Agência Assembleia
O programa ‘Pautas Femininas’, que foi ao ar pela Rádio Assembleia nesta segunda-feira (29), recebeu a médica mastologista Dra. Jéssica Mendes, vice-presidente da Regional Maranhão da Sociedade Brasileira de Mastologia. Na entrevista, ela abordou a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, além de comentar a nova determinação do Ministério da Saúde que garante a realização de mamografias pelo SUS a partir dos 40 anos de idade.
O câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma, e representa um dos maiores desafios de saúde pública. A detecção precoce é considerada decisiva para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade. Até recentemente, o SUS ofertava o exame prioritariamente para mulheres entre 50 e 69 anos. Com a nova regra, a faixa etária passa a incluir mulheres a partir dos 40 anos, atendendo a uma antiga reivindicação da Sociedade Brasileira de Mastologia e de movimentos de mulheres.
Dra. Jéssica destacou que a medida é uma vitória significativa. “Esse é um avanço fundamental para a saúde da mulher. Quanto mais cedo o câncer é identificado, maiores são as chances de tratamento eficaz. A ampliação da faixa etária vai possibilitar salvar muitas vidas”, afirmou.
Na entrevista, a médica explicou os principais fatores de risco e sinais de alerta que merecem atenção, lembrando que o rastreamento feito em mulheres assintomáticas difere do diagnóstico, voltado para aquelas que já apresentam sinais suspeitos. Ela reforçou a importância do autoexame, das consultas médicas regulares e dos exames de imagem.
Sobre o impacto da nova faixa etária, Dra. Jéssica alertou para a necessidade de ampliar a estrutura do SUS para atender à demanda crescente.
“É essencial garantir que os serviços de saúde tenham equipamentos, profissionais capacitados e fluxos organizados para atender mais mulheres. A medida é um avanço, mas precisa vir acompanhada de investimentos”, ressaltou.
Além do tratamento clínico, a mastologista lembrou da importância do apoio psicológico e social às pacientes: “O câncer de mama ainda carrega muito estigma. Por isso, o acolhimento familiar e comunitário é determinante para o enfrentamento da doença”, destacou.
Encerrando a participação, a médica reforçou o convite à prevenção e à busca pelos serviços públicos de saúde. “Mulheres a partir dos 40 anos já podem procurar a unidade de saúde mais próxima e solicitar a mamografia pelo SUS. A prevenção é o caminho mais seguro para proteger a vida.”, concluiu.
Assista ao programa na íntegra: