Pediatra Marynéa Vale trata sobre prematuridade no ‘Café com Notícias’

Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

Assista à entrevista na íntegra

O programa ‘Café com Notícias’ da TV Assembleia, nesta quinta-feira (14), exibiu entrevista com a presidente da Sociedade de Puericultura e Pediatria do Maranhão, pediatra Marynéa Vale, que falou sobre a campanha Novembro Roxo.

O mês trabalha a sensibilização à prematuridade, que pode ocasionar eventualmente implicações ao recém-nascido. O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre os cuidados e prevenção do parto prematuro.

Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa, hoje, a 10ª posição no ranking mundial de países com mais nascimentos antes do tempo, com aproximadamente 302 mil nascimentos de bebês com menos de 37 semanas de gestação, independente do peso.

“O bebê é prematuro quando ele nasce com menos de 37 semanas de idade gestacional, quando o correto é 40. Quanto menor a idade gestacional, mais grave é a situação”, disse Marynéa Vale.

A médica afirmou, também, que o Maranhão já conta com unidades de saúde de referência para os cuidados necessários com os bebês prematuros, como o Hospital Universitário Presidente Dutra e a Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (Macma). 

Na entrevista, Marynéa Vale falou sobre os cuidados necessários para garantir a saúde e o correto desenvolvimento dos bebês prematuros. “O ideal é que essa prematuridade seja identificada ainda durante o pré-natal para que a mãe possa ser transferida de forma segura para uma unidade que possa cuidar tanto dela quanto do bebê”, afirmou.  

O programa ‘Café com Notícias’, apresentado pela jornalista Elda Borges, é exibido de segunda a sexta-feira, às 8h30, na TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309) e está disponível no canal da emissora no YouTube.

Projeto define diretrizes para organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido

Agência Assembleia

A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão desta quarta-feira (10), o Projeto de Lei 173/2024, de autoria da deputada Andreia Martins Rezende (PSB), que define diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave ou potencialmente grave, no âmbito do Sistema Único de Saúde do Maranhão (SUS).

De acordo com o projeto, são diretrizes para a atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave o respeito, a proteção e o apoio aos direitos humanos; promoção da equidade; integralidade da assistência; atenção multiprofissional, com enfoque nas necessidades do usuário; atenção humanizada e estímulo à participação e ao protagonismo da mãe e do pai nos cuidados ao recém-nascido.

Segundo o projeto, os objetivos, entre outros, são organizar a atenção à saúde neonatal para que garanta acesso, acolhimento e resolutividade; priorizar ações que visem à redução da morbimortalidade perinatal e neonatal e que possibilitem o desenvolvimento saudável do recém-nascido e sua integração na família e sociedade; e garantir acesso aos diferentes níveis da assistência neonatal, por meio da melhoria da organização do acesso aos serviços e ampliação da oferta de leitos em unidades neonatal.

Na justificativa do projeto, a deputada Andreia Martins Rezende afirma que o período neonatal, que compreende os primeiros 27 dias pós-parto, é uma fase considerada de vulnerabilidade à saúde infantil por riscos biológicos, ambientais, sociais e culturais.

“Isso requer cuidados adequados, uma maior vigilância e acompanhamento por parte do profissional de saúde, a fim de garantir um melhor crescimento e desenvolvimento da criança. Esse período é também responsável por 60% a 70% dos óbitos infantis nas últimas décadas, segundo dados do Ministério da Saúde, ocorrendo, principalmente, até o sexto dia de vida, sendo o indicador fundamental de qualidade da atenção ao recém-nascido”, assinala a parlamentar.

Ela argumenta que a redução da mortalidade e a sobrevida com qualidade dependem da organização das unidades neonatais.

“O bebê que nasce com menos de 37 semanas não está completamente formado e pode apresentar dificuldades para mamar e até mesmo para respirar sozinho. A UTI neonatal proporciona todo o suporte necessário para que o neném possa se desenvolver com saúde e segurança”, explica a deputada na justificativa do projeto.