva os profissionais a desenvolverem patologias psicossomáticas, fadiga crônica, insônia, pesadelos, hipersensibilidade, sentimento de culpa, problemas agravados pela exposição a novos fatos traumáticos.

Já o PL que trata da criação de política pública voltada à saúde mental da população LGBTQIAPN+ busca a ampliação e capacitação de entidades para acolhimento a esse público. O objetivo principal é garantir a identificação dos primeiros sintomas presentes nos quadros de sofrimento ou transtornos psíquicos que possam conduzir ao suicídio.

Estudos apontam que indivíduos LGBTQIAPN+ também têm maior probabilidade de tentar o suicídio e de morrer por suicídio em comparação com a população em geral, sendo essencial que os programas de prevenção ao suicídio sejam direcionados a essa comunidade para oferecer suporte, conscientização e recursos específicos.

“Acreditamos ser fundamental que políticas públicas sejam desenvolvidas e implementadas com sensibilidade cultural, levando em consideração as experiências e necessidades específicas dessa comunidade. Além disso, é importante envolver a comunidade LGBTQIAPN+ no planejamento e implementação desses programas, para garantir que eles sejam eficazes e abordem adequadamente questões relevantes”, pontuou Carlos Lula.