Agência Assembleia
O programa ‘Pautas Femininas’ que foi ao ar nesta segunda-feira (14), pela Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu a psicóloga especialista em neuropsicologia e mestre em ciência da saúde pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Juliana Noronha. Na conversa com a apresentadora Josélia Fonseca, a especialista falou sobre o avanço do adoecimento mental das mães e da exaustão que cerca este momento da vida da mulher.
Na oportunidade, a psicóloga pontuou ainda os muitos desafios da maternidade. “As mulheres já têm uma série de demandas, mesmo as que não são mães. Isto é histórico e cultural. Quando se fala das mães, uma série de fatores levam à exaustão, caracterizada pela sobrecarga mental e física”, ressaltou Juliana.
Entre as características que identificam este quadro estão aspectos como a despersonalização, quando a mulher já não se reconhece mais enquanto pessoa, a não ser pelo recorte da maternidade. Como consequência estão a falta de interesse em outras atividades fora do lar, baixa autoestima, irritabilidade, entre outros fatores.
A psicóloga ressaltou também a importância das redes de apoio e da ajuda profissional para estas mulheres e destacou os muitos papéis que as mulheres desempenham na sociedade e as consequências de cada um.
Para a psicóloga, o papel da mãe deve ser naturalizado, retirado do local da perfeição. “Não existe a mãe perfeita, temos de naturalizar esta mulher. Além disso, temos de ter atenção às redes sociais que apresentam quase sempre uma imagem de perfeição que, na realidade, não existe”, frisou.
Ao final, Juliana Noronha deixou algumas dicas para que a maternidade seja mais leve, como momentos de autocuidado e descanso mental. “Isto não vai afastá-la do filho, ao contrário, é necessário se cuidar para dar qualidade a este amor. Isto não é egoísmo”, aconselhou a psicóloga.